A mudança política nos quadros da Assembleia Legislativa do Acre nas eleições de outubro próximo é tida como certa por quem milita no mundo político. Dentre os possíveis novos atores destaque para o advogado Eduardo Ribeiro, filho da Dra. Dilza Ribeiro, médica pediatra bastante conceituada no estado, e do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ex-deputado estadual Valmir Ribeiro, descendente de ilustre família do Vale do Acre, com raízes em Brasiléia.
Disputa
Eduardo tem apenas 37 anos e lançou-se como pré-candidato a deputado estadual pelo Partido Social Democrático, o PSD, que tem no senador Sérgio Petecão o candidato ao Palácio Rio Branco.
Curriculum
Apesar da pouca idade, formou-se em Direito em 2008, é especialista em Direito Constitucional pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2009), com experiência na área de Direito Público; é mestre em Direito pela Universidade de Marília e agora está fazendo um doutorado também na área do Direito. Já compôs o quadro administrativo do Sebrae/AC, exerceu a superintendente do Incra no estado e foi Secretário da Secretaria Municipal de Gestão Administrativa e Tecnologia da Informação de Rio Branco na gestão de Socorro Neri – 2019/2020.
Contatos
No final da semana passada o pré-candidato ao Governo do Acre pelo PSB, deputado Jenilson Leite, esteve em Brasília, onde participou do XV Congresso Nacional do seu partido. Na sexta-feira (29), Jenilson se encontrou com o prefeito do Recife (PE), João Campos. Um dos projetos dialogados entre Jenilson e João, foi a implementação do EducaRecife, um programa de ensino aliado à tecnologia. O projeto integra momentos presenciais e remotos dos alunos, utilizando tecnologias digitais, algo amplamente defendido por Jenilson e que, segundo o pré-candidato, será inserido em seu plano de Governo rumo ao Palácio Rio Banco.
Afinidades
“Eu sou um entusiasta de inserir novas tecnologias em todas as áreas, e na educação não é diferente! Um dos eixos do EducaRecife é o acesso gratuito à internet para todos os estudantes e professores da rede estadual de ensino, por meio da nova plataforma do programa. É um ponto de extrema importância para que nosso ensino avance. Vivemos uma era tecnológica e não há motivo para nossa Educação permanecer no analógico, a pandemia nos mostrou isso. E a internet é um acesso importante para pesquisas e qualificações e sabemos que não são todas as famílias que podem pagar um plano de internet, e com o programa vamos dar esse acesso aos nosso professores e alunos sem precisar de um pacote de dados ou pagar por isso”, crava Jenilson.
Pé na porta
A guerra travada nas hostes do ninho tucano do acre parece que ainda vai render muitos capítulos. A executiva regional da sigla, na pessoa do presidente Manoel Pedro, o Correinha, nega ao deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB) legenda para o parlamentar concorrer à reeleição.
Xispa!
Em entrevista à imprensa na semana passada, Correinha deu um duro recado ao deputado estadual: o partido não conta mais com Gonzaga nos planos eleitorais deste ano. Correinha afirma, ainda, que o parlamentar nunca contribuiu com o partido e que foi avisado bem antes que procurasse outra sigla, se tivesse interesse de disputar uma cadeira na Aleac.
Ausência
“Nós temos um parlamentar que tem uma história no partido, mas não tem uma vida orgânica; nunca contribuiu financeiramente com a sigla, nunca indicou um cargo para fortalecer a gente. Eu chamei o deputado Luiz Gonzaga e disse: com você e o Cdamiel, ninguém quer vir para o partido e você terá que sair. Até porque ele já estava construindo uma candidatura de federal no Vale do Juruá pelo PP e entrou água. Eu anunciei tudo a ele. Eu comuniquei a nacional, mostrei tudo que ele vinha fazendo e construindo. Eu estou respaldado pela nacional. Ele, se tivesse mudado de comportamento, poderia ficar aqui e disputar uma vaga na chapa de federal. Mas não foi o que ocorreu”, disse Correinha.
Volta à casinha
Cresce dentro do PT e também no PSB a expectativa de que Geraldo Alckmin “retorne ao centro”, em referência aos acenos à esquerda feitos pelo ex-governador paulista e atual vice na chapa de Lula. O mais recente ocorreu na última quinta, quando Alckmin ouviu a Internacional Socialista no congresso do PSB, seu novo partido. A avaliação de aliados é a de que o ex-governador precisa ser o elo de Lula com três relevantes segmentos: agronegócio, evangélicos e mercado financeiro. E que para desempenhar bem esse papel “Alckmin tem que ser Alckmin”. O ajuste de imagem do ex-governador já está em ação e deve ficar evidente no lançamento da pré-candidatura da dupla, em 7 de maio.
Aritmética
A relevância do papel de Alckmin entre eleitores de centro reside na perspectiva, entre lulistas, de que Jair Bolsonaro deve abocanhar entre 5 e 10 pontos da vantagem que Lula tem sobre ele hoje no Nordeste, graças ao Auxílio Brasil. Alckmin teria então que ajudar a ganhar “eleitores no campo bolsonarista” para compensar.
Fumaça...
Outros que estão preocupados com o eleitor de centro são os bolsonaristas. O deputado Sanderson (PL-RS), que participou da manifestação pró-governo em Brasília, diz que o presidente foi aconselhado e deseja “virar a página” da crise com o STF para governar.
…e fogo
“Não se ganha a eleição apenas com o bolsonarista raiz. Este elege deputado, senador. Mas para eleger presidente precisa, não de 15 milhões de eleitores, mas de 55 milhões”, diz Sanderson. Para ele, a chave é melhorar a economia.
Microfone
A volta dos trabalhos das comissões na Câmara vai motivar uma explosão de pedidos de convocação de ministros. Com a proximidade da eleição, a oposição usa do expediente para desgastar o governo. Na mira estão Paulo Guedes e Paulo Sérgio de Oliveira, sobre a compra de Viagra pelo Exército.
Liberou geral
Os dirigentes partidários que ainda trabalham por uma terceira via temem que o MDB irá liberar os diretórios na eleição presidencial se a senadora Simone Tebet não se tornar a cabeça de chapa do grupo.
Dúvida
O MDB está dividido em relação a quem apoiar nesta eleição. Diretórios das regiões Norte e Nordeste endossam a candidatura de Lula, enquanto os quadros mais ao sul do país se alinham com Bolsonaro.
Alvissaras
A possível saída do União Brasil da 3ª via anima campanha de Bolsonaro. Ao participar de um evento sobre a terceira via na quinta-feira (28/4), o presidente do MDB, Baleia Rossi, citou a decisão do PSD de liberar os diretórios para negar essa possibilidade. “Talvez fosse o caminho mais fácil para todos nós, mas eu não serei cobrado pela história por fraquejar no momento em que eu acredito que precisamos nos esforçar ao máximo para dar uma alternativa ao país”, afirmou Baleia.
Cenário
O temor dos dirigentes da terceira via é de que a liberação dos diretórios poderá ser imposta na convenção do MDB caso o partido não apresente um elemento de união institucional. Em entrevistas, Tebet disse que não será a vice de nenhum candidato.