O cenário mais temido está a acontecer: a ocupação total dos leitos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito de Rio Branco já é uma realidade. Hoje (06/05), pela manhã, pacientes diagnosticados com a Covid-19 e com pedido de internação aguardavam do lado de fora da unidade, sem a disponibilidade de vagas para o necessário tratamento. Sobre o fato, o secretário de Saúde Alysson Bestene reconhece situação e diligencia para impor contornos na estrutura que já beira o estrangulamento.
Racionalidade
Ao longo dos últimos dias o governador do Estado, Gladson Cameli e a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, alertam diuturnamente para a necessidade do isolamento mirando evitar o pior, justamente essa situação ora presenciada: o esgotamento na capacidade de atendimento do sistema de saúde publica do estado e do município.
A força da grana
Na contramão do procedimento racional do governador e da prefeita, o presidente Jair Bolsonaro e alguns empresários combatem a estratégia, mirando tão somente a saúde financeira e econômica das atividades empresariais. Ontem o governador Gladson Cameli, ao ser pressionado por empresários locais que pleiteavam o afrouxamento da quarentena, foi cirúrgico: se não houver vida, não haverá atividade econômica. Simples assim!
Em nome do Pai
O papa Francisco disse nesta quarta-feira (6/05) que os patrões devem respeitar a dignidade dos funcionários, principalmente os imigrantes, apesar das dificuldades econômicas provocadas pela crise do novo coronavírus. “É verdade que a crise está afetando a todos, mas a dignidade das pessoas sempre deve ser respeitada”, disse Francisco no final de sua audiência geral, realizada na biblioteca papal, em vez da Praça de São Pedro, devido à quarentena na Itália.
SOS
Sua Santidade afirmou ter recebido inúmeras mensagens sobre problemas trabalhistas em 1º de maio, dia em que a maioria dos países celebra os direitos dos trabalhadores.
Seguindo as escrituras
Francisco disse que queria defender “todos os trabalhadores explorados e convido todos a transformar a crise em uma ocasião em que a dignidade da pessoa e a dignidade do trabalho possam ser colocadas de volta no centro das coisas.” O pontífice fez menção especial à exploração de trabalhadores rurais na Itália, a maioria dos quais são imigrantes.
Fatos lastimáveis
Nas últimas semanas, houve uma série de prisões de proprietários de fazendas e quadrilhas que recrutam e supervisionam trabalhadores rurais na Itália. A maioria dos integrantes das gangues também eram imigrantes.
Bola pra frente
O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior (PP), colocou em pauta na sessão on-line de terça-feira (5) o Projeto de Lei que altera parte da Lei Complementar nº 349, que contem dispositivos que muda o cálculo do adicional de titulação de militares estaduais.
Ritos
O projeto foi enviado pelo governador Gladson Cameli (PP) e permite que os policiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros passem a receber os adicionais, tendo como referência o vencimento básico dos respectivos postos e graduações. A proposta foi lida pelo presidente no expediente da sessão de ontem e ainda passará por várias comissões da Casa Legislativa antes de ser encaminhada para discussão em plenário.
Posição
Sobre a recomendação da promotora Myrna Mendonza, da 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público, pedindo que a matéria fosse retirada de pauta, Nicolau Júnior tomou posição: “Defendo um diálogo aberto e transparente entre os poderes já que o caso envolve uma categoria que merece ser valorizada. Estamos falando de um projeto importante que tem como finalidade corrigir erros no soldo da PM. Devemos sentar com o governo e os órgãos fiscalizadores para tirarmos todas as dúvidas”, disse o progressista.
Cada qual no seu quadrado
Sobre o Projeto de Lei que altera a Lei complementar nº 349, o deputado Sargento Cadmiel (PSDB) criticou a manifestação do Ministério Público, enfatizando que o Ministério Público está querendo ter mais poder que o Legislativo, Casa definida pela Carta Magna como o fórum específico para aprovação de leis.
Espécime
Endossando Cadmiel, o emedebista Roberto Duarte questionou a recomendação do MP e frisou que a matéria sequer tenha sido debatida no Parlamento e o Ministério Público já emitira recomendações para a não apreciação do projeto. “Os projetos de lei só começam a tramitar na Aleac após a leitura do expediente, e essa matéria foi lida somente no início da sessão de hoje. Me causou estranheza a recomendação do Ministério Público. Desde já, reafirmo meu compromisso com os policiais e declaro meu voto favorável publicamente à valorização dos servidores”, frisou.
Sua excelência, os fatos
A defesa do ex-presidente Lula requisitou nesta quarta-feira (6) a suspensão do julgamento no Tibunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), referente aos embargos pendentes sobre o sítio de Atibaia, diante das novas revelações sobre falta de isenção do ex-juiz Sergio Moro para julgá-lo, exposta na explícita negociação do ex-juiz com Jair Bolsonaro para conquistar um cargo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Acordo
A defesa levantou nos autos o seguintes argumentos para argüir a suspensão: “Conforme exposto nas razões de apelação, há diversos fatos que mostram a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e consequente comprometimento de toda a instrução deste processo. Dentre os apontamentos, está o fato do ex-juiz ter passado a integrar o governo do Presidente Jair Bolsonaro com o afirmado compromisso para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal”.
Sonho antigo
A defesa também enfatiza que “as pretensões políticas do ex-juiz Sergio Moro não se afloraram repentinamente apenas após o pleito eleitoral de 2018 [quando ele assume a pasta da Justiça no governo Bolsonaro]. “Ao revés, têm elas origem anterior, como sempre afirmou esta Defesa com base em diversos elementos”, diz a defesa, explicitando as articulações políticas de Sergio Moro com intuito de prejudicar Lula.
Réu confesso
A defesa de Lula cita Bolsonaro, que expôs as intenções políticas de Moro: “Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: “Você pode trocar o Valeixo, sim, mas em novembro, depois que o senhor me indicar para o Supremo Tribunal Federal”.