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SOS

O governador Gladson Cameli apresentou em Brasília na tarde de ontem, 18, ao ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, um panorama geral da situação atual do estado, que culminou com decreto de situação de emergência em dez municípios. Gladson entregou ao ministro um ofício solicitando o reconhecimento, pelo governo federal, de estado de calamidade pública para o Acre.

Combinação macabra 

O governador, que estava acompanhado do senador Márcio Bittar (MDB), que agendou a reunião, e da senadora Mailza Gomes (PP), enumerou o avanço da pandemia do coronavírus, o surto de dengue, as enchentes e a crise migratória na fronteira com o Peru como sendo os principais problemas que estão afetando drasticamente a população do estado.

Novos problemas 

Ao ministro Rogério Marinho do Desenvolvimento Regional, Cameli pediu atenção especial aos dois problemas que eclodiram nos últimos dias: cheias dos rios e migração de estrangeiros.

Ação emergencial 

Com relação às enchentes, solicitou suporte para o atendimento emergencial às famílias atingidas nos municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Jordão, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.

Problema antigo 

Já com relação ao conflito na fronteira com o Peru, Gladson salientou ao ministro que, atualmente, mais de 400 migrantes de sete nacionalidades diferentes, sendo a maioria haitianos, acampam na Ponte da Integração, na fronteira entre as cidades de Assis Brasil e Iñapari, no Peru. O caso, que já é grave, piorou com a chegada de um novo grupo com mais de 50 imigrantes vindos da Venezuela.

Ferramenta 

Rogério Marinho relatou ao governador que está somente dependendo de uma medida provisória para a liberação extra orçamentária de R$ 450 milhões, para que as medidas emergenciais, não só do Acre, mas de outros estados, sejam levadas a efeito.

Ação imediata 

O ministro também determinou que o secretário nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, acompanhasse o governador Gladson Cameli de volta ao Acre e que uma equipe de técnicos da Defesa Civil, a partir de hoje (19), monte todo o cenário de ações emergenciais a serem desencadeadas pelo governo federal durante a crise.

Aporte 

O ministro do Desenvolvimento Regional disse que iria participar também da reunião com o ministro Paulo Guedes, para enfatizar a necessidade de agilidade na liberação dos recursos emergenciais.

Puxa-encolhe 

Após exonerar mais de 40 cargos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) na última quarta-feira (17) – todos ligados ao deputado Neném Almeida (Solidariedade) -, o governador Gladson Cameli voltou atrás em algumas das exonerações realizadas. A recondução consta no Diário Oficial do Estado de ontem, quinta-feira (18).

Readmissão 

Cameli decidiu tornar sem efeito ao menos três exonerações. Os que retornaram ao cargo foram: Tatiana da Silva Oliveira, CEC: 3, Mariana Benevides Monteiro, CEC: 5 e César de Souza Campos, CEC: 2. 

Correndo atrás 

Consta, ainda, que Gladson irá desfazer as exonerações dos 8 veterinários demitidos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) do Acre. A decisão do chefe do executivo seria em decorrência da pressão exercida por entidades ligadas à pecuária que temiam a não manutenção do certificado de reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação no Estado devido a uma inspeção que deverá ocorrer em março por técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). 


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Cadê você?

Na sessão online da Câmara Municipal de ontem, quinta-feira (18), o vereador Fábio Araújo, líder do PDT na Casa, voltou a cobrar respostas do prefeito Tião Bocalom (PP) e sua presença na cidade que enfrenta situação de emergência, uma vez que ele usou como justificativa mais uma ida à Brasília, já na próxima semana, para somente comparecer em plenário virtual, atendendo a requerimento dos vereadores, no dia 02 de março. 

Jogo de esconde 

“Nós precisamos que o prefeito compareça para prestar esclarecimentos sobre as ações da Prefeitura em relação à pandemia de Covid-19, o surto de dengue e a assistência do Município diante da alagação”, disse o vereador, que apresentou requerimento da bancada do PDT, aprovado pela Câmara na semana passada. Fábio Araújo questiona ainda as justificativas do prefeito para suas constantes idas à capital federal. 

Fugindo da raia 

“O que questiono é que, sempre sob alegação de buscar recursos, o prefeito se ausenta quando a população mais precisa como fez na primeira semana desse mês, quando os igarapés inundaram casas e desabrigaram pessoas e Bocalom estava ausente, em Brasília, dizendo que precisou protocolar um pedido R$ 200 milhões para recuperação do Igarapé do São Francisco”, aponta Fábio Araújo. 

Argumento frágil 

E segue raciocínio: “Esses recursos já foram anunciados pelo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, ainda no ano passado, antes mesmo de ele ser candidato a prefeito”, ressaltou reproduzindo um vídeo postado em redes sociais, com data de 16 de julho de 2020, em que o ministro aparece com o senador Márcio Bittar, a deputada Jéssica Sales e o deputado estadual Roberto Duarte, todos do MDB”. 

Embromação 

Para o vereador pedetista, as alegações do prefeito não se sustentam. “Não justifica a ida do prefeito a Brasília no momento em que nossa população mais precisa da presença dele aqui. Quero mais uma vez pedir a atenção do prefeito a gente precisa cuidar do nosso povo, a gente precisa cuidar da cidade de Rio Branco. Brasília não alaga e suas idas lá podem ficar para depois que essa situação ode emergência passar”, concluiu.

Ressaca

Qualquer que seja o desfecho do caso Daniel Silveira, Arthur Lira até agora vem dando um baile nos bolsonaristas. O presidente da Câmara está usando a trucada deles em cima do STF para se desvencilhar do radicalismo tóxico da turma de Jair Bolsonaro, que o apoiou na disputa com o grupo de Rodrigo Maia. Lira tem procurado, com gestos, esclarecer sempre ter sido “Centrão raiz”. Essa postura, porém, deve deixar mágoas: os bolsonaristas vestiram a camisa na eleição da Casa, contrariaram bandeiras e apoiadores para abraçar o Centrão.

Uma mão… 

Lira procurou bolsonaristas e pediu moderação no discurso contra o STF. Um deles foi Carlos Jordy (PSL-RJ). O deputado acatou o pedido, mas disse esperar dele uma “postura de presidente da Câmara para reverter a situação”.

…lava a outra

“Acatei o pedido para não haver tensionamento, esperando que a harmonia institucional possa ser restabelecida através da defesa firme da Câmara pelo presidente e demais deputados”, afirmou Carlos Jordy.

A ver

Outro parlamentar procurado por Lira admite, reservadamente, que Silveira passou do ponto, mas afirma manter os ataques aos ministros porque sabe qual linha não deve ultrapassar: a defesa de fechamento do STF e o AI-5. Crítica e xingamento, disse o deputado, não devem provocar novas prisões.