O ex-prefeito, ex-governador e ex-senador Jorge Viana (PT) e atual presidente da Apex Brasil, foi o entrevistado do programa Roda Viva de ontem,24, veiculado em rede nacional pela TV cultura. A Apex Brasil é uma agência do governo federal voltada para a promoção do Brasil no mercado internacional e para a atração de investimentos estrangeiros diretos no país, órgão vinculado ao Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Ação social
No programa, Viana defendeu a criação de políticas adicionais para reduzir o custo dos insumos agrícolas e permitir a oferta de alimentos mais baratos para os consumidores. “Se tiver políticas a mais para alguns produtos, vai dar uma sensação para quem precisa, os mais pobres, de terem um custo mais baixo na carne, um custo mais baixo no café, no almoço e na janta”, disse.
Entendimento
Durante a conversa, Viana rejeitou a ideia de que a exportação de alimentos seja a principal responsável pela alta de preços no Brasil e apontou o custo do crédito como um fator determinante. “Com juros na estratosfera, do jeito que está, com 12%, para um produtor de milho vai ficar mais caro ou mais barato a lavoura dele quando ele for comprar equipamento, quando for comprar insumo? Vai ficar mais caro e vai vir um produto mais caro e vai chegar na mesa do consumidor mais caro”, afirmou.
Ferramentas
O presidente da ApexBrasil defendeu a ampliação do seguro do Plano Safra e a criação de linhas de crédito diferenciadas para setores essenciais da produção de alimentos. “Eu defendo que o plano Safra tenha que ter mais seguro. A gente tem 1 bilhão do plano Safra de seguro, mas tem que ter 3 porque estamos vivendo crise climática, mas eu defendo também que tem uma linha de crédito diferenciada para esses produtos. Isso pode ir para o café, pode ir para o arroz, para o feijão, para a mandioca, para a farinha”, explicou...
Críticas
Viana também criticou a política monetária adotada pelo Banco Central, argumentando que a manutenção da taxa básica de juros em um patamar elevado compromete o setor produtivo e a economia do país. Apesar da crítica ao índice, ele não citou o nome da instituição nem o de seu atual presidente, Gabriel Galípolo.
Barreira
Para conter os impactos da alta dos alimentos sem recorrer ao controle de preços, Viana defendeu ações do governo para equilibrar a oferta. Ele sugeriu que o governo utilize a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para armazenar alimentos estratégicos e estabilizar os preços. “Eu acredito que esse ano ainda é possível que a gente comece a ter uma [redução nos preços], por conta de ação do governo. E aí tem horas que vai ter que ter cota, tem que entrar com Conab para armazenar, porque o Brasil é um gigante muito grande e eu acho que nada de controle de preço”, concluiu.
Realizações
Ao ser questionado sobre um possível isolamento do ministro, Viana rejeitou a ideia e destacou realizações como a aprovação da reforma tributária e o controle da inflação. “Não é que está isolado, eu acho que o senhor ministro tem feito, acho que a melhor entrega do nosso governo, fazer uma reforma tributária depois de mais de 20 anos, conseguir segurar a inflação pegando um Banco Central que estava lá engessado e fazendo com que a gente comece a modernizar [a economia]”, afirmou.
Vitrine
Viana também mencionou o crescimento das exportações e a melhora na imagem internacional do Brasil, fatores que, segundo ele, abrem caminho para a atração de novos investimentos. “Eu fui lá convidá-lo para fazer 2 fóruns de atração de investimento, um em Londres e outro em Nova Iorque, porque eu digo, agora a gente já tem o que falar, desmatamento caiu pela metade, inclusão social, um crescimento econômico 3 vezes maior do que a previsão de mercado, agora vamos atrair mais investimento para o Brasil, porque nós estamos precisando de ferrovia, de estrada, de portos”, disse Viana.
Destaque
Por fim, ele concluiu afirmando que Haddad tem um papel central no governo e que as críticas sobre um suposto isolamento não correspondem à realidade. “A minha opinião, e eu acho que assim, é um lado muito bom do nosso governo. Sinceramente, foi o Haddad até aqui, e o resultado está vindo”, concluiu.
Gestão
Prefeitos, secretários e servidores de Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Assis Brasil participam ontem, segunda feira, 24, de oficinas sobre licitações, prestação de contas e gestão de patrimônio. O encontro foi promovido pelo Tribunal de Contas do Acre (TCE/AC), num programa denominado Aprimora Gestão – TCE Itinerante, que teve lugar em Brasiléia, no auditório do SENAC. O treinamento termina na data de hoje, 25.
Público
A agenda reune prefeitos, secretários, servidores estratégicos das gestões municipais, presidentes e assessores das câmaras municipais da regional do Alto Acre (Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Assis Brasil). A programação inclui cinco oficinas com temas essenciais para a administração pública: A Despesa de Pessoal e a Gestão Municipal; O Novo Sistema de Licitações e Contratos do TCE/AC – LICON 2.0; Prestação de Contas: Principais Irregularidades Instrumentos de Planejamento e Gestão Pública e Controle de Patrimônio.
Capacitação
A presidente do TCE/AC, conselheira Dulcineia Benício, e a conselheira Naluh Golveia destacaram a importância da participação dos gestores da regional do Alto Acre. “Nosso objetivo é orientar e capacitar os gestores para que possam trabalhar de forma correta e prestar contas de maneira transparente ao final de cada mandato”, afirmou Dulcineia.
Foco
O Procurador Geral de Contas do Ministério Público, Sérgio Cunha, também participou do evento, reforçando a necessidade de cumprir as normas e utilizar os recursos públicos de forma eficiente. “Queremos manter um canal de diálogo aberto para que os recursos sejam bem aplicados em benefício da população”, disse Cunha.
Otimização
O Aprimora Gestão – TCE Itinerante é uma iniciativa que promove a transparência, a eficiência e a qualidade na administração pública, contribuindo para o desenvolvimento dos municípios acreanos. A expectativa é que os conhecimentos compartilhados durante as oficinas resultem em melhorias significativas na gestão dos recursos públicos na região do Alto Acre.
Pé na estrada
Com índices de aprovação do governo em queda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia 2025 com a estratégia de visitar diferentes regiões do Brasil para se aproximar da população e reverter o cenário de desagrado.
Números
A estratégia foi colocada em prática após pesquisa Datafolha, divulgada no início da segunda quinzena de fevereiro, mostrar que 24% dos entrevistados consideram o terceiro governo Lula ótimo ou bom. Em dezembro, esse percentual era de 35%. O índice é o menor patamar atingido pelo petista nos três mandatos.
Pano de fundo
Para reverter esse cenário, o Palácio do Planalto tem apostado em agendas em diferentes estados, com anúncios de investimentos, programas sociais e obras. A prática mira a tentativa do petista em disputar a reeleição em 2026.