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Rodovia

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Ontem, terça-feira, 29 de outubro, foi entregue a primeira etapa da duplicação da rodovia AC-405, em Cruzeiro do Sul, uma obra aguardada pela população que trouxe melhorias significativas na mobilidade urbana e no desenvolvimento da região. A obra, iniciada em 2021, é considerada um marco para o crescimento do município e da região.

Integração

A cerimônia de inauguração contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), o prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima (PP), e a vice-governadora, Mailza Assis (PP). O governador expressou gratidão e destacou a importância da obra: “É uma prova daquilo que sempre falo: quando há parcerias, determinação da equipe e apoio político, os resultados aparecem. A AC-405 é crucial porque liga importantes cartões-postais do estado, como o Igarapé Preto e a Serra do Divisor, além de conectar o Aeroporto Internacional e municípios vizinhos”.

Cronograma

A primeira fase da duplicação foi realizada com o apoio do BNDES e de parlamentares federais. O governador também mencionou a previsão de inauguração da segunda etapa da obra, que será realizada após o verão, beneficiando principalmente os municípios de Rodrigues Alves e Mâncio Lima.

Sonho sonhado

Gladson Cameli reconheceu os desafios enfrentados durante a execução da obra, como atrasos e dificuldades burocráticas. No entanto, o governador ressaltou que, apesar dos obstáculos, a entrega da primeira etapa é um sonho realizado. Ele garantiu que o trabalho continuará até a conclusão da segunda fase: “Não vou parar enquanto não chegar a Mâncio Lima!”, afirmou com entusiasmo.

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Pauta

Com o fim das eleições municipais, as atenções em Brasília se voltaram para outra votação: a que definirá o comando das duas casas do Congresso no início do ano que vem. O atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), oficializou nesta terça-feira seu apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB). O candidato, que contou com a desistência do presidente nacional do seu partido, Marcos Pereira (SP), agora busca a bênção oficial de PT e PL, mas ainda há questões a resolver.

Passos

Enquanto o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro tenta condicionar o apoio a Motta à aprovação do projeto que anistia golpistas que atacaram Brasília em 8 de janeiro de 2023, o PT é contra a iniciativa. Antes do anúncio com Motta, Lira atrasou a tramitação do projeto ao criar uma comissão especial para analisá-lo, tirando-o da Comissão de Constituição e Justiça, onde estava já na pauta de votação.

Convescote

Para negociar o apoio do PL a Motta, assim como à candidatura de Davi Alcolumbre (União Brasil) à presidência do Senado, Bolsonaro esteve ontem no Senado e afirmou que várias negociações estão na mesa, defendendo a anistia aos golpistas e a ele próprio, inelegível devido a duas decisões da Justiça Eleitoral. “Foi um julgamento político e estamos buscando maneiras de desfazer isso aí. A prioridade nossa é o pessoal que está preso, eu sou o segundo plano”, disse.

Estratégia

O ex-presidente afirmou que conversou com Lira e apoiou a decisão de retirar a anistia da CCJ. Ou seja: o movimento do presidente da Câmara de atrasar o projeto foi calculado para conseguir apoio do PT, mas sem desagradar seu antagonista, o PL, dono da maior bancada entre os deputados, com 92 das 513 cadeiras, e 14 dos 81 senadores, menos apenas que o PSD (15).

Condições

No entanto, membros da bancada petista na Câmara se mostraram resistentes a apoiar Motta. Para eles, o deputado precisa se comprometer a não pautar o PL da Anistia. “Seria muito delicado se ele pautasse este tema no ano que vem”, afirmou Jorge Solla (PT-BA). Rui Falcão (PT-SP) também espera um posicionamento formal de Motta sobre o tema. O candidato, no entanto, deixou aberta a possibilidade de pautar a anistia em 2025, mas defendeu o “equilíbrio”, dizendo que o projeto não pode se misturar com a sucessão na Casa.

Apreensão

Caso seja eleito, Motta, que tem 35 anos, será o parlamentar mais jovem a presidir a Câmara – como foi o deputado mais novo da República ao se eleger pela primeira vez, em 2010, aos 21 anos. É conhecido por ter ótimo trânsito na Câmara e com o setor privado. Tem se apresentado como um candidato que buscará consenso. Mas há quem se preocupe com sua intimidade com o ex-deputado Eduardo Cunha e também com o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI).

Enquanto isso...

No relatório final do inquérito que apura a responsabilidade de autoridades do Distrito Federal no 8 de Janeiro, enviado ao Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal afirma que foram constatadas falhas “evidentes” da Secretaria de Segurança Pública, como a “ausência inesperada” do então secretário Anderson Torres, que estava nos Estados Unidos. Também destacou a “falta de ações coordenadas” e a “difusão restrita de informações cruciais” como “fatores decisivos” para a “ineficiência da resposta das forças de segurança”.

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Crime e castigo

A propósito da tentativa de golpe de 08 de janeiro de 2023, o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), afirmou que não tem como apoiar o projeto que concede anistia aos condenados por envolvimento nas manifestações antidemocráticas de 8 de janeiro de 2023, caso receba apoio do PT para ser alçado à presidência da Câmara. A declaração ocorreu nesta terça-feira, 29, na Câmara, após uma reunião com a bancada do PT, onde ele propôs uma aliança para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

Escolhas

“Em política e na vida, a gente tem que fazer escolhas e tem que ter lado. Nós temos um lado muito claro do PL e um lado muito claro do PT. Numa eleição em que haja disputa, isso vai ficar muito aberto”, declarou.

Opções

Elmar continuou: “De forma muito sincera e muito honesta, eu não tenho como receber o apoio do PT e da esquerda e apoiar a pauta mais cara contra eles, e vice-versa”. Na sequência, o deputado disse que “não dá para se esconder, dizer que isso não é um tema sensível e não ter coragem de assumir posição. Isso não é estimular a briga, isso é estimular o debate”. Elmar reforçou que afirma a sua posição como candidato à presidência da Câmara, e não como líder do União Brasil na Câmara.

Fervor

“Eu falo como candidato que, se eu tiver o apoio do PT, que é o 2º maior partido da Casa, e da federação PT-PCdoB-PV, eu tenho que estar compromissado com aquilo que é o tema mais caro para eles”, disse. As declarações ocorrem no mesmo dia em que Lira anunciou o líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB), como o seu candidato para a presidência da Câmara. As bancadas do PP e do Republicanos também oficializaram o apoio.

Posição

O PT ainda não anunciou a sua posição. A bancada petista deve se reunir nesta quarta-feira, 30, para discutir sobre o tema. Os integrantes da legenda afirmaram que têm ouvido os três candidatos, Elmar, Motta e o líder do PSD, Antonio Brito (BA).

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Estaca zero

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes anulou, na última segunda-feira, 28, as condenações do então juiz Sergio Moro contra o ex-ministro petista José Dirceu na Lava Jato. A determinação atende a pedido da defesa e concorda em estender ao político decisão da Corte que considerou Moro suspeito para julgar processos contra o presidente Lula. Dirceu foi condenado por Moro em dois casos, em 2016 e 2017, com penas que somavam 34 anos de prisão. A anulação faz Dirceu retomar seus direitos políticos.

Missões

Para Lula, o ex-chefe da Casa Civil tem como auxiliar em várias ‘missões’, como a de reconstruir o PT – que vai renovar sua cúpula em 2025 –, melhorar o diálogo do Palácio do Planalto com empresários e políticos do centrão, além de ampliar as conversas com a ala do MDB que não quer se aliar ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em 2026”.

Lição

Em um local estrategicamente escolhido, Kamala Harris, a candidata Democrata à presidência dos EUA, proferiu o argumento final de sua campanha na noite de ontem em um comício que reuniu 75 mil pessoas em Washington. “Esta eleição é mais do que apenas uma escolha entre dois partidos e dois candidatos diferentes. É uma escolha entre termos um país enraizado na liberdade para todos os americanos ou governado pelo caos e pela divisão”, afirmou a democrata no National Mall, mesmo local onde Donald Trump se dirigiu a seus apoiadores antes do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio. Já o republicano esteve na Pensilvânia, um estado decisivo.

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Volta por cima

O senador Ciro Nogueira, ex-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro e um dos “donos” do Progressistas ao lado de Arthur Lira, está feliz da vida com os resultados das eleições municipais onde candidatos que receberam seu apoio lograram êxito nas urnas.

Maré alta

Se antes ele vinha sendo apontado como um chefe político em rota descendente, especialmente pela perda de espaço para o PT em seu estado natal, o Piauí, com o pleito deste ano ele considera ter recuperado parte do espaço perdido.

Pupilo

Ciro se gaba da vitória de Silvio Mendes em Teresina, ainda no primeiro turno. Mendes é do União Brasil, mas teve o senador como um de seus principais padrinhos. Também vêm sendo computados em favor dele outros resultados em capitais nordestinas, como a vitória de Cícero Lucena, do Progressistas, reeleito neste domingo em João Pessoa. Ciro, por sinal, é bastante próximo do deputado Hugo Motta, o candidato de Lira à presidência da Câmara.