A Secretária de Estado de Saúde do Governo do Acre, médica Mônica Feres, que está licenciada do cargo por motivos particulares, não terá vida fácil à frente do cargo quando retornar da licença. Foi o que anunciou o presidente o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesac), Adailton Cruz, através de um áudio que circula em aplicativos de redes sociais da Internet.
Arregimentação
No áudio, o sindicalista diz que está percorrendo o interior do Estado levando informações sobre a gestão da secretária, que aponta como vinda “lá da casa do Chico”, e que por onde tem passado a situação é de revolta.
Clima pesado
O último município visitado pelo sindicalista foi Xapuri, no Alto Acre, onde se reuniu com servidores do hospital “Epaminondas Jácome” e o clima entre os servidores também seria muito ruim. “Essa gestora vem lá da Casa do Chico, e não sabe quem nós somos nem o que passamos e chega aqui querendo se impor com uma visão totalmente voltada só para o lado dos médicos e tratando os demais profissionais como cachorros ou como lixo”, disse Cruz.
Sem perfil
E segue: “Eu tenho certeza absoluta que ela seria a pessoa menos indicada para assumir o processo de gestão em saúde do nosso Estado”, acrescentou. De acordo com o sindicalista, Mônica Feres precisa ser combatida com toda a força do Sindicato da categoria para que seja derrubada do cargo.
Bairrismo
“Nós temos que lutar muito, com muita força para retirá-la do cargo. Nós temos que retirá-la batendo também no governador, porque ela não veio para cá sozinha não. Foi a convite dele, que a está apoiando e tudo o que ela faz é com a assinatura dele. O responsável direto é ele, o governador. Isso só está ocorrendo ele quer”, disse o presidente. Segundo o sindicalista, Gladson Cameli nunca deu ouvidos a quem está no Estado e trabalha de forma permanente e a quem realmente sabe o que é preciso fazer.
Ampliando o desgaste
“Todos nós sabemos que não se avança num processo de saúde desrespeitando os profissionais. Os profissionais estão cumprindo suas obrigações mesmo com os salários lá em baixo e só vamos melhorar quando os gestores perceberem que só podem avançar com a nossa participação”, disse Adailton Cruz, ao anunciar que, na semana que vem, estará nos municípios do Vale do Juruá, a partir de Cruzeiro do Sul, chamando os trabalhadores da saúde da região para a união.
Radicalização
O sindicalista se despede dos companheiros dizendo que sonha com um dia em que os trabalhadores em saúde, de forma unida, invadam o prédio onde funciona a Secretaria de Saúde, em Rio Branco. “Nós não estamos parados e estamos trabalhando neste sentido”, disse
Aprofundando discussões
A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou convite para que o ministro Ricardo Salles participe de uma audiência pública para tratar da situação do Fundo Amazônia. O colegiado esteve reunido ontem, quinta-feira (11), discutindo o assunto, mas não houve a participação de representantes do governo.
Berlinda
O Fundo Amazônia está no centro de uma polêmica depois que foram anunciadas mudanças na sua estrutura e na destinação dos recursos. Noruega e Alemanha, os dois países que respondem por 99% das doações, discordam das propostas.
Finalidade
O dinheiro tem sido usado para investimentos não reembolsáveis em prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal.
Foco de luz
O senador Jaques Wagner (PT-BA) disse esperar do governo um diálogo transparente para que o dinheiro não seja perdido e para que seja contornado o mal-estar criado com os doadores. “O fundo tem sido importante para fomentar atividades para agregar valor aos produtos da floresta e preservar o meio ambiente. Abrir mão desse recurso não deveria ser sequer considerado pelo Executivo”, afirmou o parlamentar baiano.
Intimidação
Na audiência, o presidente interino da Associação dos Funcionários do BNDES, Arthur Koblitz, reclamou do comportamento de Ricardo Salles e alegou que está sendo difícil estabelecer um diálogo com o titular da pasta.
Terrorismo
Ele também acusou o ministro de tentar intimidar os funcionários do banco e disse que a responsável pelo departamento de Meio Ambiente foi afastada de suas funções, mesmo sendo uma profissional reconhecida pelos colegas pela competência e reputação ilibada, o que revoltou os funcionários.
Guerra de guerrilha!
“Queremos dialogar, mas tem sido difícil com o atual ministro. Gostaria até de perguntar aos senadores: como proceder diante de um ministro que assim que toma posse anuncia uma série de suspeitas? Que chega ao banco num horário anterior ao previamente agendado para uma reunião, procura os técnicos, pede uma série de documentos e até tira fotos de computadores, num comportamento claramente intimidatório? “, indagou Koblitz.
Comportamento inusitado
Segundo Arthur Kolitz a reação dos funcionários do banco na época foi de não levar a público o ocorrido porque esperava-se que a situação pudesse ser contornada com o tempo. Segundo ele, para os funcionários foi um caso de ingerência política na instituição. “Nunca tivemos registro de uma coisa como essa: um ministro chegar num dia no BNDES e, no outro, a responsável por um setor ser afastada. Depois disso, numa entrevista à imprensa, ele foi incapaz de apontar informações concretas a respeito das supostas irregularidades”, destacou.
Confirmação
Segundo a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), o ministro já aceitou o convite e poderá ir à Comissão de Meio Ambiente na retomada dos trabalhos legislativos, a partir de 1º de agosto. “ Ele não podia vir hoje [quinta-feira] e não queria mandar ninguém para representá-lo. Ele queria vir pessoalmente tratar do Fundo Amazônia. Acho até bastante salutar e importante que ele venha”, afirmou Soraya.