Com o sistema de segurança sob o comando do vice governador Wherles Rocha (PSDB) - condição delegada pelo governador Gladson Cameli (PP), que o rotulou como um ‘especialista’ em segurança pública e que, ao assumir o comando da Segurança, seria o responsável por descarregar um choque de eficiência no sistema -, o Acre caminha a passos largos para obter o primeiríssimo lugar no ranking da unidade mais violenta da federação.
Ranking
De acordo com informações oficiais do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, em 2019 nosso estado já despontou de forma negativa, figurando no 2º lugar da macabra estatística. O 1º lugar nada honroso apontou o estado do Rio Grande do Norte.
Faroeste caboclo
Para idéia, entre quarta feira última (29) até hoje pela manhã (31), sexta feira, o registro cravou 8 mortes violentas no estado. Só a capital acreana protagonizou sete assassinatos, todos em circunstâncias violentas: a tiros e facadas. Com estes casos, o número de mortes no Acre subiu para 46 somente no mês de janeiro de 2020. E o placar funéreo do primeiro mês do ano pode subir, vez que o dia ainda não terminou.
A solução que resta
O que o atônito cidadão presencia é uma situação de descontrole total, onde os responsáveis pelo sistema de segurança - quando prestam alguma informação à sociedade, entre uma viagem e outra - expressam percepções e métodos difusos sobre a solução do terrível problema, chaga que aflige o cidadão comum, resignado ao confinamento dos lares engradeados.
Feliz ano velho
Não por acaso, hoje as ruas do centro e dos bairros das cidades do Acre, ao cair da tarde, remetem mais ao cenário de cidades fantasmas, contrapondo-se ao cotidiano de outrora, quando a população interagia em praças, clubes, restaurantes e bares. Viver no Acre nos dias de hoje, literalmente, é uma profissão de risco.
Olhaí por nós
Indiferente a essa toada, o governador, vira e mexe, aparece nos veículos de comunicação a proferir de forma ufanística que seu governo já deu certo. Ato continuo, pega um avião e some no trecho, via de regra para o exterior. Com o descaso das autoridades constituídas sobre a onda de violência que assola o Acre, resta elevar orações à Virgem Maria, nossa senhora da Paz.
Ocupações
A propósito do especialista em segurança Major Wherles Rocha (PSDB), vice governador do Estado, o presidente do PSL no estado, Pedro Valério, recorreu a imprensa para denunciar que detém informações seguras que ele trama para tomar a direção da sigla no âmbito regional . Vai ver que é esse tipo de ação que inibe o militar de cuidar da segurança do estado, vez que o governador Gladson lhe confiou cegamente a condução do sistema de segurança.
Faz arminha
Sem emprego com carteira de trabalho, 38,4 milhões de trabalhadores sobrevivem atualmente na informalidade. São pessoas que executam atividades sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
Aferição
O número de brasileiros com trabalho informal representa 41,1% da força de trabalho, sendo a maior desde 2016, quando Michel Temer assumiu o poder após o golpe contra Dilma Rousseff. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Curva ascendente
De acordo com a pesquisa, 11,6 milhões de trabalhadores trabalham sem registro em carteira no setor privado, alta de 4% em relação a 2018 e maior patamar da série histórica iniciada em 2012. O número de trabalhadores por conta própria atingiu o maior nível da série. São 24,2 milhões, sendo a maior parte (19,3 milhões), sem CNPJ.
Ação deliberada
A partir de 2016 passou a vigorar no País uma política baseada na entrega de setores estratégicos para estrangeiros, corte de direitos e de investimentos. O governo fechou 2019 com 12,6 milhões de desempregados, uma taxa de 11,9%.
Raspando o tacho
Após a disparada recorde do dólar na quinta-feira (30), o presidente Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes ordenaram ao Banco Central (BC) uma nova queima das nossas reservas através da realização de um leilão extraordinário de US$ 3 bilhões.
Política econômica
A alta da moeda norte-americana, que chegou a ultrapassar a marca de R$ de 4,27, atingindo o maior valor nominal desde a criação do Real, aponta para a crescente vulnerabilidade da economia nacional e o desastre que se avizinha, com uma possível dolarização. Um anseio do ministro Paulo Guedes.
Feirão
O BC fará nesta sexta-feira (31) um novo leilão extraordinário. A última vez em que o BC tinha feito um leilão de linha foi em 18 de dezembro do ano passado, quando a autoridade monetária vendeu US$ 600 milhões com compromisso de recompra.
Consequências
A política ultraliberal do governo bolsonarista de atração de capitais externos, facilitando toda sorte de especulação financeira e a desnacionalização da nossa economia, aprofunda cada vez mais a dependência do país frente aos zigues zagues das finanças internacionais, controladas por um punhado de banqueiros.
Oscilação
Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promove uma nova reunião para definir os juros básicos no Brasil. A pressão dos bancos é para uma elevação da taxa Selic.
Vazando
O Secretário de Educação Superior do MInistério da Educação (MEC), Arnaldo Lima Junior, pediu demissão nesta quinta-feira (30). Ele era um dos prinicpais auxiliares do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que se encontra sob forte pressão para deixar o cargo.
Colchão de problemas
A pasta da Educação é um dos principais focos de crise do governo Bolsonaro e se agravou depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) fez severas críticas à sua gestão na quarta e quinta-feira.