A professora da Ufac Maria José Bezerra, emérita historiadora, Profª Drª em História Social - USP, Membro Emérita da Academia Acreana de Letras, lançou mensagem no facebook onde cobra do governador Gladson Cameli (PP) ação frente ao aguaceiro presente no Memorial do Autonomista, no entorno aos túmulos em homenagem ao Ex-senador pelo Estado do Acre, Governador do Acre – Território -, e General do Exército Brasileiro José Guiomard dos Santos e de sua esposa Lydia Hammes Guiomard Santos.
Descaso
No seu texto, Maria José é peremptória diante do descaso com a manutenção do prédio público, erigido no primeiro governo de Jorge Viana (PT) e didática nos conceitos educacionais: “Afirmo que quando na inauguração da obra, não havia nenhum tipo de infiltração, muitos anos depois, também não. Numa fase mais recente é que este fato ocorre. Lembro que o Memorial do Autonomistas é monumento. E monumento é documento para a posteridade, alusivo as lutas dos acreanos pelo sagrado e democrático direito de administrar as terras do Acre”.
História
Maria José recorre a trajetória política de Guiomard Santos para cobrar ação e no resguardo da história: “As lutas nesse sentido foram muitas, finalmente vitoriosas em 15 de junho de 1962. As obras do mineiro apaixonado pelo Acre, Guiomard Santos foram/são essenciais ainda hoje. E o seu desejo expresso em documento era de que os seus restos mortais fossem enterrados no Acre, terra a qual uniu o seu destino”.
Óbvio ululante
Por fim, a educadora disserta sobre o óbvio, diante da necessidade do poder público intervir no espaço, como é de sua obrigação, se possível pedindo auxílio a outras forças e alerta para a questão de saúde pública; “Portanto, além do espaço do Memorial dos Autonomistas, ser de visitação pública, de realizações de eventos culturais, aquela água estagnada, acumulada por dias, contribui para a dengue, num contexto em que ainda enfrentamos a COVID. Entrei em contato com a Coordenação do Memorial, e a explicação dada é que o fato se deve a existência de um córrego abaixo do piso. Por que só recentemente tem ocorrido esse fato? Peço-lhe que solicite o apoio do 7º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro, presente na cidade de Rio Branco. Afinal, urge solucionar este problema.
Qualificação
O advogado criminalista Sanderson Moura pretende colocar seu nome na disputa a ser realizada em outubro próximo, onde concorrerá a cadeira de Senador pelo Acre. Sandro qualifica a disputa. Veja o perfil traçado pelo próprio: “Estou do lado da preservação do meio ambiente, do estado laico, da diversidade social, da democracia, do diálogo, das liberdades constitucionais, do estado forte de bem estar social, das reivindicações indígenas, dos negros, das mulheres, da juventude, da ciência, do SUS, da taxação das grandes fortunas, das universidades públicas, dos livros, das pautas sociais, dos direitos humanos, dos professores, da cultura, das artes, da justiça social, etc. Estou deixando claro meu lado e o que eu defendo! Não sou populista, nem demagogo!”.
Intramuros
Temendo desgaste, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, vem escondendo Jair Bolsonaro em sua pré-campanha à reeleição. Castro é do PL e candidato do presidente ao governo do estado. Enquanto Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo, ergue a bandeira de Lula em todas as agendas, Castro nem menciona o nome de Bolsonaro. No Instagram, o governador também não publica fotos com o presidente e não endossa discursos ideológicos do bolsonarismo.
Linha alternativa
Fontes próximas a Castro afirmam que, se Bolsonaro não tivesse se filiado ao PL, o governador não teria seguido o presidente para ser o candidato bolsonarista no estado. Castro considera que “caiu” nessa conjuntura política. Diante da falta de acenos públicos, que é vista como infidelidade pela ala ideológica do bolsonarismo, aliados do presidente vêm incentivando a criação de um palanque alternativo no estado.
Reação
Uma publicação no facebook do ex-deputado Luiz Calixto, aventando a possibilidade do senador Márcio Bittar “empurrar a ex, Márcia Espinosa, como candidata a vice de Gladson Camel”, sob pena de “pular fora do barco” se o “famigerado projeto familiar dele não for atendido”, gerou manifestações contrárias às pretensões da família Bittar.
Furada
A informação dando conta que Márcio Bittar “romperia com o governo caso a esposa Márcia Bittar não seja escolhida para vice ou senado”, foi veiculada pelo jornalista Astério Moreira no site AC24horas. As reações à notícia foram as mais diversas: “Gladson sentiria saudades do major Rocha”, opinou o professor José Uchoa . “O Acre é uma mãe para quem vem de fora”, pontuou César Farias. “Governador, pense com carinho”, aconselhou Altemar Vasconcelos.
Alinhavando
Com o posto de vice na chapa de Lula, o PSB quer escrever as propostas do petista para o meio ambiente. O ponto de partida é o Programa de Ocupação Inteligente da Amazônia, elaborado pelo partido e que propõe ampliar investimentos em ciência e tecnologia na região amazônica. Integrantes da sigla dizem ainda ter nomes de referência na área, como o ex-ministro do Meio Ambiente no governo Lula Carlos Minc e o deputado Alessandro Molon, presidente da frente ambientalista.
Anota aí!
Responsável pelo programa petista, Aloizio Mercadante se reúne hoje com representantes do PSB para falar do tema. “Temos conversado muito com o PSB, PCdoB e PV, já com discussões acumuladas”, diz.
Estreia
O programa do PSB para a Amazônia começou a ser elaborado em 2019 e será lançado em congresso do partido no fim deste mês.
Fogo amigo
A aproximação do MDB do Nordeste com Lula irritou caciques do partido no Sul, mais alinhados a Jair Bolsonaro ou a Simone Tebet. “Uma pessoa que apoia o PT hoje está concordando com o roubo”, diz o deputado federal Alceu Moreira
Vermelho não
“Nós somos contra essas figuras velhas do partido que estão com o Lula”, afirma o deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC).
Sangue novo
A escola de formação de lideranças políticas RenovaBR prepara 21 pré-candidatos pretos e pardos para tentar uma vaga na Câmara. Um dos nomes é o de Mônica Calazans, a enfermeira que se tornou a primeira pessoa vacinada contra a covid no Brasil. Em fevereiro, ela trocou o MDB pelo PSDB. Outros destaques são Gisela Simona, que disputou a prefeitura de Cuiabá (MT) e Fayda Belo, do Mulheres no Poder.
Litigio
Boa parte da Polícia Federal passou a defender que a corporação adote uma postura dura contra o governo Bolsonaro, após a categoria não ter tido seu pleito de aumento salarial atendido. Associações de delegados e de agentes da PF marcaram reuniões nesta terça-feira para deliberarem sobre quais medidas tomarão diante desse cenário.
Ruptura
Na mesa estão propostas como pressionar pela renúncia do ministro da Justiça, Anderson Torres, que também é delegado da PF. As associações avaliam ainda pedir que o diretor-geral do órgão, Márcio Nunes, entregue seu cargo. Grande parte da corporação defende que os policiais tornem públicas outras promessas não cumpridas por Bolsonaro e rompam de vez com o presidente. Entidades como a Associação Nacional dos Delegados (APDF) decidirão, nesta terça, se a categoria vai realizar a paralisação de suas atividades.
Alerta máximo
Em comunicado aos seus membros, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), também convocou uma assembleia para debater a reestruturação prometida e não atendida pelo governo. No texto, a Fenapef orienta que os 27 sindicatos estaduais ligados a ela “estejam em estado de alerta, mobilização e prontidão, para os possíveis desdobramentos da próxima semana, que poderão incluir: deslocamentos a Brasília e/ou movimentos reivindicatórios nos respectivos estados”.
Palavras ao vento
A informação publicada pela imprensa na semana passada, de que a reestruturação policial não vai acontecer e que o governo concederá um aumento a todo funcionalismo público de 5%, incendiou a PF. A expectativa da categoria, que computou perdas salariais desde a reforma da previdência, era ter um reajuste entre 16% e 20% para recompor as perdas inflacionárias dos últimos anos. Em dezembro, Bolsonaro chegou a assumir publicamente o compromisso com a categoria para corrigir o que chamou de “injustiças”. O ex-ministro da Justiça André Mendonça também chegou a prometer a restruturação em um evento dentro da PF, quando ainda estava no posto.