Ontem o governo de Gladson Cameli (PP) sofreu mais uma baixa. A secretária de Estado de Fazenda, Samiramis Plácido, pediu demissão do cargo. Gladson Cameli, que está em Cruzeiro do sul onde participou da abertura e ficará na cidade para o desenrolar de parte de mais uma versão da Expojuruá, foi comunicado da decisão pelo Chefe do Gabinete Civil, Ribamar Trindade.
Escola
Funcionária do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a secretária estava no cargo por ser ungida pelo conselheiro Antônio Malheiros, que seria uma espécie de eminência parda do atual governo e responsável pelas indicações dos secretários mais técnicos da atual administração. Além de Samiramis, o outro secretário indicado por Malheiros seria o próprio Ribamar Trindade, também ex-servidor comissionado do TCE.
The flash
Em entrevista coletiva concedida na tarde de ontem em Cruzeiro do Sul, o governador Gladson Cameli ainda não definiu um novo nome para assumir a Secretaria de Fazenda do Estado, mas quer que ele seja “um Gladson 2”, personagem idealizado para agilizar a burocracia da máquina pública.
Perfil
“Que seja um Gladson, que em dez minutos faz a coisa mesmo. Será alguém escolhido a dedo e que prime pela desburocratização como eu e que esteja alinhado com meu Plano de governo. E não que a Semíramis não fosse”, explicou o chefe do Palácio Rio Branco destacando que a escolha será exclusivamente sua, sem passar pelo crivo de outra pessoa.
Habemus Papam
A expectativa é que o novo nome seja anunciado durante a estadia do governador em Cruzeiro do Sul. Gladson citou ainda que o pedido de demissão da secretária lhe causou muita surpresa e que não acredita nos motivos pessoais alegados por ela. “Mas aceito e respeito!”. Ainda na coletiva de ontem concedida em Cruzeiro do Sul, Cameli destacou que os dois subsecretários da pasta, pediram para sair também, juntamente com Samiramis Dias.
Coisa banal
O procurador Deltan Dallagnol da força-tarefa Lava Jato se eximiu de qualquer culpa e disse que não há nada de errado no teor dos diálogos dele com outros procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro publicados pelo Site Intercept Brasil, e em parceria com outros órgãos de imprensa.
Coisas da vida
Ele concedeu uma longa entrevista à BBC Brasil e o assunto principal foram, logicamente, os diálogos da Vaza Jato. Dallagonol se coloca como vítima de “maldade” e “veneno”. Deltan relativizou a insensibilidade e a frieza de procuradores da força-tarefa nos diálogos em que eles comentam as mortes na família do ex-presidente Lula.
Que coisa, hein?
As mensagem reveladas no início desta semana, mostram o ódio e o desrespeito da lava jato por Lula e família. “São conversas que você tem com o círculo de intimidade, conversas que você fica à vontade para falar até alguma besteira, uma bobagem, para ser até certo modo irresponsável”, disse o procurador que nas mensagens comparou Dona Marisa Letícia, então esposa de Lula e vítima de AVC, a um vegetal
Papo frugal
“As pessoas têm que entender que essas conversas são conversas que você teria na mesa de casa com a família, são pessoas que estão trabalhando há cinco anos juntas, são amigas. São conversas que você tem com o círculo de intimidade, conversas que você fica à vontade para falar até alguma besteira, uma bobagem, para ser até certo modo irresponsável”, disse o procurador.
Vade retro
Diferentemente do que dizia no início das reportagens da Vaza Jato, em que negava o conteúdo revelado e dizia que não se lembrava das conversas, Deltan agora tomlou um chá de memória. “Eu não posso atestar que tudo lá seja verdade, mas existem coisas lá que a gente lembra”, disse. Mas ele voltou a criticar o que chama de “falta de contexto”. “Existe aí um foco em tentar sempre mostrar aquilo que pode gerar uma polêmica”, declara. E Deus nos livre de tratar a tragédia familiar alheia com o nível de sarcasmo praticados pelos procuradores.
Escutai
Elenira Mendes, Filha de um dos maiores símbolos de luta pela preservação da Amazônia, o ambientalista Chico Mendes, concedeu entrevista ao Portal UOL, chamando a atenção para que a sociedade ouça a mensagem deixada pelo seringueiro assassinado dentro de casa, em Xapuri (AC), no dia 22 de dezembro de 1988.
Legado preservacionista
“Devem ser perpetuadas a voz e as mensagens deixadas por meu pai. Elas devem ecoar com mais força no peito daqueles que ainda sonham e acreditam que ainda é tempo de mudança”, disse ela, citando que “os propósitos” das queimadas hoje são as mesmas da época em que seu pai era vivo.
Efeito e causa
Elenira revela que quando criança, então aos 4 anos, dois dias antes de morrer, Chico lhe fez um pedido: que ela se tornasse advogada para defender “as pessoas da floresta”. Hoje formada em direito, Elenira acredita que o aumento das queimadas este ano tem relação direta com o discurso de exploração desregulada da Amazônia do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “A redução na área de fiscalização também foi um dos fatores preponderantes”, diz.
A luta continua
Para ela, se estivesse vivo, Chico estaria hoje com sua luta contra o desmatamento e exploração sustentável da área. “Certamente estaria na sua simplicidade e pacificidade, mais determinação e ousadia, denunciando e apontando os reais culpados pela destruição da Amazônia.”
Dura lex, sed lex
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) condenou o ex-prefeito de Sena Madureira, Mano Rufino (PSB), nos autos do processo nº (22.845.2016-10), que trata sobre legalidade na contratação de serviços terceirizados pela Prefeitura Sena Madureira, no período em que esteve a frente do poder municipal entre janeiro de 2014 a julho de 2016.
Ao arrepio da lei
Por unanimidade, seguindo o voto do Conselheiro Relator José Augusto de Faria, o ex-prefeito foi condenado a devolver aos cofres públicos municipais o valor de R$ 1.325.394,40 em virtude da falta de comprovação da regular execução contratual, bem como, da existência de interesse público quanto aos pagamentos efetuados em favor da cooperativa – COOPERBRASIL.
Mais multa
O ex-gestor também foi condenado a pagar multa no valor de R$ 14.280,00 (quatorze mil, duzentos e oitenta reais), em razão não atender intimações, no prazo fixado, sem apresentar justificativas.
Combate ao crime
A Procuradora Geral de Justiça, Kátia Rejane, do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), instituiu o ato nº 019/2019, que cria o Grupo de Atuação Especial de Combate à Corrupção (GAECC), vinculado à Procuradoria-Geral de Justiça e com atuação em todo Estado. A decisão que criou a força tarefa foi publicada quinta-feira (29), por meio do Diário Oficial do MP.
Fechando o cerco
O MP alega que a criação do grupo tem o intuito de “aperfeiçoar os órgãos de investigação do MP” diante do aumento da demanda e da complexidade das investigações sobre atos de improbidade administrativa e corrupção. A procuradora alega também a necessidade de descentralizar as atividades dos órgãos de investigação do Ministério Público do Estado do Acre para aumentar a sua eficiência na prevenção e na repressão das atividades ilícitas praticadas nas diferentes regiões do Estado.