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Retrato

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O Instituto Delta Agência de Pesquisa divulgou na data de hoje, sexta-feira, 20, a terceira pesquisa sequencial contratada exclusivamente pelo site ac24horas traçando o cenário da disputa eleitoral em Rio Branco em 2024.

Números

Na simulação estimulada, aquela aonde o entrevistador apresenta o nome dos candidatos em disputa, o candidato Marcus Alexandre (MDB) tem 39.38% contra 38.88% do atual prefeito Tião Bocalom (PL), candidato a reeleição. Emerson Jarude (Novo) 5,71% e Jenilson Leite (PSB) 3,35%. Brancos ou nulos registraram 3,48% e não sabem e não responderam 9,19%.

Na ponta da língua

No cenário espontâneo, aquela situação aonde o pesquisador pergunta em qual o eleitor irá votar, Bocalom está na frente com 34.41% contra 30.68% de Marcus Alexandre. Jarude registrou 3.60% e Jenilson 1.37%. Brancos e nulos 3,60% e 26.34% afirmaram não saber ou não responderam.

Proporção

Considerando apenas os votos válidos do universo pesquisado, Marcus aparece com 44.99%, Bocalom com 44.42%, Jarude 6.52% e Jenilson 4,05%.

Resistência

Inquiridos sobre em quem não votariam, os pesquisados que se dispuseram a responder, apontam Bocalom com 30.06% e Marcus 23.23%. Jarude e Jenilson registraram 19.50% e 11.80%, respectivamente. 15.41% afirmaram não saber ou não responderam respectivamente.

Dados técnicos

A pesquisa ouviu 805 eleitores entre os dias 16 e 18 de setembro e a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para manos. O nível de confiabilidade é de 95% e o levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral do Acre com o número AC-04616/2024.

Lupa

Uma análise mais acurada das últimas pesquisas divulgadas por diferentes institutos Brasil afora, nesse caso incluindo Bocalom aqui da capital, remete a constatação que os prefeitos que disputam a reeleição exibem a força do cargo e dos meios tradicionais da política.

Resultado indefinido

Quando se faz um sobrevoo nas capitais do país, mesmo mandatários que enfrentaram problemas graves e não se saíram tão bem, como Sebastião Melo (MDB), da devastada Porto Alegre, se mostram competitivos a menos de 20 dias do primeiro turno. Fato é que o resultado do pleito rio-branquense está em aberto.

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Caos

Um triste recorde está colocando em destaque Rio Branco, a capital do Acre: um monitor internacional aponta a cidade como a mais poluída do mundo. Nas primeiras horas desta sexta, a presença de material tóxico na atmosfera esteve até 30 vezes acima dos padrões recomendados pelas autoridades de saúde. Desde o começo do mês, a qualidade do ar é definida como péssima ou muito ruim.

Dia de cão

O dia começou com uma presença de material particulado PM 2.5 de 441 ug/m3 (micrograma por metro cúbico). Ou seja, uma exposição à poluição 30 vezes acima do normal. Essa foi a medição registrada às 7h:15 a partir do sensor instalado na sede do Ministério Público do Acre, na região central da capital. Desde 2019, em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac), o MP mantém programa de medição da qualidade do ar. Sensores foram instalados em cada uma das promotorias nos 22 municípios.

Recorde

Para quem acompanha o drama do rio-branquense, tudo caminha para hoje ser o dia mais tenso na concentração de material tóxico inalado pelas pessoas. Às 6h:20 da manhã, a presença de PM 2.5 era de 389 ug/m3. A exposição máxima estabelecida pela OMS é de 15 a 20 ug/m3. Ao estar acima de 300 ug/m3, os sistemas de medição de qualidade do ar definem como condição de situação de emergência para a saúde humana, na qual todos os grupos de idade estão sujeitos a ser afetados.

Calvário

Fato é que os moradores da capital acreana voltam a conviver com dias terríveis de deterioração da qualidade do ar que respiram. A cada nova manhã, a situação só se agrava, e está praticamente impossível respirar um ar puro em Rio Branco – independente da hora do dia. De manhã até a noite, a concentração de material tóxico está sempre muito acima dos padrões recomendados pelas autoridades mundiais de saúde.

Rotina

Há dias os rio-branquenses não têm o privilégio de ver o azul do céu nem o sol em sua cor natural por conta da elevada presença de fumaça na atmosfera. Além da poluição, o Acre ainda convive com elevadas temperaturas que ocasionam ainda mais desconforto.

Fatores

Todo este caos ambiental pode ser explicado pela elevação quantidade de queimadas e incêndios florestais na região de Rio Branco e municípios vizinhos, como mostrou boletim divulgado essa semana pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (Labgama), da Ufac. Ao todo, foram identificados 94 pontos de possíveis ocorrências de fogo dentro da mata fechada em Rio Branco e municípios do Baixo Acre. A área afetada pode chegar a 2.700 hectares.

Ação deliberada

Há a suspeita debatida na imprensa acreana de que parte destes incêndios está sendo realizada de forma criminosa e orquestrada. De acordo com a cientista Sonaira Silva, coordenadora do Labgama, o boletim emitido de forma emergencial foi a forma de alertar as autoridades para que providências sejam tomadas, além de apontar aos bombeiros e brigadistas os pontos mais críticos. “O boletim é uma forma de alerta para as pessoas entenderem que nós já estamos na crise, mas a crise está se agravando cada vez mais”, comenta Sonaira.

Cenário de guerra

Enquanto o fogo devastou a vegetação e a nossa floresta – destruindo a fauna e a flora – na cidade o cenário também é de pânico com pessoas ficando doente com tamanha poluição. As máscaras que nos protegeram durante a pandemia da Covid-19 voltaram a ser usadas e recomendadas pela Secretaria de Saúde como forma de amenizar os efeitos da poluição extrema.

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Averiguação

A Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou auditoria nas emendas Pix, uma determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). A pasta enviou ofício aos 200 entes federativos (Estados e municípios) que mais receberam emendas parlamentares por meio desse mecanismo sem transparência entre 2020 e 2024.

Formalidades

Até o dia 27 de setembro, governadores e prefeitos oficiados terão de preencher um formulário para detalhar como a verba foi aplicada. Além do Distrito Federal, 21 Estados e capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre terão de prestar esclarecimentos. Após a análise dos dados recebidos, a CGU vai determinar auditorias in loco em algumas unidades.

Cerco

Na prática, esse primeiro passo na auditoria da CGU amplia o cerco às emendas Pix, que por determinação do STF só poderão continuar sob critérios de transparência e rastreabilidade. Ainda não está claro, porém, qual ajuste será feito no Orçamento público para garantir esses requisitos.