Em pronunciamento nesta quarta-feira, 21, o deputado Sargento Cadmiel Bomfim (PSDB), fez duras críticas a um projeto de lei que cria o código de ética da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Anomalias
O projeto proíbe que os policiais emitam opiniões sobre o governo e sobre a corporação e os impede até mesmo de serem sócios ou proprietários de empresas. E ainda os obriga a apresentar suas declarações de renda, inclusive de seus cônjuges, numa clara retirada de seu direito ao sigilo fiscal.
Aberração
Para Cadmiel, este projeto de lei pode ser chamado de Lei da Mordaça, pois pretende impedir os policiais e bombeiros militares de manifestarem suas opiniões e se tornarem em lideranças políticas, como é o seu caso. “Eu estou deputado, mas sou um policial militar, o que não aconteceria se esta lei estivesse em vigor”, comentou.
Intervenção
Cadmiel afirmou que vai trabalhar junto aos colegas parlamentares que atuam nas comissões por onde o projeto de lei terá que passar para que o documento seja minuciosamente corrigido de forma a não cometer injustiças.
Arrocho
“O pau sempre quebra do lado mais fraco. Nós já nos submetemos ao regulamento disciplinar do Exército, criado em 1984 e esta lei pretende ser ainda mais dura”, comentou ele.
Posição
O deputado defende que os PMs e bombeiros militares continuem respeitando a ética, a moral, a disciplina e a hierarquia, mas jamais aceitará que sejam impedidos de exercer seu direito de livre expressão. “Isso deverá ser muito debatido nas comissões e ajustado para evitar violações ao nosso sagrado direito de se expressar”, sentencia.
Calamidade
O deputado Daniel Zen (PT) na terça feira retomou a questão do Depasa, que só naquele dia, em Rio Branco, deixou 16 bairros sem água. “Tenho tido a oportunidade de andar por muitos bairros e a fala é uma só: o principal problema é a falta de água”, disse.
Enrolação
A cada semana, diz Zen, uma desculpa diferente de parte do governo do Estado. “Nesta semana veio a notícia de que os três ex-diretores foram denunciados pela polícia”, lembrou o deputado do PT.
Toma que o filho é teu!
O desabastecimento é hoje o principal problema dos bairros de Rio Branco. “E qual é a proposta? Vender o Depasa”, criticou. “E o que vai acontecer? Vai aumentar a conta de água”. Zen pediu a devolução do sistema ao município de Rio Branco, alegando que essa responsabilidade é de fato das prefeituras.
Caroço no angu
Ele também falou sobre os interesses no sucateamento do Depasa, os quais envolvem, segundo ele, a indústria dos caminhões-pipa. Zen (PT) revela que caminhões pipa enchem os tanques na ETA e vendem esta água por R$ 60 cada carregamento de mil litros e essa situação precisa ser apurada. Requer, para tanto, atuação do Ministério Público, Defensoria, Procon e polícia. Se for confirmado, os ladrões precisam ser punidos.
Denúncia séria
Fazendo raciocínio lógico, Zen atesta que a água roubada e vendida é aquela que não chega na casa do consumidor. Segundo ele, não é qualquer Zé Mané que dá suporte a prática. É uma máfia que atende a interesses maiores. Fato é que a ligação que o deputado faz entre o sucateamento do Depasa, caminhões-pipa ladrões e empresas de Manaus “que querem se apropriar de todo o patrimônio do Depasa”, é muito grave para ser deixada debaixo do tapete.
Descaso
Ao constatar a situação do prédio conhecido como “Casa dos Povos da Floresta”, em Rio Branco, capital do Acre, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu questionar os motivos do abandono à Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), órgão do Governo do Acre que é o responsável pela manutenção do local.
Abandono
Segundo o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, que verificou o abandono do local pessoalmente, não há sequer no site da FEM qualquer menção à “Casa dos Povos da Floresta” como espaço cultural na cidade, o que demonstra ainda mais claramente o descaso com o bem público que tinha por missão a preservação e divulgação dos costumes, crenças e tradições dos povos da floresta (indígenas, ribeirinhos e seringueiros).
Irresponsabilidade
Além do abandono estatal, o prédio também tem sido ocupado e consequentemente depreciado por pessoas em situação de rua. Lucas Dias cobrou respostas da FEM sobre as razões para o abandono do local, bem como se há plano para revitalização ou manutenção do espaço e retorno das atividades e ainda a justificativa para não inclusão do museu no sítio eletrônico da Fundação.
Canetada
O presidente air Bolsonaro cancelou o acordo firmado pelo Ministério da Saúde para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
O poder de quem manda
O acordo previa a edição de medida provisória para disponibilizar crédito de R$ 1,9 bilhão para a compra das vacinas. “Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid 19”, afirmou Bolsonaro a ministros, de acordo com reportagem do site Poder360. Com a decisão, o governo desautoriza o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que assinou o protocolo para a aquisição das doses nesta terça-feira (20).