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Protesto

Protesto

A ministra do Meio Ambiente, a acreana Marina Silva, abandonou uma sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal após ser atacada de maneira ofensiva e machista pelos senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Marcos Rogério (PL-RO), que presidia a sessão.

Baixaria

Antes de deixar a comissão, Marina ouviu de Valério a frase: “Mulher merece respeito, ministra não”. Ao rebater os ataques, Marina teve o microfone desligado pelo presidente da comissão. Ainda assim, a ministra não se intimidou e exigiu respeito, tanto como mulher quanto como ministra. Marcos Rogério afirmou que Marina estava sendo desrespeitosa e disse que ela deveria “se colocar em seu lugar”.

Ápice

O imbróglio teve início e o debate ficou tenso durante uma discussão entre Marina e o senador Omar Aziz (PSD-AM), um aliado do governo, que a acusava de intransigência. A ex-senadora pelo PT do Acre deixou a sessão exigindo desculpas dos senadores. (CNN Brasil)

Solidariedade

Os ataques contra Marina Silva tiveram forte repercussão na Esplanada dos Ministérios e também no Alvorada, onde Lula passou o dia descansando. Ministras de Estado, como Anielle Franco (Igualdade Racial) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), foram às redes sociais para apoiar Marina.

Gesto

Lula, mesmo de folga, fez questão de ligar para Marina logo após o episódio. De acordo com relato da própria ministra, o presidente disse que se sentiu melhor da crise de labirintite após vê-la abandonando a sessão da comissão. “Era isso mesmo que você devia ter feito”, afirmou Lula.

Omissão

A primeira-dama, Janja da Silva, também foi às redes em solidariedade à ministra e trocou mensagens de áudio com a ministra. “Impossível não ficar indignada”, escreveu. O apoio do governo a Marina não foi visto com a mesma intensidade por parte da bancada governista durante a sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado. Poucos senadores do PT ou da base aliada vieram em socorro à ministra enquanto ela falava. O senador Jaques Wagner, líder do governo na Casa, tentou colocar panos quentes no episódio. Wagner afirmou que os ataques a Marina foram uma “discussão isolada” e fruto do “calor do debate”.

Insanidade

Em março, o senador Plínio Valério afirmou em um evento no Amazonas que teve vontade de “enforcar” Marina Silva depois de ouvir a ministra falar por seis horas na CPI das ONGs.

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Reação

Diante da iniciativa no Congresso para derrubar o aumento do IOF, o Ministério da Fazenda estuda duas estratégias. A primeira, que atingiria os próprios parlamentares, é ampliar o congelamento de emendas ao Orçamento; a segunda, recorrer ao STF. Globo)

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Ação

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou um pedido de cassação do mandato do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Comissão de Ética do Parlamento. Lindbergh afirma que Eduardo quebrou o decoro parlamentar e abusou das prerrogativas constitucionais ao fazer lobby por sanções americanas contra o Judiciário brasileiro.

Frente

Na outra ponta, o presidente Lula tem se empenhado pessoalmente em coordenar as ações do Itamaraty para evitar que os Estados Unidos apliquem sanções contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Lula tem sido informado diariamente sobre o caso diretamente pelo chanceler Mauro Vieira.

Guinada

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, mudou de opinião sobre a necessidade de investigar Eduardo Bolsonaro após a ameaça do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que afirmou que existem chances concretas de que os Estados Unidos apliquem sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. Em março deste ano, Gonet foi contra a instauração de um processo contra o deputado, afirmando que não havia indícios mínimos de crime.

Testemunha

O ex-diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal Djairlon Henrique Moura confirmou que recebeu ordens do Ministério da Justiça para realizar blitz contra ônibus e vans nas eleições de 2022. De acordo com ele, a ordem era fiscalizar se havia transporte irregular de eleitores saindo de São Paulo e de estados do Centro-Oeste, e não dificultar o acesso aos locais de votação. Moura depôs no STF como testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres no julgamento do processo que investiga a trama golpista.

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Arranjos

Os arranjos partidários visando as eleições de 2026 continuam no âmbito nacional, mexidas que, por óbvio, impactaram os cenários estaduais. O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), defendeu publicamente a ampliação da atual federação partidária encabeçada pelo PT, com a incorporação formal do PSB, PSOL e do PDT. Em entrevista o deputado sinalizou a necessidade de reorganização na base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com vistas a consolidar uma frente ampla para a disputa da reeleição em 2026.

Incorporação

“A ideia é formar uma federação envolvendo PT, PV e PCdoB, como já existe, e trazer também o PSB e o PDT. Como as federações estão se formando, temos que nos dar conta de que é importante formar uma”, afirmou Guimarães. Ele defendeu que a aliança seja construída “em torno do compromisso com a democracia e um programa de desenvolvimento da renda e [enfrentamento] à miséria”.

Autodefesa

A proposta surge em meio à reconfiguração do Congresso com o anúncio da federação entre o PP e o União Brasil, que cria um bloco robusto de 109 deputados e 13 senadores. Também está em negociação uma federação entre PSD, MDB e Republicanos, o que pode fortalecer ainda mais o centrão e reduzir o espaço das legendas sem alianças formais, tanto na ocupação de cargos como na divisão do Fundo Eleitoral.

Porte

Segundo o líder petista José Guimarães, a federação com PSB e PDT poderia somar até 119 deputados, ampliando significativamente o peso político da aliança em torno de Lula. “Essa federação teria uma importância vital para construir uma frente ampla para 2026”, destacou.

A fórceps

Apesar da resistência interna no PT — onde setores temem a perda de protagonismo e enfrentam dificuldades na divisão de poder com os aliados — o receio de encolhimento de bancadas nas próximas eleições pode funcionar como fator de convencimento para ampliar as conversas.

Regras

As federações partidárias têm duração obrigatória de quatro anos e exigem consenso entre os partidos federados tanto nas candidaturas majoritárias quanto proporcionais, funcionando como uma única sigla perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Aliado

O PSB, partido do vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e também responsável pelo Ministério do Empreendedorismo com Márcio França, é tido como aliado estratégico do governo e interessado em manter o posto na chapa de Lula em 2026.

Rejunte

O PDT, por sua vez, distanciou-se após a saída do Ministério da Previdência, em meio à crise envolvendo o INSS. Para Guimarães, é preciso reatar os laços: “defendo que o PDT volte à normalidade na relação com o governo. Sempre foi um aliado leal e fiel do governo, já defendi isso perante a ministra Gleisi [Hoffmann, de Relações Institucionais]. Defendo um reajuste de conduta de lado a lado. Precisamos discutir com a bancada [o que poderia ser feito]”.