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Jamaxi

Pule de dez

Pule de dez

Nos círculos mais íntimos do governador Gladson Cameli (PP) é dado como certo que o ex-chefe do Gabinete Civil, Rômulo Grandidier, será o ungido para compor a chapa de reeleição de Cameli. Para os convivas do governador, Rômulo tem as credenciais descritas pelo governante para compor a chapa: tem caráter, discrição no agir e, acima de tudo, e leal ao governador, podendo em muito ajuda-lo na governança, posto que não tem ambições políticas que caracterizam outros nomes.

Carta de apresentação 

O nome de Rômulo já teria, inclusive, recebido a chancela do pai do governador, empresário Eládio Cameli, que enxerga na administração do filho a necessidade de um nome de confiança e capacidade técnica - credenciais carregadas por Grandidier -, adicionando-se o fato do mesmo já ter trabalhado com excelente resultado nas empresas da família Cameli, sendo, inclusive, o responsável pela condução técnica do inventário do ex-governador Orleir Cameli, irmão de Eládio.

Dança das cadeiras

O delegado Josemar Portes foi exonerado do cargo de delegado-geral de Polícia Civil. No lugar dele assumirá o posto o delegado José Henrique Maciel Ferreira que já compôs a equipe de Gladson Cameli como diretor de Polícia Civil no início da gestão. Nos primórdios de 2020 Henrique foi exonerado do cargo de diretoria após denúncia do Ministério Público que apontava ele como agente que praticava “rachadinha’ no âmbito da secretaria. Depois, o próprio MP resolveu arquivar ação por falta de provas. Com o novo comando, a Polícia Civil deve passar por uma reestruturação com troca de delegados em vários setores. 

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Tapa buraco 

A prefeitura de Rio Branco, por meio da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), intensifica o trabalho de recuperação das ruas da cidade. No início da semana a estatal fez intervenções na Rua São Mateus e a Alameda Portugal, que interligam os bairros Esperança e Jardim Europa, que receberam duas equipes completas da Emurb, para serviço completo de remendo profundo e tapa buracos. 

Ritmo 

Assis Benvindo, dirigente da Emurb, explica a lógica do trabalho que imprime na empresa de uranização: “A gente, por ordem do prefeito Bocalom, não parou durante o período invernoso, hoje estamos com 14 equipes, divididas em vários lugares da cidade, e aqui na São Mateus é uma rua que está na nossa programação. Hoje a gente conclui essa parte que estava bastante esburacada e, se Deus quiser, até o final do dia a gente zera essa parte e vamos entregar para o fluxo normal”. 

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Top Secret 

Criada em 2011, a lei de acesso à informação (LAI) prevê que é dever do Estado garantir o direito à informação ao cidadão, e que os dados devem ser disponibilizados de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. Entretanto, o caminho para obter informações através da LAI sobre a Presidência da República tem sido pedregoso e barrado pelo muro do sigilo com uma frequência maior que em governos anteriores.

Barreira 

De acordo com dados do Painel de Acesso a Informação, mantido pela Controladoria Geral da União (CGU), a alegação de sigilo como negativa às solicitações de informações através do portal Fala.BR, aumentou 663,08% durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) em relação ao governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Se durante o período petista apenas 2,6% dos acessos à informação foram negados sob a justificativa de sigilo, sob Bolsonaro o percentual saltou para 19,84%.  O governo Temer também usou o mesmo argumento para negar 18,57% dos pedidos de informação durante a sua gestão.

Incongruência

“É preocupante quando você tem quase 20% de acessos negados sob alegação de sigilo de um conjunto de pedidos de informação via LAI. É um subterfúgio para driblar a transparência”, alerta o pesquisador e consultor internacional em temas de transparência e combate à corrupção e à lavagem de dinheiro (Banco Mundial, UNODC, PNUD, Transparency International), Fabiano Angélico. “Por princípio, a informação é de domínio público, o sigilo é que é a exceção. A lógica [da LAI] é proteger o cidadão comum. O que está se fazendo é o contrário, é proteger o poderoso do cidadão.”

Prática

“A percepção geral é que a aplicação da LAI está mais restrita e pedir informação sobre a cúpula do governo está mais difícil. Porém, o sigilo serve para proteger o Estado e a pessoa comum. O servidor público não é uma pessoa comum, portanto, seus atos devem ter transparência”, diz Bruno Morassutti, advogado e cofundador da agência de dados Fiquem Sabendo, especializada na lei de acesso à informação, faz coro com Angélico sobre o uso indiscriminado da negativa por sigilo.

Tudo a esconder 

Da carteira de vacinação a registro de acesso dos filhos ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro levantou o véu do sigilo às informações por 100 anos. No mais recente caso, o Gabinete de Segurança  (GSI) negou acesso ao jornal O Globo, via LAI,  às informações sobre as visitas dos pastores lobistas envolvidos no escândalo do Ministério da Educação (MEC) que só poderão vir à luz em 2122. A alegação: informação não pode ser divulgada porque coloca em risco a vida do presidente e de seus familiares.

Álibi 

Para justificar o sigilo de um século, Bolsonaro alega que a informação pública conteria informações pessoais para se enquadrar no artigo 31 da lei 12527/2011 (LAI), que prevê que  “informações pessoais, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem […]terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção.”

Contraposição 

Em reação à manobra do presidente Jair Bolsonaro para restringir informações solicitadas via LAI, o líder da minoria no Senado, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) declarou ao Congresso em Foco que governos sérios e comprometidos com a transparência e com o eleitor não têm o que esconder da população.

Conto do vigário 

O ex-juiz Sergio Moro migrou do PODEMOS para o UNIÃO BRASIL por acreditar que ali teria mais condições para ser candidato a presidente da República. Seu novo partido tem dinheiro de sobra, diretórios e militantes em todos os Estados, e um dos maiores tempos de propaganda no rádio e na televisão.

Barreira 

Menos de 24 horas depois de se filiar ao UNIÃO BRASIL, Moro soube pelo deputado federal Luciano Bivar, presidente do partido, que no máximo poderia ser candidato a senador por São Paulo. E dias depois, que o ideal é que se candidate a deputado. A grande votação que teria ajudaria a eleger outros candidatos.

Enganei o bobo...

O lance mais recente do golpe aplicado em Moro acaba de ser revelado: o candidato do UNIÃO BRASIL a presidente da República será Bivar. Em 2002, pelo PSL, Bivar candidatou-se a presidente da República. Obteve apenas 0,06% dos votos válidos (62.064). Foi o último colocado entre os 7 candidatos.

Jogo jogado 

Bivar não tem a menor esperança de ser eleito presidente desta vez. Se for candidato a vice ficará satisfeito. UNIÃO BRASIL, PSDB, MDB e CIDADANIA combinaram anunciar em 18 de maio o candidato da chamada terceira via. Se Bivar bater o pé para ser o candidato a presidente ou a vice, a terceira via implodirá. Lula e Bolsonaro serão gratos a Bivar.