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Reajuste

Reajuste

Os deputados estaduais do Acre aprovaram por unanimidade, no início da noite de ontem, quarta-feira, 26, em sessão extraordinária, o reajuste salarial de 20,32% para todos os servidores ativos, inativos e pensionistas do Estado. A medida será implementada em quatro parcelas anuais, iguais e não cumulativas, a partir do próximo mês de junho.

Sintonia 

O governador Gladson Cameli, ao ser informado da decisão, agradeceu o apoio dos parlamentares na aprovação do reajuste. “Nossa Assembleia Legislativa tem contribuído de maneira significativa no bom andamento da gestão e não posso deixar de agradecer, mais uma vez, pela votação em tempo célere deste projeto que beneficia todos os servidores do Estado”, disse.

Exceção

Ontem, quarta-feira, 26, o Congresso Nacional decidiu manter o veto presidencial ao reajuste anual do piso nacional da enfermagem. Alan Rick (União Brasil) foi o único senador do Acre a votar a favor da categoria, mas foi voto vencido.

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Chancela 

A maioria, inclusive, os senadores Márcio Bittar (União Brasil) e Sérgio Petecão (PSD) votaram SIM à manutenção do veto e a categoria não terá direito ao reajuste anual que seria vinculado ao INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor.

Lamento 

Alan Rick lamentou o resultado da votação. “Infelizmente, perdemos nessa votação. Mas, os profissionais da enfermagem do Acre e de todo Brasil podem continuar contando comigo. Vou continuar lutando pela valorização da categoria” – disse o senador.

Júbilo 

Por outro lado, o senador comemorou a aprovação do crédito especial de R$ 7,3 bilhões para viabilizar o pagamento do piso da enfermagem. A lei do piso estabelece salário inicial de R$ 4.750 para enfermeiros; para os técnicos de enfermagem, 70% do piso dos enfermeiros; e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras. “Desde quando eu era deputado já trabalhava pela valorização dos profissionais da enfermagem. Votei a favor do piso, no ano passado. E agora, votei a favor da suplementação, votei a favor do reajuste e continuarei votando a favor de tudo o que beneficiar os servidores da saúde e o nosso povo” – concluiu. 

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Meia-volta, volver

Uma ala da oposição já se arrepende da futura criação da CPMI dos Atos Golpistas e não descarta a possibilidade de desistir da comissão, caso o governo Lula tenha total controle dos trabalhos, com a indicação de um presidente e relator alinhados com o Palácio do Planalto. Neste caso, avalia um oposicionista, o risco é de a oposição ser “massacrada” durante o funcionamento do colegiado.

Alvo 

O ex-presidente Jair Bolsonaro, por sinal, teme se transformar no principal alvo da CPMI dos Atos Golpistas e trabalha para que não apenas seu filho na Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mas também o do Senado, Flávio Bolsonaro (PL-SP), participem como titulares da comissão para defendê-lo no Congresso.

Torcida 

Um oposicionista disse que a CPMI dos Atos Golpistas era mais para assustar e acuar o governo, mas que seu funcionamento, com controle total do Planalto, vira um risco principalmente para o ex-presidente da República. Essa ala da oposição aposta agora em uma briga entre governistas do Senado e da Câmara pelos principais cargos da CPMI para tentar inviabilizá-la.

Disputa 

O grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer indicar o relator, enquanto o senador Renan Calheiros (MDB-AL), inimigo de Lira, também reivindica o posto. Essa disputa pode, no mínimo, atrasar o início dos trabalhos da CPMI.

Oitiva 

Ontem, quarta-feira (26), o ex-presidente Bolsonaro prestou depoimento na Polícia Federal para esclarecer sobre suas ligações com os atos golpistas de 8 de janeiro. Por coincidência, no mesmo dia em que o Congresso pode ler o requerimento de criação da CPMI que vai investigar os atos golpistas.

Defesa prévia 

Ao ser inquirido na CPI, Bolsonaro já tem a linha do seu depoimento pronta. Vai alegar que estava fora do Brasil, não era mais presidente e que não tem nenhuma responsabilidade pela invasão dos prédios dos Três Poderes.

Outro olhar 

Acerca da versão de Bolsonaro, não é mesma opinião do Supremo Tribunal Federal e da PF, que avaliam que o ex-presidente tem responsabilidade pelo que aconteceu em Brasília por ter incitado seus apoiadores a agirem daquela forma.

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Alhos e bugalhos

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta quinta-feira, 27, que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “fomentou promiscuidade com os militares”. A declaração foi dada em entrevista à Agência Lusa, em Lisboa, para onde o ministro viajou acompanhando a comitiva presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, no último fim de semana.

Limpeza

“A política colocou muito militar na política e muita política nos militares”, disse Múcio, à Lusa. Parte dos militares que estavam no governo de Bolsonaro já foram exonerados, inclusive do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), após a queda do general Gonçalves Dias. Múcio defende que o GSI deve permanecer nas mãos dos militares e já externou essa posição publicamente.

Papel constitucional 

Em outro trecho divulgado pela Agência Lusa, Múcio descreve as atribuições de um membro das Forças Armadas. “Um militar aqui, lá, em qualquer país, é funcionário de carreira ligado à Constituição”. E acrescenta: “eles são guardiões da Constituição Brasileira, eles não são empregados do governo de plantão”.

Regozijo 

Múcio disse ainda que está satisfeito com as relações entre o governo federal e os militares, embora alguns grupos “não gostem” de Lula. “Os militares estão calmos, a relação com o Governo é ótima, com o Presidente da República é ótima, mas nós vivemos numa democracia”.

Investimentos

O ministro afirmou que seu objetivo no comando da Defesa é ter “forças armadas modernas com equipamento moderno” e defendeu um um aumento gradual do investimento, passando de 1,2 por cento do orçamento para perto de 2%. No entanto, admitiu que no Brasil há problemas mais urgentes a serem tratados. “Evidentemente, eu não tenho coragem, num país que tem gente com fome, de investir em equipamento”.

Capacidade técnica 

Múcio também comentou sobre a indústria de defesa. O ministro afirmou que o Brasil pode fazer navios e submarinos, desde que haja clientes para isso. E acrescentou que estudos indicam que para cada real investido no setor, voltam R$ 9 de de riqueza produzida para o país.