O senador Sérgio Petecão (PSD/AC) anunciou ontem, sexta-feira (28), a destinação de mais R$ 3,5 milhões para novas obras no município de Rio Branco, provenientes de suas emendas parlamentares de 2023. O anúncio ocorreu após o rompimento político do senador com o prefeito Tião Bocalom (PP).
Destinação
Os recursos anunciados serão utilizados para a construção de um galpão para ribeirinhos, uma quadra de esportes no conjunto Boa Vista e a cobertura das quadras de grama sintética nos bairros Tangará e Santa Cecília. A próxima etapa é a elaboração dos projetos pela Prefeitura de Rio Branco.
Atuação
Nos últimos três anos, Petecão já destinou quase R$ 51 milhões à prefeitura de Rio Branco. Grande parte desses recursos ainda serão utilizados em obras importantes no município, tais como aquisição de maquinários, construção e reforma de CRAS, construção de centros de convivência de idosos, novos espaços esportivos, entre outros.
Regozijo
“Fico feliz em contribuir com o desenvolvimento de Rio Branco levando ações importantes para a cidade. No entanto, é importante ter gestão e agilidade nos processos burocráticos para que essas obras possam sair do papel, e a população possa usufruir dos benefícios”, ressaltou Petecão.
Alvíssaras
Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, confirmaram a criação de 566 novos postos formais de trabalho no Acre, o terceiro maior crescimento registrado entre os estados da Região Norte do país em março.
Dados técnicos
A maioria das contratações foi preenchida por mulheres, que ocuparam 431 vagas. Já em relação ao grau de instrução dos profissionais, a maior parte possui ensino médio completo e idade entre 18 e 24 anos. Os setores de serviços e indústria foram os que mais absorveram mão de obra.
Descontentamento
Mais uma categoria se insurge contra o índice de reajuste concedido pelo governo do estado aos servidores públicos, formalizado após Projeto de Lei aprovado na Aleac. Agora o muxoxo vem da Procuradoria Geral do Estado do Acre. Em nota, emitida pela Associação dos Procuradores do Estado do Acre, os procuradores dizem “não concordar com o reajuste geral anunciado e se assustam com a falta diálogo dos integrantes do governo responsáveis por negociar temas de valorização e reconhecimento para o servidorismo público”.
Bola fora
Adiante, afirmam que os negociadores “parecem pessoas que não sabem onde estão ou o sequer o que estão fazendo, aparentemente muito bons em conseguir prejudicar e afundar o governador justamente na rara oportunidade fiscal surgida, em que ele tem – ou teve – a oportunidade de ser assertivo e corrigir os erros do passado e construir pontes para o futuro. Parecem apenas querer o caminho fácil. É uma pena”.
Remuneração
Resta constar que um procurador, classe I, recebe atualmente, em média, R$ 32.886,55. Classe II, de R$ 35.142,38 a R$ 46.308,73. Os procuradores nível IV, a chamada classe especial, chegam a receber bruto R$ 52.040,78. Há procuradores com salários de R$ 69.777,87. Os dados são da Transparência do Estado, referentes ao mês de março.
Cumplicidade
As 175 caixas com objetos recebidas por Jair Bolsonaro (PL) ao longo do seu mandato ocupam uma área de 195 metros cúbicos do galpão emprestado pelo ex-piloto bolsonarista de Fórmula 1 Nelson Piquet. A informação vem da jornalista Bela Megale, colunista do jornal O Globo.
Hospedeiro
Diante da situação, o galpão, localizado na fazenda localizada nos arredores de Brasília, foi utilizado para guardar, dentre outros bens, os dois estojos de joias dadas pela monarquia saudita que Bolsonaro tentou se apropriar, mas deveriam ser incorporadas ao Estado Brasileiro. Os itens valiosos foram entregues à Caixa Econômica Federal após uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Histórico
A investigação sobre as joias sauditas obteve informações detalhadas a respeito do armazenamento de bens. Dois militares nomeados para assessorar Bolsonaro após ele ter deixado a Presidência contaram, em depoimentos prestados à Polícia Federal, que somente eles têm acesso ao local e que não há nenhum tipo de registro escrito sobre o manuseio desse material.
Missão
Coronel da reserva do Exército, Marcelo da Costa Câmara é assessor de confiança de Jair Bolsonaro e recebeu a missão de cuidar do acervo pessoal dele após a saída da Presidência da República. Câmara escalou o tenente do Exército Osmar Crivelatti para lhe auxiliar na tarefa. Foram eles, em momentos diferentes, os responsáveis por buscar os dois kits de joias no acervo para devolução ao TCU. Eles explicaram como funcionava o armazenamento.
Catálogo
O acervo é composto por mais de 9 mil objetos. De acordo com os militares, o material é armazenado sem custo na fazenda e fica em um local arejado e sem umidade. Não há controle de acesso ao local, mas apenas o depoente e Marcelo possuem esse acesso, afirmou Crivelatt aos investigadores da PF.
Localização
Em seu depoimento, Marcelo Câmara também foi questionado pelos investigadores se essas joias haviam sido levadas por Bolsonaro aos Estados Unidos em sua viagem no fim do ano passado, mas respondeu negativamente. “Tem certeza que as joias não foram levadas aos Estados Unidos, pois o depoente estava nos Estados Unidos juntamente com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro e sabe que elas não estavam lá”, respondeu.
Patrimônio público
Em outro depoimento prestado à Polícia Federal, o ex-número 2 da Receita Federal, José de Assis Ferraz Neto, afirmou que as joias retidas pelo órgão no Aeroporto de Guarulhos dadas de presente pela Arábia Saudita não poderiam ser destinadas ao patrimônio pessoal de Bolsonaro. “O único destino possível seria a destinação para a União, não tinha como deduzir ser para o patrimônio privado do presidente da República, pois não há previsão legal para isto”, afirmou.
Mão boba
Os investigadores, entretanto, já identificam indícios de que Bolsonaro buscava se apropriar desses bens, sem destiná-los ao patrimônio do governo federal, o que poderia caracterizar crime de peculato. O depoimento de Assis reforça o caráter público dessas joias. A defesa de Bolsonaro nega irregularidades sobre o recebimento das joias. Jair Bolsonaro disse à PF que não pressionou servidores para a retirada das joias retidas pela Receita Federal.