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Sob nova direção

Sob nova direção

O governador Gladson Cameli (PP) irá fazer mudanças no seu quadro de assessores. A idéia inicial é a escalação de nomes de perfil técnico, sem recomendação política, e que, também, não guardem proximidade com os problemas jurídicos vivenciado pelo mandato anterior (2019/2022), mormente no que diz respeito a Operação Ptolomeu I, II e III.

A força da mulher

No combo de mudanças consta a nomeação de novo titular para a Representação do Acre em Brasília, para onde o governador deverá nomear a ex-secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Ana Paula Lopes Lima. Além disso, outro órgão também passará por mudanças, no caso, a Procuradoria Geral do Estado (PGE), onde o atual chefe, procurador Marcos Motta, pediu para deixar o cargo no final do ano passado e deve ceder o espaço para a também procuradora Janete Melo de Albuquerque Lima.

Estradas e Rodagens

Seguindo esse viés, Cameli convidou o engenheiro Beto Murad, professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Acre (Ufac), para assumir a direção-geral do Deracre. Com doutorado em engenharia civil, Murad revelou que o convite foi feito há cerca de 10 dias e, desde então, vem conversando com os familiares. Beto Murad negou que a sua indicação tenha sido patrocinada por indicação política. Para o aceite do convite, Murad aguarda a liberação da Ufac para assumir o posto.

Laços de família

Beto Murad é filho do médico Labib Murad, que foi vice-governador de Orleir Cameli, tio do atual governante. Murad também é casado com uma das filhas do falecido conselheiro do Tribunal de Contas do Acre, José Augusto Farias, que também era pai da ex-secretária de Saúde Paula Mariano.

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Consórcio

Uma ação conjunta do governo federal, do estado e do município de Rio Branco proporcionará uma ajuda de custo para famílias vítimas da última alagação. Ontem, 21, o prefeito Tião Bocalom (PP) recebeu o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Alex Carvalho, para tratar de demandas relacionadas a questões sociais, principalmente no que se refere a um auxílio emergencial para as famílias atingidas pela cheia do rio Acre no mês de março e que precisaram ser levadas para abrigos. A ajuda que terá a chancela das três esferas do executivo, recebeu o nome de “Auxílio do Bem” e pagará um aporte no valor de mil reais.

Logística

O recurso será distribuído pela Caixa Econômica Federal, logo após a divulgação do calendário com os nomes das famílias contempladas. A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do município, Suellen Araújo, diz que a prefeitura já forneceu todos os cadastros das pessoas que terão o direito de receber o benefício e lembrou de outros programas com os quais a prefeitura já contempla os atingidos pela enchente.

Mutirão

Bocolom lembra que a prefeitura já entregou sacolões – que em situações de calamidade idêntica nunca tinham sido entregues pelo poder municipal anteriormente; deu todo o suporte no período da alagação para as famílias atingidas; ajudou a população que foi afetada por esse grave desastre decorrente da subida das águas aqui em Rio Branco, e que, agora, graças a Deus, também tem o auxílio do governo do Estado e do governo Federal.

Juros estratosféricos

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidiu manter a Selic nos atuais 13,75% ao ano recebeu críticas do presidente Lula, de parlamentares e empresários. Essa é a sétima vez consecutiva que o BC resolve não mexer nos juros. No entendimento dos técnicos do Banco Central, a altitude dos juros é necessária para combater a inflação, mas a economia também tem dificuldades para respirar no ar rarefeito.

Óbices

Para o presidente da Confederação Nacional das Indústrias, Tobson Andrade, a ação do Banco Central do Brasil em manter os juros no nível atual foi um ‘tremendo erro’ do Copom. Para Andrade, a economia brasileira já reúne fatores que possibilitam, pelo menos, a sinalização de uma trajetória de queda da taxa Selic. Ele cobrou ainda que o Banco Central se atente a medidores para além das questões inflacionárias. ‘Como investir com os juros nesse patamar?’, questionou

Insensibilidade

Em entrevista ao podcast 2+1, dos jornalistas Vera Magalhães e Carlos Andreazza, ele disse que a economia já reúne fatores para uma trajetória de queda. O comunicado do Banco Central também não sinaliza perspectiva de baixa. ‘Foi um tremendo erro. Nós precisávamos de uma sinalização, mesmo que pequena. Estamos discutindo uma reforma tributária, um arcabouço fiscal, a inflação está em queda, a economia está em um nível de desemprego muito alto, uma população sem renda. Temos todos os fatores para começar uma trajetória de redução da taxa de juros. Para mim, é inacreditável que não tenha tido essa redução, e mais ainda que não tenha tido uma sinalização’, criticou.

Custo

Robson Andrade explicou que o percentual de 13,75% significa uma taxa de até 30% para empresas e pessoas físicas interessadas em fazer créditos e financiamentos. ‘Não estamos falando que o tomador de crédito tira os recursos a 13,75%, o crédito bancário, hoje, pode chegar a 20%, 30%, dependendo do tamanho da empresa e daquele que vai tirar financiamento. Com uma inflação em torno de 4%, você vê o absurdo que nós estamos pagando no Brasil de juros. Como você vai investir com uma taxa nesse patamar? Como você vai consumir qualquer bem durável com um financiamento de médio prazo a 30% ao ano?’, questionou.

Reforma tributária

Sobre a reforma tributária, o presidente da CNI demonstrou muito otimismo. Em um evento da entidade, ontem, quarta-feira (21), Fernando Haddad, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco engrossaram o coro pelo projeto. O presidente da Câmara garantiu, inclusive, a aprovação. ‘Nós temos total confiança de que agora vai. Em muitos e muitos anos nunca estivemos tão próximos’, afirmou. ‘É legítimo que cada setor procure fazer o lobby correto de defender o interesse da classe que representa, mas o que estamos vendo de diferente é que existe uma conscientização não só no Congresso Nacional, mas da população brasileira. (...) O Brasil está ficando excluído das grandes potências, dos grandes países em desenvolvimento por ter um sistema tributário infeliz, incompreensível e completamente caótico’, analisou.

Agronegócio

Questionado sobre o peso da bancada ruralista no Congresso, Andrade admitiu que a tributação do agronegócio é baixa. Um estudo da CNI demonstrou uma taxa de apenas 1,9% ao setor. ‘O agro tem duas partes. A agroindústria paga os tributos como se fosse indústria. Só de tributos federais, pagamos em torno de 34%. Agora, a produção de grãos, produtos agrícolas, pecuária, esse realmente hoje paga muito pouco. Por outro lado, a estimativa de crescimento do setor agrícola no Brasil é em torno de 12% nos próximos 10 anos. Essa é uma vantagem que vai ser trazida para aqueles que estão produzindo os produtos agropecuários’, ponderou.

Personagem

Robson Andrade também falou sobre o poder de Lira no Congresso. O líder do Centrão trouxe a reforma para si e já afirmou que pediu a ajuda do governo para aprová-la, em uma inversão de valores sobre a relação entre Legislativo e Executivo. ‘Arthur Lira, certamente, é um líder de grande quilate. Tem uma liderança na Câmara e isso é muito bom, porque você sabe que tem uma liderança que pode fazer a Casa andar. Sem liderança, como já vimos em alguns casos no passado, a Câmara ficava um pouco paralisada. Mas o fato de ter uma liderança forte não impede que as votações sejam a favor ou contra’, disse.