O advogado Rodrigo Aiache segue no comando da Ordem dos Advogados do Brasil, no Acre. Ele ganhou as eleições desta sexta-feira,22/11, com a maioria dos votos válidos. Obteve 1.011 votos, contra 737 votos de Marina Belandi. Aiache terá um novo mandato de três anos.
Currículo
Natural de Campina Grande-PB, embora filho de acreanos, Rodrigo Aiache é graduado em Direito pela Universidade Federal do Acre, mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialista em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente é auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC).
É autor das obras “Princípios Constitucionais Tributários” e “Poder Econômico e Livre Concorrência”.
Trajetória
Advogado desde 2005, na OAB/AC Rodrigo Aiache já atuou na Comissão de Direitos Humanos, foi presidente da Escola Superior de Advocacia (ESA), vice-presidente e presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Acre (CAA/AC).
Neutralidade
Rodrigo Aiache fez sua campanha sem posicionamentos ideológicos, ao contrário de sua opositora, que pregava “tirar a esquerda da OAB”. A postura da antagonista de Aiache Foi uma estratégia que se mostrou equivocada, pois a entidade dos advogados não é partido político e se provou que a maioria de seus associados não pensa dessa maneira, tampouco está susceptível a ingerência de pressões emanados do poder executivo estadual ou municipal. Resta a lição: que se faça política onde cabe, sem instrumentalizar a sociedade ou entidades de classe.
Indefinição
O falecimento do presidente regional do MDB, ex-governador Flaviano Melo, irá suscitar um debate interno na sigla conquanto a sua sucessão. É que o primeiro na linha de sucessória vem a ser o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul Vagner Sales, vice-presidente regional, que pelo entendimento de alguns está com os direitos políticos suspensos, levado por irregularidades detectadas durante sua passagem no comando da prefeitura da capital do Juruá.
Contraponto
Contrários ao entendimento que enxergam inviabilidade da ascendência ao cargo, elencam que o atual presidente nacional do PL (Partido Liberal), Valdemar da Costa Neto, também tem condenação transitada em julgado e nem por isso está impedido de exercer o comando dos liberais. De igual forma, citam o caso do ex-deputado carioca Roberto Jeferson (PTB) que, mesmo após a condenação no “escândalo do mensalão’, continuou na presidência dos trabalhistas.
Imbróglio
Prevalecendo o entendimento que Vagner Sales não pode ocupar a presidência do MDB, como justificar, então, o atual exercício do cargo de vice-presidente da sigla sem que os contestadores de sua ascendência à presidência houvessem enxergado irregularidade no exercício do cargo, dado a alegada suspensão dos direitos políticos? E as decisões chanceladas por ele na condição de vice-presidente até então, seriam nulas? É algo intrincado!
Toca o barco
Inobstante os questionamentos jurídicos, a executiva do MDB deve se reunir na próxima terça-feira, 26, para sacramentar apoio à permanência do vice-presidente Vagner Sales na presidência do partido. Após consultas jurídicas, os cabeças brancas do MDB guardam o entendimento que o fato de Vagner estar inelegível não o impede de ocupar a presidência.
Agenda
O deputado Afonso Fernandes (SD), presidente regional do Solidariedade, participou na semana finda, em São Paulo, berço político do partido, de uma importante agenda para o fortalecimento da sigla em âmbito nacional. Afonso Fernandes (AC), além de presidente do Solidariedade no Acre e primeiro secretário do Parlamento Amazônico.
Prestando contas
Durante os encontros o deputado apresentou à Executiva Nacional do Solidariedade os resultados expressivos obtidos pelo partido no Acre nas eleições passadas, destacando o crescimento da agremiação. “Esses números refletem o trabalho árduo e a confiança que conquistamos junto à população. Nosso objetivo é fortalecer ainda mais o partido para alcançar resultados ainda mais positivos em 2026”, destacou Afonso Fernandes.
Frente ampla
Além disso, foi discutida a formação de uma Federação entre o Solidariedade e outras quatro siglas, consolidando a sexta maior força política do país. “Estamos empenhados em construir uma frente sólida, que represente os anseios do povo brasileiro e tenha uma atuação decisiva nos rumos políticos do Brasil”, afirmou o deputado.
Entourage
A agenda contou com a presença do presidente nacional do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força, do secretário-geral Luizão, dos assessores Paulo Pequeno e Sandoval, e do dirigente partidário Jonatha Onofre. Juntos, os líderes reafirmaram o compromisso de fortalecer o partido nos âmbitos estadual e nacional. Afonso Fernandes segue engajado em levar o Acre para o centro das discussões políticas nacionais, defendendo o desenvolvimento da região e o protagonismo do estado no cenário político.
Reforço
O governador Gladson Cameli (PP) anunciou na tarde dea quinta-feira, 21, que em janeiro de 2025 serão empossados mais 11 defensores públicos. O objetivo é ampliar a atuação da Defensoria Pública em todo o estado, promovendo mais justiça e cidadania para aqueles que mais precisam. “O Acre é um estado em constante crescimento. Investimentos como este mostram o nosso compromisso com a qualidade de vida e a garantia de direitos dos cidadãos”, dissertou Cameli.
Confirmação
O tenente-coronel Mauro Cid, em oitiva ao Supremo Tribunal Federal (STF), indicou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha ciência sobre o plano de golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens prestou depoimento ao ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21/11, para esclarecer contradições entre a delação e as investigações.
Trama
Na audiência, Mauro Cid teria sido questionado em relação às informações apuradas pela Polícia Federal (PF) e que motivaram operação da última terça-feira, 19/11. De acordo com relatório da corporação, nomes do governo Bolsonaro teriam atuado em plano para matar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.
Fala que eu te escuto
Mauro Cid prestou depoimento por mais de três horas ao ministro Alexandre de Moraes no STF. Ao deixar o prédio do STF, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, afirmou que Cid “deu a satisfação e complementação, repetindo as mesmas coisas que ele tinha dito”. A advogada Vania Adorno Bitencourt, filha de Cezar, confirmou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da trama golpista.
Esclarecimentos
Segundo o STF, o ministro Alexandre de Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Cid. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal.
Assiduidade
Trata-se da segunda vez que Mauro Cid presta depoimentos nesta semana. Na terça-feira 19/11, o tenente-coronel esteve na sede da Polícia Federal, em Brasília, e depôs após os investigadores recuperarem arquivos que tinham sido deletados dos aparelhos eletrônicos do militar.
Indiciamento
Também na quinta-feira,21/11, a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de impor um golpe de Estado no país. O relatório está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Entre os 37 indiciados, constam os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também está elencado.
O outro lado
A imprensa, fazendo referência as investigações, Bolsonaro afirmou que “o ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”.