Por inciativa da deputada Michelle Melo (PDT), A Assembléia Legislativa do Acre realiza hoje, 12, a partir das 09:00 hs, audiência pública para debater aspectos relacionados à Rede de Atenção Psicossocial no Estado do Acre. A Rede tem como função precípua garantir a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas.
Questão humanitária
Quem frequenta o centro da capital acreana, pode observar o quão importante é tratar sobre o tema, vez que aquele espaço que outrora era ocupado pelas famílias na pacata Rio Branco, hoje está tomado por pessoas que trazem a dependência química no seu cotidiano e urge que o poder público adote medidas para tirar esses seres do suplício diário que tomou conta de suas vidas.
Pareamento
Nos últimos dias o Secretário de Governo Alisson Bestene acoplou sua agenda a do governador Gladson Cameli (PP). O emparelhamento das agendas coincide que a determinação política de partidários de Bestene em colocar seu nome para a disputa do paço municipal rio-branquense no próximo ano. No sábado, 10, Alisson acompanhou Cameli na visita às obras emergenciais de recuperação de uma parte do Calçadão da Gameleira, no Segundo Distrito de Rio Branco, que cedeu após a enchente do Rio Acre. Os serviços devem ser concluídos até a próxima quarta-feira, 14.
Grude
Após a agenda as margens do Rio Acre, Bestene acompanhou o governador no plantio experimental de milho localizado no Parque de Exposições de Rio Branco, no Segundo Distrito da capital. O espaço será uma das atrações da Expoacre 2023, tida como a maior feira de negócios e entretenimento do estado.
Vitrine
Um dos organizadores da feira de negócios, Alisson gestiona para que a edição deste ano tenha como marca a maior concentração de negócios da história. “O objetivo do Estado e demais parceiros é realizar a maior feira de todos os tempos. Essa é uma determinação do governador Gladson Cameli e estamos empenhados em fazer uma grande Expoacre. Estamos preparando novidades que movimentarão o Parque de Exposições durante os nove dias e não tenho dúvida que será sucesso não só de público, mas também de negócios”, afirmou.
DR (Discutindo a relação)
Pela primeira vez, após a incisiva participação de membros das Forças Armadas Brasileira em um governo legitimado pelo voto, no caso o de Jair Bolsonaro (PL), o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, então ministro da Defesa de Bolsonaro, foi acusado no domingo, ontem, dia 11, publicamente por um colega de farda de omissão no episódio que levou à intentona do dia 8 de janeiro, em Brasília. E quem o fez é o também general e ex-ministro de Bolsonaro Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Prevaricação
“Quem tinha que defender as Forças Armadas, no nível político, era o Ministro da Defesa”, afirmou ao jornalista Marcelo Godoy, do jornal ‘O Estado de São Paulo’ Santos Cruz. Sobre os demais generais palacianos, entre eles Walter Braga Netto, Santos Cruz afirmou que, no caso dele, e dos demais, Cruz assevera que “ficava por conta da iniciativa de cada um” agir contra ação golpista, “o que nunca se concretizou”.
Desaprovação
Há três semanas, generais da ativa e outros militares deixaram claro seu descontentamento com o papel desempenhado por colegas de farda no ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Classificavam como “desleal” a conduta dos colegas bolsonaristas que tentaram incitar coronéis com comando de tropa a ultrapassar os generais que se recusavam a dar o golpe contra posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
Nominata
As críticas, no entanto, evitavam apontar nominalmente os colegas, exceto nos casos em que a disciplina foi esgarçada de forma intolerável, e o xingamento a colegas de turma e a oficiais generais foi feito de forma pública, para além dos muros das casernas. Esse seria o caso de coronéis como Adriano Testoni e José Placídio Matias dos Santos, que alegam inocência.
Ação orquestrada
Depois de fechar suas redes sociais em 2 de fevereiro, o Exército decidiu reabri-las em 30 de abril. Tornou-se alvo de uma campanha gigantesca de radicais bolsonaristas. No Congresso, deputados afinados com o antigo governo, como Ricardo Salles (PL-SP) chegou a dizer que investir nas Forças Armadas seria “desperdício de dinheiro público”.
Surdina
Durante um mês espocaram aqui e ali manifestações de militares que buscavam defender a instituição e esclarecer o público sobre o “papel do Exército nos fatos”. Mas até então ninguém apontara o dedo publicamente para os generais palacianos que acompanharam Bolsonaro nos últimos meses de seu mandato.
Comparativos
Esse tabu do silêncio obsequioso caiu ontem, enquanto se comemorava o Dia da Marinha, em Copacabana, no Rio. Ficou inevitável a comparação nessa mesma Avenida Atlântica entre o público de ontem e o de 7 de setembro de 2022, quando as fronteiras entre um desfile militar e um ato de campanha eleitoral se esvaneceram até quase sumir. Se milhares lotavam a orla naquele dia e assistiram à passagem da esquadra, ontem, o carioca parecia mais disposto a fazer seu cooper sem dar atenção à banda dos Fuzileiros Navais e aos seus blindados, que tanta polêmica causaram em 2021, no dia em que o Congresso rejeitou a PEC do Voto Impresso.
Artilharia
“Os covardes nunca estão na linha de frente”, escreveu o general Santos Cruz. Seu artigo foi publicado no canal MyNews. Ex-ministro de Bolsonaro e, depois, um de seus maiores críticos entre os militares, o general não é uma figura qualquer. Quando fala em “linha de frente”, ele sabe o que diz. Entre 2013 e 2016, ele comandou a força multinacional de imposição da paz, na República Democrática do Congo. Cruz disse que Bolsonaro teve “muito sucesso como cabo eleitoral do seu opositor, sem tirar o mérito próprio do atual presidente”. Para ele, de todas as instituições que o ex-presidente “prejudicou e desgastou, a que mais sofreu, e vem sofrendo, é o Exército brasileiro”.
Ação deliberada
O general afirmou que os acampamentos na frente dos quartéis foram estimulados após a derrota eleitoral “para pressionar o Exército a tomar decisão política descabida”. Como a instituição não embarcou no golpe, começou a campanha de difamação contra a Força e seus generais. Houve falta de “noção de disciplina, de respeito, e de limites do que é liberdade de opinião”.
Golpe
Escreveu ainda Santos Cruz e confirmou para o jornalista: “Alguns covardes e inconsequentes queriam que, depois de um processo eleitoral, dois turnos e um candidato eleito, o Exército impedisse o prosseguimento normal da vida nacional, tomando uma decisão política absurda. Essa tentativa de transferência de responsabilidade é a mais profunda traição já sofrida pelo Exército”.
Biombo
O general afirmou que nenhum dos “covardes e fanfarrões que atacavam e atacam atualmente o Exército teve coragem de ir até junto daquelas pessoas acampadas na frente dos quartéis”. “Os covardes nunca estão na linha de frente. Eles estão sempre escondidos nos seus gabinetes, nas suas imunidades, na internet, nos grupos de redes sociais, no anonimato etc. Eles empurram a massa de manobra para fazer besteiras. Os manipulados e os inocentes úteis que se acertem com a Justiça!”.
Responsabilidades
Para Santos Cruz, a responsabilidade por orientar de forma “clara e honesta” quem estava na frente dos quartéis era do presidente e do ministro da Defesa, as autoridades políticas. “O Ministério da Defesa não se manifestou e não defendeu o Exército. O comandante se manteve em atitude disciplinada (...). O Exército engoliu essa barbaridade em nome da disciplina e da institucionalidade”. Santos Cruz terminou seu texto afirmando que “atacar o Exército não é o caminho para a solução dos muitos e graves problemas nacionais”. “Isso é simplesmente oportunismo e covardia!”.
Fatos
Compreende-se a posição do general. Mas, em 11 de novembro de 2022, os comandantes então das três Forças publicaram uma nota conjunta na qual chamavam as manifestações bolsonaristas de “pacíficas” e condenavam “restrições a direitos por parte de agentes públicos” e “excessos cometidos” em atos pelo País – que pudessem “restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública”. Fato é que a atribuição de responsabilidades – civis, administrativas e criminais – cabe à Justiça. Essa espada está acima da cabeça de muitos dos que se envolveram em ilegalidades durante o governo Bolsonaro. E pode levar, dependendo das condenações proferidas, à expulsão do Exército dos oficiais responsáveis.