O deputado federal Leo de Brito (PT-AC) deu entrada no Ministério Público Federal (MPF) com representação pedindo a instauração de inquérito civil para apurar improbidade administrativa, responsabilidade por omissão e dano coletivo à saúde por parte da Secretaria de Estado de Saúde em razão da demora na instalação de aparelho de tomografia computadorizada no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul.
Recursos
O equipamento, entregue em fevereiro desse ano, foi adquirido com recursos de emenda parlamentar destinados pela deputada federal Jéssica Sales (MDB), ao custo de R$ 10 milhões.
Descaso e incompetência
“Um verdadeiro descaso e incompetência administrativa do governo Gladson Cameli, recebi diversas denúncias de que o tomógrafo está no corredor do Hospital do Juruá há seis meses e os pacientes estão tendo que pagar o exame em uma clínica particular que faz esse serviço no município ao custo de até R$ 930,00, um absurdo isso!”, denunciou. No documento, o parlamentar pede que seja investigada a demora na instalação do tomógrafo e que os gestares públicos sejam responsabilizados.
Pano de fundo
“Nossa intenção é que o MPF apure esse descaso, mas sobretudo que a população do Juruá seja atendida com esse serviço público que é de responsabilidade do Estado, além disso, é um direito e precisa ser cumprido, pessoas estão morrendo por falta de diagnóstico, isso é inadmissível”, disse Leo de Brito.
Na cabecinha
O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada que toda a população compre fuzis e afirmou que aqueles que não têm intenção de adquirir o armamento não devem “encher o saco” daqueles que quiserem comprar.
Saltando de banda
Na conversa com apoiadores antes de embarcar para Goiás, onde deve participar de um passeio de moto nesta sexta, o presidente também disse que a alta da inflação não depende dele e chegou a dizer que sua vida está em risco enquanto ocupar a Presidência.
Estrabismo
“Tem todo mundo que comprar fuzil, pô! Povo armado jamais será escravizado”, disse Bolsonaro aos apoiadores. “Tem o idiota ‘ah, tem que comprar feijão’. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar”, acrescentou.
Terceirização
O presidente voltou a responsabilizar os governadores de Estado pelos preços do gás e da gasolina, que classificou de “abusivos”. “Temos problemas? Temos. Eu não quero inflação alta, mas tem coisa que não depende da gente”, disse o presidente.
Incorrigível
O ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes já ofendeu as empregadas domésticas, os filhos de porteiros e os pobres em geral. Agora resolveu debochar de quem sofre para pagar a conta de luz. ‘Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?’, questionou, na quarta-feira, sobre o premente racionamento de energia elétria que o país vive a iminência de experimentar.
Bate pronto
A propósito das declarações do ministro da Economia, o jornalista Bernardo Mello Franco, do jornal O Globo, foi pragmático ao responder a cínica colocação do mandarim da economia: “Guedes conhece a resposta para a pergunta que fez. O aumento da bandeira vermelha não pesa apenas nas tarifas residenciais. Também eleva os custos de produção, o que deve resultar em mais inflação no varejo”.
Cinismo
O jornalista diz que as declarações de Guedes são provocações. “Afirmou que a luz vai subir e ‘não adianta ficar sentado chorando’. Ele ainda sugeriu que os governadores querem ‘faturar em cima da crise’ com a arrecadação de ICMS sobre o consumo de energia”.
Quem pode, pode!
Enquanto o presidente aconselha a aquisição de armas em detrimento do feijão, seu filho Jair Renan Bolsonaro e sua mãe, Ana Cristina Siqueira Valle, estão morando em uma casa avaliada em R$ 3,2 milhões no Lago Sul, uma das áreas mais nobres de Brasília. A revelação veio à luma após reportagem do portal Uol. A matéria revela que eles alugam o local desde junho deste ano.
Mistério
O imóvel foi comprado por R$ 2,9 milhões em 31 de maio, alguns dias antes da mudança da família de Bolsonaro. O proprietário é Geraldo Antônio Machado, corretor que mora em uma casa modesta em Vicente Pires, a cerca de 30 km da propriedade. “Eu ia mudar para lá [casa do Lago Sul], mas infelizmente a pessoa declinou do meu negócio aqui [casa onde vive]. Eu tive que, infelizmente, alugar. É um sonho morar no Lago [Sul], né?”, afirmou à reportagem do Uol. Ele ainda disse que possui outros bens na cidade, mas todos sem escritura. A expectativa de Geraldo é ir morar no local daqui um ano.
Fechado em copas
O apartamento onde Jair Renan e Ana Cristina, ex-esposa do presidente, moravam anteriormente tinha 70 metros quadrados e está no nome do presidente Jair Bolsonaro. Já o novo imóvel possui um terreno de 1.200 metros e 800 metros quadrados de área construída, em dois andares. Outras duas casas na mesma quadra e com tamanho similar à da família estão sendo alugadas por cerca de R$ 15 mil, mas nem Ana Cristina nem Machado quiseram revelar o valor do aluguel.
Belezura
“Quatro suítes, com fino acabamento e todas com closet. Escada em mármore. Suíte master ampla, com cerca de 100 m², abre para grande terraço com potencial para jardim, espaço fitness, solarium e outros. Closet amplo na suíte master, com excelentes armários planejados. Banheiro da suíte master com acabamento também elegante e de tamanho avantajado, proporcionando conforto e espaço luxuoso. Duas suítes amplas localizadas na parte anterior da casa com amplas varandas que possibilitam vista parcial do Lago”, descrevia o anúncio do imóvel. Além disso, o local possui uma piscina aquecida com 50 metros quadrados, pé direito duplo na sala de jantar, gás encanado e um lavabo “elegante, com acabamentos em mármore e granito”.
Patrimônio
Dos 14 imóveis que comprou com Jair Bolsonaro, Ana Cristina ficou com nove após o divórcio. No acordo, ela também abriu mão da guarda de Jair Renan, que cresceu na casa do presidente e de Michelle, atual primeira-dama. Desses imóveis, Ana Cristina vendeu um apartamento e cinco terrenos, obtendo mais de R$ 2 milhões. Ela se mudou para a Noruega, onde casou novamente. Quando retornou ao Brasil, comprou um terreno de 420 metros quadrados, pagando R$ 135 mil em dinheiro vivo. No local, em Morada da Colina, em Resende (RJ), ela construiu uma casa de dois pisos, quatro quartos e piscina. Hoje, a casa é avaliada em mais de R$ 1 milhão. Além dessa propriedade, Ana Cristina ainda tem em seu nome a casa dos pais, avaliada em R$ 260 mil, duas salas comerciais no centro do Rio, em um total de R$ 1 milhão, e um apartamento na Barra da Tijuca, também avaliado em R$ 1,2 milhão.