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Sem justificativas

Sem justificativas

O senador interino Eduardo Veloso (UB) – que ora substituí Márcio Bittar (UB) -, o Senador Sérgio Petecão (PSD) e a senadora Mailza Gomes (PP), os representantes do Acre na Câmara Alta, em obediência as ordens emanadas do Palácio do Planalto furtaram-se de assinar o pedido de CPI que apura a roubalheira praticada por pastores mundanos - verdadeiros vendilhões do templo – que usavam o Ministério da Educação para raubar o dinheiro do contribuinte brasileiro. 

Investigações 

Ontem, terça-feira, 28, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jean Paul Prates (PT-RN) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) protocolaram o requerimento de instalação de uma CPI para investigar suspeitas de corrupção, corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. Até o início da tarde de ontem, o documento contava com 30 assinaturas, três além das 27 exigidas pelo Regimento Interno do Senado.

Formalização 

Segundo Randolfe, a expectativa é de que o requerimento seja lido no Plenário da Casa até a próxima quinta-feira (30). O senador espera que a comissão parlamentar de inquérito seja instalada na última semana antes do recesso parlamentar de julho ou na primeira semana de agosto.

Amparo legal 

No dizer do senador amapaense Rondolfe Rodrigues, “o  presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é um constitucionalista e sabe que CPI é direito constitucional de minoria. Para ser instalada, precisa de apenas três requisitos: número de assinaturas, fato determinado e tempo de funcionamento. Os três estão contidos aqui. O presidente Pacheco foi claro em dizer que cumpriria a Constituição e o Regimento Interno do Senado. Minha expectativa é de que, nas próximas 48 horas, este requerimento seja lido pela Mesa do Senado”, afirmou no ato da entrega do documento pedindo a CPI.

Convicção 

Em entrevista coletiva concedida logo após o protocolo na Secretaria-Geral da Mesa, Randolfe Rodrigues disse, também, estar confiante na manutenção das assinaturas no requerimento. Segundo o senador, outros três parlamentares se comprometeram a assinar o documento.

Cenário

O movimento pela instalação de uma CPI ganhou força após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pela Polícia Federal. Detido no dia 22 de junho, ele foi liberado no dia seguinte por decisão da Justiça. Ribeiro deixou a pasta em março, após admitir que o Poder Executivo priorizava o repasse de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a prefeituras indicadas pelos pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura.

Pânico 

Segundo Randolfe, o presidente Jair Bolsonaro “tem medo” de eventuais declarações de Milton Ribeiro, Gilmar Santos e Arilton Moura. Por isso, ainda de acordo com o parlamentar, o chefe do Poder Executivo interfere no inquérito da Polícia Federal. Pelo que se vê, o pânico também atormenta a trinca de senadores acreanos, que fazem cara de paisagem quanto a rapina com o dinheiro destinado a educação dos brasileiros. 

Pulando do navio 

Relata o jornalista Ricardo Noblat, do site Metrópoles (https://www.metropoles.com/blog-do-noblat) que a ciranda de más notícias que cerca o governo Bolsonaro e a perspectiva de que não vão ceder tão cedo acenderam todos os alertas para a sua base no Congresso Nacional.

Base em chamas 

Boa parte dos deputados alinhados com o presidente da República temem os efeitos da crise que atinge o Palácio do Planalto e parece não ter data para acabar.

Autopreservação 

Nem liberação de emendas irá mantê-los fiéis e empenhados pela reeleição de Bolsonaro. Não que esses parlamentares sairão com estandartes com a foto de Lula pelas ruas, mas não pretendem gritar o nome do presidente pelas ruas e ladeiras.

Cá e lá

Pela primeira vez o que se ouve no Congresso Nacional, entre os bolsonaristas, é que o governo está chegando próximo a seu fim e sem possibilidade de reagir, enquanto Lula e sua campanha seguem de vento em popa, atraindo aliados de centro e empresários. 

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Palpos de aranha 

O Ministério Público do Trabalho (MPT) do Distrito Federal abriu ontem, terça-feira (28/6) uma apuração sobre as denúncias de assédio sexual contra o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, contra funcionárias do banco. Como revelou a coluna de Rodrigo Rangel, cinco funcionárias deram entrevistas para denunciar os episódios de assédio.

Fio da meada

Nessa apuração inicial, os procuradores analisarão possíveis irregularidades trabalhistas e decidirão se abrirão um inquérito sobre o caso. Na fase de inquérito, o MPT ouvirá as vítimas e também Pedro Guimarães. O MPF já apura o caso na esfera criminal.

Brucutu

Nesta quarta-feira (29/6), a imprensa mostra que Guimarães coleciona rompantes durante o trabalho na estatal. No fim do ano passado, o executivo disse a funcionários e funcionárias do agronegócio da Caixa: “Se não fizerem o que eu estou mandando, eu vou estuprar todos vocês”.

Comportamento inusual 

No ano passado, o MPT do Distrito Federal notificou Guimarães por ter constrangido dirigentes do banco ao pedir que fizessem flexões durante um evento institucional da estatal. O MPT recomendou que Pedro Guimarães não repetisse “situações de constrangimento”.

Rapidez 

A propósito do imbróglio em que Pedro Guimarães se meteu, o presidente Jair Bolsonaro agiu rápido. Hoje, 28/06, no final da manhã, ele escolheu uma mulher para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal no lugar do presidente acusado de assédio sexual por um grupo de funcionárias do banco.

Nome 

A escolhida foi Daniella Marques. Considerada o “braço direito” do ministro Paulo Guedes, ela comanda, desde fevereiro de 2022, a Secretaria de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia.

Convescote 

A expectativa é que Guimarães deixe o cargo ainda nesta quarta-feira (29/6), um dia após a revelação das denúncias de assédio. Após a revelação do caso, Guimarães conversou ao menos duas vezes com Bolsonaro. Uma na noite de terça-feira (28/6), no Palácio da Alvorada, e outra na manhã desta quarta, no Palácio do Planalto.