..::data e hora::.. 00:00:00

Jamaxi

Resistência 

Suscitando críticas a idéia anunciada pelo governo em decretar o rodízio de veículos para tentar frear a circulação de pessoas no centro da capital. A medida viria como alternativa ao ‘lockdown’, termo que em português significa o bloqueio ou confinamento. O procedimento extremo impediria que pessoas ou cargas circulem em determinada área. 

Meio termo 

No dizer do governador Gladson Cameli a medida extrema do ‘lockdown’ é contraproducente, vez que  “para isso, teria de ter Polícia e Exército em sincronia nas ações”. Cameli explica que a medida do rodízio traria a seguinte lógica, tomando-se como base o número das placas dos veículos: em dias pares, rodariam os veículos pares. Em dias ímpares, rodariam veículos ímpares.

Grito de alerta

Marcado para hoje, 11/05, às 13h30, um manifesto dos trabalhadores da UPA do 2º Distrito para demonstrar a insatisfação com a falta de profissionais para atender as demandas da unidade. A UPA do 2º Distrito foi eleita pelo governo como referência no atendimento nos casos de pessoas suspeitas ou acometidas pelo novo coronavírus.

Realidade 

Mesmo sendo referência, neste período crítico da incidência do Covid-19, os profissionais denunciam que a unidade sofre com a falta de profissionais e de equipamentos de proteção individual. No sábado, havia 30 pacientes para apenas três técnicos de enfermagens. A carência de profissionais na unidade não é maior por conta de uma parceria encetada com o Departamento de Medicina da Universidade Federal do Acre. 


poronga 02

Ação coordenada

As manifestações em Brasília realizadas na Praça dos Três Poderes, carreatas e acampamentos na Esplanada dos Ministérios promovem ataques ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) contam com a organização de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Digitais 

Com comportamento agressivo, esses manifestantes atacam jornalistas e profissionais de saúde.  Aparecem com frequência portando bandeiras dos Estados Unidos e de Israel e têm contado, inclusive, com a presença física de Jair Bolsonaro. Essas manifestações têm contado também com a participação de parlamentares, membros do governo e ativistas de organizações que divulgam os movimentos por meio das redes sociais.

Apoio escancarado 

Uma das organizações que divulgam essas manifestações antidemocráticas e anticonstitucionais é a Organização Nacional dos Movimentos (ONM), criada em meados do ano passado, informam os jornalistas Bernardo Mello e Guilherme Caetano no jornal Globo de hoje, 11/05. Um dos responsáveis pela convocação do chamado “Acampamento Patriota” foi Renan da Silva Sena.

Dinheiro público 

Sena atuava como funcionário terceirizado do Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos até a última segunda-feira, quando foi exonerado. “No fim de abril, ele gravou vídeos de divulgação do acampamento ao lado da empresária Marluce Carvalho, de Palmas (TO). Sena e Marluce foram citados em boletins de ocorrência como agressores de um grupo de enfermeiros que se manifestavam, no Dia do Trabalho, perto do local de concentração dos militantes bolsonarista”, diz a reportagem o jornal.

Conexão

Também é notória a presença do grupo chamado “300 pelo Brasil”, criado em abril pela ativista Sara Winter, que prega a violência. Ela chegou a ser coordenadora de Atenção Integral à Gestante na pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, de Damares Alves.

Agentes

A reportagem de O Globo também cita políticos e militantes envolvidos nos atos antidemocráticos, destacando a presença do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, deputado Cabo Junio Amaral (PSL-MG), deputada Bia Kicis (PSL-DF), a deputada federal Caroline de Toni (PSL-SC), entre outros. Há também entre os organizadores das manifestações de extrema-direita militares reformados.

Perigo real 

Reportagem do portal UOL, veiculada no dia de hoje (11/05, dá conta que a proliferação do novo coronavírus em grande escala em cidades da região Amazônica jogou por terra a hipótese inicialmente levantada de que a covid-19 poderia perder força ao chegar a regiões mais quentes do planeta. 

Ranking

Amazonas e Amapá, estados que registram altas temperaturas, lideram os rankings proporcionais de mortes e casos no país, segundo dados do Ministério da Saúde. Com cerca de 300 mil habitantes, a região de Rio Negro e Solimões, no Amazonas, é a que apresenta o maior coeficiente de mortalidade no país, com índice de 251,7 por 1 milhão de habitantes.  O levantamento foi feito com base em dados divulgados no sábado (9) pelo ministério da Saúde. 

Sem jeito 

Generais que cercam de perto o presidente Jair Bolsonaro admitem o fracasso em tentar limitar seus passos, segundo a edição desta semana do TAG REPORT, relatório das jornalistas Helena Chagas e Lydia Medeiros. Bolsonaro é incontrolável. Já era assim nos tempos de soldado e cabo. Ao ser afastado do Exército por conduta antiética, ganhou a patente de capitão.

Maluvido 

Queixam-se de conversar com ele, aconselhá-lo a se expor menos, analisarem os riscos do seu comportamento, quase sempre no fim Bonsonaro concorda com o que ouve. Para de repente, sem avisá-los, aprontar mais uma. Muitas vezes só ficam sabendo na última hora que ele sairá para mais um passeio, ou para participar de mais uma manifestação.

Liberou geral 

Andam preocupados também com a entrega de cargos do governo para o Centrão, o grupo de partidos políticos mais fisiológicos. Já advogaram junto a Bolsonaro que é preciso designar militares para tomarem conta de cada nome nomeado pelo Centrão. Mas Bolsonaro é contra. Alega que se é para obter apoio político, o Centrão deve sentir-se à vontade.

Freio 

A propósito das inconsequências de Jair Bolsonaro, ele só cancelou a festinha na churrasqueira do Palácio da Alvorada quando descobriu que, no mesmo horário, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia iriam decretar, no Congresso, luto de três dias pelos 10.627 brasileiros mortos pela pandemia de coronavírus.

Festa macabra 

A marca foi alcançada no sábado (09/05), com mais 730 mortes, justamente quando o presidente colocaria a picanha e o pão de alho na grelha. Alcolumbre e Maia iriam pessoalmente, por volta de 14h, acompanhar o hasteamento, em meio-mastro, da Bandeira Nacional na frente ao Palácio do Congresso.

E daí?

Desistiram porque a minguada manifestação bolsonarista que debochava das mortes na pandemia e afrontava o isolamento social já havia chegado nos arredores do Parlamento. Alvos prioritários dos bolsonaristas, os chefes da Câmara e do Senado não julgaram adequado estimular o confronto. Bolsonaro pensa exclusivamente na sua reeleição. Ignora o número de mortos, porque “essa gente”, como ele costuma dizer, “morreria mesmo”. E daí?