O presidente da Fundação Elias Mansour, Minoru Kinpara (PSDB), anunciou por nota pública que deverá tirar férias nos próximos dias e se afastar do cargo, para cuidar da campanha da esposa, Degmar Kinpara, que disputa uma cadeira na Câmara Municipal de Rio Branco nas eleições deste ano.
Companheirismo
Segundo Kinpara, o motivo do afastamento será para se dedicar à campanha da esposa, Degmar Kinpara, candidata a vereadora. “Estarei me afastando da presidência da FEM para me dedicar totalmente à campanha. É uma campanha difícil e minha companheira precisa de todo o meu apoio”, disse.
Reflexão
Minoru mencionou que deverá avaliar sua continuidade à frente da pasta caso a esposa seja eleita para o parlamento. Contudo, restou apurado que sua decisão ainda não está definida e dependerá da citada avaliação.
Etapas
“A gente sempre trabalha avaliando cada etapa pela qual passa. Temos uma etapa agora, que são as eleições. Depois que terminar, vou me reunir com meu time, amigos e parceiros que sempre nos apoiaram, e faremos uma avaliação. Após essa avaliação, decidiremos se continuamos desenvolvendo nossas atividades na Fundação Elias Mansour ou se nos afastamos de fato para trabalhar em outro projeto. Mas, por enquanto, nada está decidido. Vamos esperar o resultado das eleições para tomar uma decisão”, explicou Kinpara na nota.
Fora do tom
Ocorre que a banda não toca nesse tom. Nas declarações de Minoru não fica considerada a disposição do governador Gladson Cameli (PP) em mantê-lo no cargo, vez que a conversa corrente nos bastidores da política é que seu afastamento decorre da percepção do comando político do Palácio do Planalto que ele (Minoru) não está envolvido o suficiente na campanha de Tião Bocalom (PL).
Interpretação
O resultado é que em recente reunião de Alysson Bestene (PP) com o secretariado de Cameli, Minoru foi cobrado publicamente por mais engajamento na campanha à reeleição do prefeito, quadro que remete ao entendimento que ele não pediu para sair, foi saído!
Termômetro
O Instituto Delta, em parceria com a Federação das Indústrias do Acre (Fieac), divulgou na data de ontem, sábado, 14, uma nova pesquisa de intenção de votos no município de Sena Madureira.
Números
Na pesquisa estimulada, Gerlen Diniz aparece com 46,84% das intenções de voto, enquanto Gilberto Lira registra 37,21%. Votos brancos ou nulos somam 3,99%, e o percentual de indecisos, que não souberam ou não quiseram responder, chega a 11,96%.
Estimulada
Já na pesquisa espontânea, Gerlen Diniz, candidato pelo PP à Prefeitura, lidera com 39,87%. O deputado estadual Gilberto Lira, do União Brasil, aparece com 28,57%. Votos brancos ou nulos somam 2,33%, e 29,23% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.
Rejeição
Em relação à rejeição, Gilberto Lira lidera, com 38,87% dos entrevistados afirmando que não votariam nele de forma alguma. Gerlen Diniz segue com 27,24% de rejeição, enquanto 33,89% não souberam ou preferiram não opinar.
Dados técnicos
O levantamento foi realizado com 301 entrevistas, possui uma margem de erro de 5,6 pontos porcentuais para mais ou para menos e um intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número AC-03077/2024.
Posição
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nunca deu certeza se disputará mais um mandato daqui a dois anos. Matreiro, deixará a dúvida no ar pelo menos até o fim de 2025. A população, no entanto, já tem uma opinião formada sobre o tema. Acha que Lula, que completa 79 anos no mês que vem, deve apenas terminar o terceiro mandato.
Mais do mesmo
O Ipec fez uma pesquisa nacional entre os dias 5 e 9 de setembro e perguntou a 2 mil brasileiros: “Na sua opinião, o presidente Lula deveria ou não deveria se candidatar à reeleição em 2026?”. Apenas 39% responderam “deveria”, enquanto 58% disseram “não” (3% não responderam).
Tô fora
O jornalista José Luiz Datena desta vez vai até o fim da campanha eleitoral em São Paulo. Pela primeira e última vez. A um interlocutor, desabafou dias atrás: “Não serei candidato nunca mais. Nem a senador que era o meu sonho”.
Pausa
A Câmara dos Deputados encerrou, nesta última semana, a fase final de “esforço concentrado” da Casa durante o período eleitoral. Agora, deputados só voltam para Brasília (DF) em 7 de outubro, depois do primeiro turno das eleições municipais. Apesar de serem chamadas de “esforço concentrado”, em duas das três semanas organizadas para votações presenciais, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), liberou os deputados de virem fisicamente à capital federal.
Adiamento
Com sessões esvaziadas e pouca articulação em torno de projetos, temas que seriam votados antes das eleições tiveram sua análise adiada para depois do pleito. É o caso, por exemplo, do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 121/2024, que cria um programa federal para renegociação de dívidas dos estados e do Distrito Federal com a União. Aprovado no Senado em agosto, ele ainda precisa da anuência dos deputados para passar a valer.
Carceragem
Outro ponto que ficou para depois do pleito municipal é a decisão sobre a cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que segue com seu mandato, apesar de estar preso. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da então vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Percurso
A perda de mandato de Brazão já foi aprovada no Conselho de Ética da Câmara em 28 de agosto. O presidente da Câmara concedeu, na quinta-feira (12/9), o prazo de cinco dias úteis para a defesa recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Posteriormente, o tema ainda será analisado pelo plenário, onde serão necessários ao menos 257 votos para que Brazão perca o mandato.
Vácuo
Já o projeto para anistiar presos por participação nos atos antidemocráticos e financiadores do 8 de Janeiro ficou para outubro. O motivo foi a falta de votos de deputados fisicamente presentes em Brasília na sessão da CCJ que discutiria a proposta. Na terça (10/9), o projeto estava em pauta, mas a obstrução governista funcionou, e os bolsonaristas não conseguiram votar a proposta. Na sessão da CCJ de quarta (11/9), os deputados da oposição queriam votar um requerimento extrapauta para incluir o tema na discussão do dia, mas não tinham certeza dos 34 votos necessários para aprovar o requerimento.