O clima político entre a ex-prefeita de Rio Branco e deputada federal eleita, Socorro Neri (PP) e seu companheiro de partido, o prefeito da capital Tião Bocalom (PP), não anda nada amistoso. Na sexta-feira, 17/12, Neri participou de um podcast patrocinado por um site local e, pela leitura dos apoiadores do prefeito, proferiu inverdades contra a gestão Bocalom.
Ângulo invertido
Na entrevista, Neri afirmou que nenhum parlamentar federal do Acre destina emendas à capital devido à falta de licitações e obras na cidade, o que é retrucado pelo paço municipal, ao sublinhar que a afirmativa não condiz com a realidade.
Aos números
Quando indagado sobre as críticas da ex-prefeita, um assessor de Bocolom, evocando raciocínio para atestar a improcedência da fala de Socorro Neri, lembra que entre os anos de 2019 e 2020, período em que a capital acreana era governada por Socorro Neri, o total de valores empenhados das emendas foi de R$ 98.931.229, ante um total de R$ 205.408.959,00 na gestão do prefeito Bocalom, portanto, uma diferença de R$ 106.477.730,00.
Antes e depois
Ainda nas palavras desse assessor, quando comparado o último ano de administração de Neri (entre 03/20 e 12/20), com o primeiro ano de Bocalom, (entre 03/21 e 12/21), no que se refere a pregões eletrônicos realizados, a ex-prefeita realizou 132 pregões, enquanto Bocalom, 146.
Historia
Socorro Neri assumiu a Prefeitura de Rio Branco quando Marcus Alexandre renunciou ao mandato em 2018 para concorrer ao governo do Estado. Ao tentar a reeleição em 2020, foi derrotada por Bocalom com uma diferença de 43.044 votos, 62,93% dos votos válidos contra 37,07% da ex-prefeita.
O “X” da questão
No frigir dos ovos, conforme digressão desse assessor, confrontada com as urnas, Neri é movida pela mágoa, por ter sido derrotada por Tião Bocalom na eleição de 2020 e por ter sido desmascarada pela atual administração em relação aos pagamentos superfaturados para empresas terceirizadas, prática que ora está sob o escrutínio da justiça.
Bom partido
O governador Gladson Cameli (PP), como aduzem os colunistas sociais, está podendo! Ontem (18) o site Contilnet (https://contilnetnoticias.com.br) fez circular matéria dando conta que “em 2022 muita gente casou, separou, voltou a namorar, traiu, mimimi, mimimi, mimimi …”. Neste contexto, e depois de tudo isso (segundo o site), é que foram separados os nomes das 5 mulheres e dos 5 homens que atualmente são mais cobiçados no Acre.
Cardápio
Tem influencer, advogado, cirurgião dentista, etc. No meio do conglomerado, resta informado que o governador está na pista e livre no mercado. Agora a pergunta que fica: o que é que a coluna tem a ver com isso? Nada né!? Então, deixa o governador namoricar!
Garantia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu, neste domingo (18/12), que autoriza a retirada de recursos para pagamento de benefícios de renda mínima do teto de gastos. A decisão facilitará, portanto, que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pague o Bolsa Família de R$ 600.
Argumentos
A liminar de Gilmar foi concedida atendendo a um pedido da Rede Sustentabilidade. Na ação, o partido argumentou que o Auxílio Brasil (que no próximo governo vai voltar a se chamar Bolsa Família) faz parte do “mínimo existencial” garantido pela Constituição a todos os brasileiros.
Garantia
O despacho determina que seja garantido por crédito extraordinário o valor necessário para continuar pagando o benefício de R$ 600, que segundo a previsão do próprio Castro seria de R$ 80 bilhões.
Efeitos
Na prática, a decisão dá a Lula o plano B que ele buscava para continuar pagando o auxílio sem ter que brigar no Congresso pela aprovação da PEC da Transição. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) celebrou o entendimento do ministro nas redes sociais. “Uma vitória contra a fome e a favor da dignidade de TODOS os brasileiros!”, escreveu.
Cenário
A emenda constitucional que permite ao próximo governo furar o teto de gastos em R$ 145 bilhões pelos próximos dois anos já foi aprovada no Senado, mas enfrenta dificuldades para passar na Câmara dos Deputados. O prazo para que ela seja aprovada a tempo de constar no orçamento de 2023 se esgota no próximo dia 22, quinta-feira, e até agora não há consenso entre os líderes partidários.
Saídas
Para resolver o impasse, os aliados de Lula no Congresso vinham discutindo a possibilidade de desistir da PEC e aguardar a posse para determinar o pagamento por medida provisória. Mas havia dúvidas jurídicas sobre a validade dessa iniciativa.
Leitura
Segundo a interpretação do presidente da Câmara, Arthur Lira, e de outros deputados e senadores, como o teto de gastos está previsto na Constituição, só uma emenda constitucional (PEC) poderia autorizar o governo a desobedecê-lo.
Chantagem
Para aprovar uma PEC, porém, são necessários 308 votos, que Lula ainda não conseguiu garantir na Câmara. Os líderes partidários dizem que só aceitam aprovar a licença por um ano, e vários deles vem condicionando a aprovação da medida à concessão de cargos no futuro governo.
Panos quentes
A decisão de Gilmar Mendes é saudada pelos aliados do novo governo, vez que a liminar ajuda a diminuir a pressão do Congresso sobre Lula em troca da aprovação da PEC. Mas não resolve totalmente o problema do governo.
Imbróglio
Se quiser manter todos os gastos que planejou, Lula ainda terá que negociar com o Congresso. E se lhe restarem “apenas” os R$ 80 bilhões do Bolsa Família, a negociação ficará para o ano que vem, com os novos deputados e senadores -- e às vésperas das eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
Críticas
O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), aliado do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), criticou a postura do ex-capitão desde a derrota para Lula (PT) na eleição nacional deste ano.
Satisfação
Em entrevista a um canal bolsonarista na internet, o parlamentar cobrou do presidente um posicionamento aos seus apoiadores que, desde o fim do segundo turno, acampam em frente a quartéis em várias cidades do País.
Pronto, falei!
“As frases e as fotos enigmáticas [do presidente nas redes sociais] estão fazendo tão mal ao povo. Beira a covardia, a manipulação“, declarou o deputado. “Tem pessoas se divorciando, com crise no casamento, porque resolveram acampar há 40 dias na porta de quarteis. Tem brasileiros que perderam o emprego e que estão em uma situação lamentável, movidos por amor à pátria. Ele [Bolsonaro] não tem o direito de estar em silêncio”.
Jogo limpo
De acordo com Otoni, “Bolsonaro precisa falar claramente ao seu povo”, pois “se não parar de blefar, a sua derrota será avassaladora”. Na conversa, que foi ao ar no sábado 17, o deputado deixou um recado aos bolsonaristas que seguem nas manifestações contra o resultado das eleições.
Perdeu, Mané!
“Eu digo com muita tristeza. [Os apoiadores] acham que o presidente Bolsonaro vai agir e eu digo olhando para a câmera: ‘não vai’”, afirmou. “Não se iludam. Saiam das portas dos quarteis. Vocês serão presos e não haverá ninguém que os defenda“.