Um grupo de parlamentares, formado pelo senador Sérgio Petecão (PSD), o deputado estadual Tanisio Sá (MDB), e os deputados Michele Mello (PDT) e Edvaldo Magalhães (PCdoB), compareceu à sede da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 26, para solicitar uma investigação sobre denúncias de corrupção no Programa Asfalta Rio Branco.
Justificativa
O Programa está sendo desencadeado pela Prefeitura da Capital a partir de recursos oriundos de um empréstimo de 140 milhões tomado junto ao Banco do Brasil, o que justificaria, segundo os parlamentares, o acionamento da Policia Federal no caso, vez que a verba é originária de um ente que conta com o governo federal como acionista majoritário.
Pano de fundo
De acordo com Petecão, um dossiê assinado pelo empreiteiro Jarbas Soster, que integra o consórcio responsável pelas obras, foi entregue aos delegados para as devidas apurações. As denúncias apontam o secretário Cid Ferreira Rodrigues como o operador de pagamentos indevidos a empresas, sem a devida medição dos serviços realizados.
Politicagem
Especificamente, Petecão menciona um pagamento de R$ 22 milhões que a prefeitura estaria tentando aprovar por engenheiros, ressaltando que o dinheiro seria utilizado para campanhas eleitorais. “Queremos que a Polícia Federal investigue as denúncias. Há um pagamento de R$ 22 milhões sem atesto de engenheiros. O medo é que esse dinheiro seja usado para financiar campanhas e para a compra de votos”, alertou Petecão.
Abrindo a boca
O imbróglio surgiu a partir de denúncias do empresário Jarbas Soster que foi as redes sociais apontar irregularidades no programa, criticando o que chamou de “Assalta Rio Branco”, alegando que o projeto vem a ser o maior desperdício de dinheiro público. Ele afirmou que empresários estão se beneficiando de obras de baixa durabilidade e sem controle tecnológico adequado. “Todos serão nominados”, declarou Soster.
Precaução
Sobre os procedimentos a serem seguidos, Petecão informou que, após a entrega da denúncia, os delegados solicitaram a oficialização do caso. “Fomos acompanhados de um advogado e a PF pediu para oficializar a denúncia. Fomos atendidos por dois delegados. A polícia deve investigar, não podemos permitir que usem o asfalto como pretexto para compra de votos”, afirmou o senador.
Compartilhamento
Sobre os pontos de vista externados pelo senador Petecão, a deputada estadual Michelle Melo (PDT) destacou a importância de uma investigação séria. “Estão chamando isso de ‘Assalta Rio Branco’. Vemos vereadores denunciando e consta que os engenheiros estão sendo pressionados”, comentou.
Rebate
Sobre a denúncia, o líder do prefeito Tião Bocalom (PL) na Câmara Municipal, o vereador João Marcos Luz (PL), recorreu as redes sociais para criticar as denuncismo e defender o prefeito Bocalom. Ele lamentou a postura de Petecão e do deputado estadual Roberto Duarte, que, segundo ele, querem atrapalhar o trabalho da prefeitura. Luz agradeceu à bancada federal, em especial ao senador Alan Rick (UB), pelo apoio que resultou na liberação dos recursos. Ele afirmou que o dinheiro só foi liberado há quatro dias e ainda não foi gasto, acusando Petecão e Duarte de tentarem prejudicar a gestão de Bocalom por razões políticas.
Retrato
Uma nova pesquisa sobre a disputa de Rio Branco foi divulgada pela TV Gazeta na data de ontem, 25, onde resta apurado que o candidato Tião Bocalom (PL), atual prefeito de Rio Branco, ampliou a vantagem para o candidato Marcus Alexandre (MDB).
Embate
Segundo o levantamento, realizado pela Real Time Big Data em parceria com a TV Gazeta, afiliada da Rede Record na cidade, Tião Bocalom aparece com 49% e Marcus Alexandre com 35%, somando, dessa forma, 14 pontos de vantagem sobre o emedebista.
Pesquisa estimulada
A margem de erro da pesquisa, segundo o instituto, é de três pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%. Os resultados do cenário estimulado, em que são apresentados aos eleitores os nomes dos candidatos, apresentam os seguintes números: Tião Bocalom (PL): 49%; Marcus Alexandre (MDB): 35%; Emerson Jarude (Novo): 5%; Jenilson Leite (PSB): 5%; Nulo/branco: 3%; Não sabe/não respondeu: 3%.
Rejeição
Jenilson é o mais rejeitado, segundo o levantamento: 50% não votariam nele. Nesse quesito, vêm na sequência Jarude (48%), Alexandre (38%) e Bocalom (32%).
Dados técnicos
O Real Time Big Data entrevistou 1.000 eleitores entre a segunda-feira 23 e a terça 24. O registro no Tribunal Superior Eleitoral é: AC05629/2024.
Regulamentação
A Polícia Civil do Acre formalizou a regulamentação da Delegacia de Combate a Crimes Ambientais (Decamb), reforçando o compromisso com a preservação do meio ambiente no estado. Considerando que o Acre faz parte do bioma Amazônia, a nova medida visa intensificar as ações de repressão a infrações ambientais, uma demanda crescente frente à importância da proteção da floresta. A regulamentação se deu por meio da Portaria nº 07 de 23 de setembro de 2024, publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira, 24.
Missão
A Decamb, instituída pelo Decreto Estadual nº 4.010, de 2019, será responsável pela investigação e apuração de crimes ambientais, conforme estabelecido na Lei nº 9.605, de 1998. A delegacia terá atribuições específicas, como a realização de diligências investigatórias para prevenir e reprimir crimes contra o meio ambiente, a elaboração de estatísticas e a produção de relatórios periódicos sobre suas atividades.
Otimização
O delegado-geral da Polícia Civil, José Henrique Maciel, destacou a importância da regulamentação da Decamb para a proteção dos recursos naturais. “A criação e regulamentação da Delegacia de Crimes Ambientais reforça o papel da Polícia Civil no enfrentamento de crimes que prejudicam o meio ambiente e, consequentemente, a qualidade de vida de todos. Estamos empenhados em combater esses crimes de maneira eficiente e estruturada, garantindo que os infratores sejam responsabilizados”, afirmou o delegado-geral.
Estrutura
A unidade contará com um delegado, um escrivão e quatro agentes, ou outro quantitativo que seja necessário, a critério da Direção-Geral. A Decamb terá sede em Rio Branco, mas suas atividades poderão se estender a todo o estado do Acre, atuando em conjunto com outras delegacias e órgãos, quando necessário.
Barraco
Os recentes ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), repercutiram mal entre seus aliados e caciques do PL. Em ato na capital goiana, o ex-presidente atacou o então aliado e o chamou de “governador covarde”.
Imbróglio
Na avaliação de pessoas próximas a Bolsonaro, o ex-presidente trouxe de volta ao debate uma rusga entre eles que já havia sido superada e ignorou os acenos que Caiado vem fazendo, como o fato de ter ido ao ato na Avenida Paulista, em 7 de setembro. Além disso, aliados temem que a postura agressiva possa impactar na formação do palanque da direita em 2026.
Aspiração
Caiado já declarou que quer ser candidato ao Palácio do Planalto e busca o apoio de Bolsonaro, que segue inelegível. Segundo aliados, independentemente do governador ser ou não o candidato da direita, será necessário que os principais expoentes do segmento estejam juntos no mesmo palanque.
Pomo da discórdia
Levando em consideração a análise que prega a união do grupo político da direita, não seria interessante que o cacique do União fosse alvo do ex-presidente, ou que os dois tivessem rusgas neste momento. Outro fator levantado por esses aliados, é que a rusga foi provocada por uma declaração dada durante um ato de campanha para o candidato à prefeito Fred Rodrigues (PL), apadrinhado do deputado federal Gustavo Gayer (PL) e que aparece com poucas chances de chegar ao segundo turno em Goiânia.
Diagnóstico
De acordo com a jornalista Bela Megale, dde O Globo, fontes afirmam que as falas de Bolsonaro chamando Caiado de “covarde” não teriam sido planejadas, e o ex-presidente proferiu a ofensa contra o governador de maneira espontânea, sem calcular eventuais consequências. Procurado, Caiado não quis comentar as declarações de Bolsonaro. No entanto, fontes afirmam que Caiado se queixou a interlocutores sobre os ataques. Interlocutores do governador relataram que ele reclamou que o ex-presidente voltou ao tema das vacinas e da pandemia, e disse ainda que “Bolsonaro não tem jeito”.