Nos bastidores da política acreana corre a informação que o filho caçula do ex-governador Tião Viana e da Arquiteta Marlúcia Cândida, o advogado Virgílio Viana, irá fazer o teste nas urnas nas eleições de 2026, seguindo e reforçando a tradição política da família. A prevalecer a informação, Virgílio pleitearia uma cadeira de Deputado Federal. Na família o posto já foi ocupado por duas vezes pelo patriarca da família, Wildy Viana. O jovem causídico disputaria a vaga abrigado na legenda do PV (Partido Verde). É aguardar!

Recolhimento
A presidente do PL Mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, anunciou no dia de ontem, 08, seu afastamento temporário das agendas políticas alegando questões de saúde. De acordo com o partido, “a sua imunidade foi atingida e essas alterações foram agravadas pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”. Michelle anunciou que não participará do Encontro Nacional do PL Mulher, no próximo dia 13, no Rio de Janeiro. Por isso, o evento será remanejado para abril de 2026.
Agenda
A ex-primeira-dama visitou o marido, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, na última quinta-feira, 04. Tratou-se do primeiro encontro entre os dois desde a briga pública dela com os filhos de Bolsonaro. Michelle saiu vitoriosa do embate e o PL suspendeu a aliança formada com Ciro Gomes (PSDB) nas eleições do Ceará, como ela exigiu.
Desdobramento
O filho mais velho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, foi obrigado a pedir desculpas públicas à madrasta, por ordem do pai, e ficou estabelecido que Michelle participará de futuras decisões para montagem de chapas que visam as eleições de 2026. No dia seguinte, Flávio foi alçado a pré-candidato à presidência com o apoio do pai e da madrasta.
Visitação
Por ocasião da visita, Michelle chegou à sede da Polícia Federal em Brasília com uma bíblia na mão e ao lado da filha do casal, Laura. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho 02 do ex-presidente, não visitou o pai na última semana, embora tivesse autorização. Ele havia pedido à Justiça autorização para trocar a visita para a data do seu aniversário, o que foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ex-primeira-dama deixou o local sem falar com a imprensa.
Ato falho
Caciques de partidos do Centrão que apostavam em perda de território dela em decisões partidárias, ficaram frustrados com o desfecho da crise. Por ter atacado a aliança cearense, desrespeitando uma ordem do marido, e ter se tornado alvo de uma ação coordenada dos enteados, membros de partidos do Centrão avaliavam que Michelle demonstrou imaturidade política e, com isto, perderia protagonismo.
Premissas
A queda de Michelle era tida como certa e respaldada em partidos como PP, União Brasil e Republicanos, que esperavam que o episódio a tirasse de vez das especulações para concorrer a vice-candidata ao Planalto em 2026, já que nomes dessas legendas, como o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira (PI), sonham em ocupar o posto. Membros desses partidos reclamam com frequência da falta de contato com Michelle e do melhor trânsito com os filhos de Bolsonaro. Pela decisão tomada pelo ex-presidente, seus herdeiros precisarão alinhar posicionamentos com a ex-primeira-dama antes de torná-los públicos.

Isolamento
Decidida de forma isolada dentro da superintendência da Polícia Federal em Brasília, a candidatura presidencial do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) enfrenta isolamento fora das acomodações em que o pai está preso.
Avaliação
O Centrão, que deu sustentação política ao governo de Jair Bolsonaro, resiste a apoiar a iniciativa do clã, avaliando que Flávio não seria capaz de unir a oposição contra a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de apresentar forte rejeição nas pesquisas de intenção de voto.
Precocidade
O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que comandou a Casa Civil no governo Bolsonaro, afirmou que os nomes competitivos para a direita são os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Cria do bolsonarismo, Tarcísio saiu pela tangente, dizendo apoiar o senador fluminense, o 01 de Bolsonaro, mas avaliando que “ainda é cedo” para a direita escolher seu candidato.
Metamorfose
Enquanto isso... O senador/candidato recuou do recuo. Nesta segunda-feira, 08, menos de 24 horas depois de dizer que poderia desistir da disputa “por um preço” (a anistia e revogação da inelegibilidade de seu pai), mudou de ideia. “É irreversível. Minha candidatura não está à venda”, disse.
Grife
Flávio também afirmou que seu sobrenome lhe dá vantagem em relação ao governador Tarcísio de Freitas. No meio político, o movimento reforçou a percepção de que Tarcísio segue sem autonomia e não controla o próprio destino, conta Mônica Bergamo, articulista da Folha de São Paulo. Para dirigentes de diferentes partidos, a movimentação expôs que ele continua submetido às decisões do ex-presidente, patriarca do clã.

Prego batido
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de lei da Dosimetria, afirmou que seu parecer não incluirá qualquer forma de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro ou a investigados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro. Segundo Paulinho, a pressão por uma anistia ampla voltou a crescer dentro da oposição após o lançamento da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República.
Lero-lero
“O pessoal do PL voltou a falar nessa história de anistia. Desde o início eu estou dizendo que não tem nenhuma possibilidade de ter anistia no meu relatório”, declarou o deputado em vídeo divulgado nas redes sociais.

Incômodo
Em meio ao mal-estar criado pela viagem de Dias Toffoli para ver o Palmeiras e Flamengo em Lima, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, quer criar um código de ética destinado a disciplinar a conduta de magistrados de tribunais superiores.
Amplitude
Fachin quer atuar em duas frentes: uma voltada exclusivamente ao STF, para normatizar a atuação dos ministros da Corte; e outra, no âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para estabelecer regras de conduta a integrantes dos demais tribunais superiores. Fachin já discutiu o projeto com colegas do Supremo e com presidentes de outras cortes.
Modelo
Segundo um interlocutor próximo, ele trabalha na ideia desde o primeiro dia de seu mandato e se inspira no código adotado pelo Tribunal Constitucional Federal da Alemanha, que restringe remunerações e presentes recebidos por juízes para evitar dúvidas sobre independência e imparcialidade.
Laços
Para magistrados próximos a Fachin, um código específico é necessário porque o atual Código de Ética da Magistratura não contempla ministros de cortes como STF, STJ, TST e STM. Na prática, esses juízes são frequentemente convidados a participar de eventos organizados por grandes atores econômicos, muitas vezes remunerados.
Trava
Fachin levou a proposta para alguns colegas da Corte e de outros tribunais superiores. A ideia é estabelecer limites para a participação de magistrados em eventos privados — prática que vem gerando críticas ao Judiciário. A iniciativa, porém, irritou alguns ministros, sobretudo os da ala mais garantista, que costumam organizar ou frequentar encontros externos.

Insensatez
Nesta segunda-feira, 08, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu revogar a prisão do presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil) - foto. A decisão ocorreu poucas horas após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) dar aval ao projeto, por 4 a 3. Bacellar havia sido preso no dia 3, na Operação Unha e Carne, sob suspeita de vazar informações sigilosas da Operação Zargun ao ex-deputado TH Joias, ligado ao Comando Vermelho e detido por tráfico, corrupção e lavagem de dinheiro.
Cautelares
Com a decisão, a Alerj deve publicar o projeto de resolução no Diário Oficial e comunicar o Supremo Tribunal Federal, responsável pela ordem de prisão. Embora o Legislativo tenha votado pela soltura, o ministro Alexandre de Moraes poderá impor medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica, entrega de passaporte, proibição de contato com investigados, recolhimento noturno ou até afastamento de funções públicas. Essas medidas são prerrogativas exclusivas do Judiciário e podem ser aplicadas independentemente da decisão da Alerj.

Pesos e medidas
Na contramão do critério adotado pela Alerj no caso envolvendo o presidente da Casa, deputado Rodrigo Bacellar, do União Brasil, o partido decidiu expulsar do partido o ministro do Turismo, Celso Sabino. A executiva nacional aprovou a medida por 24 votos, em votação secreta, sob o argumento de que o ministro cometeu infidelidade partidária ao permanecer no cargo contra determinação da cúpula da sigla. Sabino participou remotamente da reunião e, em rede social, afirmou ter “ficha limpa”, dizendo que foi expulso por optar por aquilo que considera “o melhor projeto para o Brasil”.
