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Jamaxi

Segredo de polichinelo

Circula em todos os grupos de whatsApp da cidade um vídeo contendo o áudio de uma reunião do Solidariedade, que coloca em cheque mate o sonho do ex-pré-candidato a prefeito de Rio Branco Luziel Carvalho pela sigla dominada pela deputada  federal Vanda Milani e seu preposto e filho Israel Milani, presidente regional do Solidariedade.

Sobrevivência 

No áudio, consta que a retirada da candidatura de Luziel seria pela manutenção dos mais de 100 cargos comissionados, que o partido tem no governo de Gladson Cameli (PP).

Moeda de troca 

Edmilson Ricardo Maia, presidente municipal do Solidariedade, afirma no sonido  que “nós temos mais de 150 cargos. Daí a maioria da executiva, por exemplo, tem cargo comissionados. Daí todo mundo se viu, imagina nós que já temos uma qualificação, uma coisa nesse sentido e tal, enquanto essas cento e poucas pessoas não tem. Se verem desempregadas”, diz preocupado o outrora desamparado  e hoje aquinhoado com uma boquinha na estrutura governamental  Edmilson Ricardo .

Homem ao mar

O presidente municipal Ricardo Maia ainda narrou uma possível conversa que Luziel fez com presidente estadual da sigla, o filho da deputada federal Wanda Milani, Israel Milani. No diálogo, Luziel já vislumbrava que essa ‘rasteira’ aconteceria.

Blefe

“Tu sabe que a pressão é grande, se o governador te botar na parede tu tem condição, tem coragem de entregar o cargo” ainda segundo o presidente a resposta de Israel Milani teria sido afirmativa “Na hora”.

Mateus, primeiro os meus...

O diretor presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Israel Milani, ainda chega a afirmar que havia fechado um acordo com Luziel, mas que por sobrevivência política iria ficar com Gladson Cameli (PP).

Frigir dos ovos

Resultado do imbróglio e da gravação clandestina é que ontem Luziel Carvalho teve sua pré-candidatura retirada, segundo ele, sem motivo algum. Luziel afirma que não teve a oportunidade de se justificar diante das situações colocadas em pautas e acusa a direção regional de agir com preconceito.

Desculpa esfarrapada 

Por seu turno, o presidente estadual Israel Milani afirma que Luziel, no momento em que foi convidado para fazer parte do partido, teria sido avisado de como as coisas funcionavam, mas Luziel, ignorando a advertência, lançou sua pré-candidatura  e passou a fazer sua pré-campanha atacando os adversários políticos.

Sonho sonhado

Ainda ontem, ao tomar conhecimento da decisão da executiva, em vídeo postado no facebook, em copioso choro, Luziel resolver fazer manifesto na sede do partido com faixa levando a frase: Lutando pela democracia #chega da velha política, aduzindo em suas falas que era vítima de perseguição motivada pela sua origem de cor e de sua procedência de família humilde.    

Chefe problema

Outro ponto que chamou atenção na fita tornada pública foi o conceito guardado pelo secretário Israel Milani em relação ao vice governador Wherles Rocha, que na prática é chefe imediato de Milani, vez que é o nº 2 na hierarquia do poder. Lá pelas tantas, no meio do áudio que não podia vazar, conforme pedido lançado pelo  próprio Israel no final da fita, o secretário soa peremptório:”É o cara que mais persegue e o que mais me dá trabalho na secretaria”.

Pule de dez

Por tudo o que se vê, o amálgama utilizado para manter  a coalizão partidária que ungiu Gladson Cameli ao Palácio Rio Branco em 2018 tem tudo para descomprimir a liga. É notório que a união cimentada pela homogeneização de interesses econômicos não traduz compromisso. Vira negócio e, como tal, está suscetível a ofertas e contra ofertas, na base do ‘quem dá mais leva’. A falecida Frente Popular do Acre teve o inicio de seu ocaso ao prevalecer essa premissa.

Visão acurada

O ex-governador Jorge Viana (PT) foi cirúrgico em entrevista recente quando aquilatou que o governador Gladson Cameli (PP) está começando por onde a FPA terminou: permitindo que o conglomerado partidário que o levou a vitória encete uma briga fratricida logo no primeiro embate surgido no horizonte. 

Vitória pírrica 

A constatação do ex-senador petista leva em conta que a coligação ‘Mudança e Competência’ é um bicho de sete cabeças, onde cada sigla partidária defende seu projeto de poder e os compromissos rendem-se aos interesses de seus  respectivos ‘donos’, a saber: Wherles Rocha, Flaviano Melo e Vagner Sales; Sérgio Petecão; Bestene e Vanda Milani, sem contar a engenharia sonhada pelo próprio Gladson, tornando o governador um maestro sem músicos.


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Palpos de aranha 

Edmar Santos, ex-secretário de Saúde do Rio, entregou um lote de provas materiais que podem implicar o governador do Rio, Wilson Witzel, no esquema de corrupção na Saúde do estado.

Abrindo o jogo

Reportagem da revista Veja veiculada ontem, 13072020, destaca que “além de apresentar evidências concretas contra Witzel, o ex-secretário se compromete no acordo a devolver 8,5 milhões de reais à Justiça. “Ele entrega o dinheiro e os culpados”, diz um investigador.   

Linha dura

Relator do caso de Fabrício Queiroz no STJ, o ministro Felix Fischer rejeitou em junho a transferência para a prisão domiciliar de uma idosa (66 anos) hipertensa, diabética e portadora de HIV que foi condenada por tráfico.

Pior que o soneto

Fischer reforçou o argumento da juíza de primeira instância de que ela estava recebendo os cuidados adequados na prisão. Ele também citou a impossibilidade de saber se ela seguiria os protocolos de higiene em sua residência.

Vamos ver 

Queiroz foi autorizado a ir para a domiciliar pelo presidente do STJ, João Otávio de Noronha. Fischer poderá rever a decisão.

Deixa disso 

Apesar da irritação no meio militar com a declaração do ministro Gilmar Mendes, ligando o Exército a um genocídio na pandemia, as cúpulas do Judiciário e do Congresso não acreditam que a crise vá escalar. Na PGR e no centrão, o clima é de redução da fervura. Parlamentares defendem diálogo de paz entre o ministro do STF e Fernando Azevedo (Defesa). A colegas, Mendes fez ponderações sobre a interpretação dada à sua fala e tem dito que defendeu um ponto de vista, o que não é crime.

Papelada 

Apesar do endosso dos generais da reserva Augusto Heleno (GSI) e Hamilton Mourão (vice-presidente), a representação contra o ministro do Supremo não havia sido enviada à PGR até a noite desta segunda-feira (13).

Passa depois

 A avaliação é que na Procuradoria a análise também não será rápida, o que contribui para esfriar os ânimos. Jair Bolsonaro ficou distante e não quis entrar na discussão. Gilmar Mendes é o relator do caso de Flávio no Supremo.