Pesquisa Delta veiculada na data de ontem, que leva a assinatura da Delta Agência de Pesquisa, trouxe movimentações nos bastidores da política acreana. No levantamento, o senador Alan Rick, do União Brasil, aparece na frente em três cenários de uma pesquisa estimulada.
Retrato
No primeiro cenário, Alan tem 26, 38%, contra 24, 12% de Tião Bocalom (PL); Marcus Alexandre (MDB) aparece com 22, 38%, e Mailza Assis (PP) tem 8, 62%. Não sabe ou não respondeu somam 15, 38%; brancos e nulos, 3, 12%.
Retrato II
Em uma segunda projeção, sem o nome do prefeito Tião Bocalom, Alan lidera com 34, 25%, seguido por Marcus Alexandre que tem 26, 12%; Mailza, 13, 63%; nulo, 3, 50%; não sabe ou não respondeu, 22, 50%.
Retrato III
Excluindo Marcus Alexandre e Tião Bocalom, Alan Rick surge com 43, 38%; Mailza tem 16, 25%; Leonardo Melo, filho do ex-governador Flaviano Melo (MDB), 5, 12%; não sabe ou não respondeu somam 30, 50%; brancos e nulos, 4, 75%.
Bate pronto
Na aferição espontânea, que é quando os nomes não são citados, Tião Bocalom (PL) é o mais lembrado entre os possíveis candidatos. O prefeito surge na frente com 7, 62%, seguido de Marcus Alexandre com 5%; Alan Rick, 4, 37%; Gladson Cameli, 1, 50%; Socorro Neri, 1, 12%; Mailza, 1%; Jorge Viana, 0, 50%; Mara Rocha, 0, 25%; não sabe ou não respondeu somam 76, 62%; brancos e nulos 2%.
Senado
Quando a abordagem remete a disputa do Senado Federal, aonde estarão em aberto duas vagas, o governador Gladson Cameli (PP) seria eleito com folga para o cargo como primeira opção de voto.. Na pesquisa espontânea, que é quando os nomes não são citados, Cameli surge com 13, 12%, seguido por Jorge Viana (PT), que aparece com 3, 25%; Márcio Bittar (UB) tem 1, 75%; Jéssica Sales, 1, 75%; Mara Rocha, 1, 37%; Sérgio Petecão (PSD), 0, 75%, Coronel Ulysses, 0, 12%; branco e nulo, 0, 75%; não sabe ou não respondeu: 77, 12%.
Outra formatação
Num segundo cenário, quando as opção são reduzidas, Gladson também aparece como primeira opção de voto quando tem seu nome citado em dois cenários. No primeiro, o governador surge com 34, 97%. A segunda opção é Jorge Viana (PT), que tem 14, 18%. Márcio Bittar (UB) aparece com 12, 99%; Mara Rocha, 11, 51; Sérgio Petecão (PSD), 5, 94%; Jéssica Sales (MDB), 11, 51%; brancos e nulos, 0, 59%; não sabe ou não respondeu, 8, 61%.
Sem JV
Em um terceiro cenário sem Jorge Viana, Márcio Bittar (UB) passa a ser a segunda opção de voto. O senador aparece com 17, 92%. Gladson, em primeiro, tem 37, 52%. Mara Rocha, 13, 55%; Sérgio Petecão (PSD), 7, 47%; Jéssica Sales (MDB), 12, 48%; brancos e nulos, 0, 65%; não sabe ou não respondeu: 10, 67%.
Sem GC
Sem Gladson Cameli, Márcio Bittar e Jorge Viana lideram as intenções de votos. Bittar aparece como primeira opção com 22, 92%; já o petista surge em segundo com 18, 61%; Mara Rocha tem 16, 64%; Petecão, 9, 34%; Jéssica Sales, 14, 74%; brancos e nulos, 0, 51%; não sabe ou não respondeu: 17, 23%.
Sem FV e GC
Em quarto cenário, sem Gladson Cameli e Jorge Viana na disputa, os bolsonaristas Márcio Bittar e Mara Rocha surgem como primeira e segunda opções de votos. Bittar tem 28, 48%; Mara Rocha aparece com 20, 18%. Petecão, 11, 51%; Jéssica Sales, 17, 26%; brancos e nulos, 0, 75%; não sabe ou não respondeu: 21, 82%.. Foram entrevistadas 800 pessoas entre 19 e 25 de março. A margem de erro é de 3, 5 para mais ou para menos e o intervalo de confiança de 95%.
Boas novas
Um dia após Jair Bolsonaro tornar-se réu por tentativa de golpe de Estado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento da investigação contra ele por suposta fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19, alegando falta de provas para sustentar uma denúncia. (Globo)
Corraboração
Segundo o procurador-geral, Paulo Gonet, a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid — que afirmou ter agido a mando de Bolsonaro — não foi corroborada por outras testemunhas ou evidências, tornando insuficiente o fundamento para responsabilizar o ex-presidente pelo crime de inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. (Globo)
Elo
A PGR destacou que, embora informações mentirosas sobre a vacinação de Bolsonaro e de sua filha — Laura, de 14 anos — tenham sido inseridas em dezembro de 2022, não há indícios de que os certificados tenham sido utilizados. (Globo)
Indícios
A investigação da Polícia Federal apontou que o esquema envolvia o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-major do Exército Ailton Barros, que concorreu ao cargo de deputado estadual pelo PL fluminense em 2022, e o então secretário de Governo de Duque de Caxias, João Carlos Brecha, que inseriu os dados no sistema. Bolsonaro negou qualquer irregularidade e afirmou nunca ter usado certificados fraudulentos. De acordo com Gonet, “não há indício de que o certificado tenha sido utilizado”. (Globo)
Pé atrás
Ao contrário do que seria de esperar, o parecer de Gonet não alegrou os apoiadores de Bolsonaro, conta a jornalista Bela Megale, articulista de O Globo. Na avaliação de políticos e juristas, o pedido de arquivamento enfraquece a tese bolsonarista de perseguição política e fortalece as outras denúncias, ancoradas em elementos além da delação de Mauro Cid. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), chegou a afirmar, sem provas, que a iniciativa foi combinada com a PGR e o ministro Alexandre de Moraes. (Globo)
Competência
Caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir sobre o arquivamento. Em seu pedido ao STF, o procurador-geral lembrou ser ilegal usar apenas uma delação como prova para denúncia. “A lei proíbe o recebimento de denúncia que se fundamente ‘apenas nas declarações do colaborador’; daí a jurisprudência da Corte exigir que a informação seja ratificada por outras provas”, escreveu Gonet. (UOL)
Especificidades
Ele comparou o caso com a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. “A situação destes autos difere substancialmente da estampada na PET 12.100, em que provas convincentes e autônomas foram produzidas pela PF, em confirmação dos relatos do colaborador”. (UOL)
Fui...
Bolsonaro já disse que não deixará o país, mas ministros do STF e agentes federais ouvidos pelo Blog da jornalista Andréia Sadi, de O Globo, discutem nos bastidores possíveis cenários de fuga caso ele seja condenado. Acredita-se que ele poderia fugir por terra para a Argentina, país presidido por seu aliado Javier Milei, e de lá tomar um avião rumo aos Estados Unidos, onde está seu filho Eduardo, licenciado do mandato de deputado federal. Outra possibilidade seria a fuga por um jatinho particular. (g1)
Termômetro
Segundo pesquisa do Ipespe obtida pela CNN Brasil, o presidente Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), são os nomes com maior potencial presidencial na avaliação do eleitorado. O estudo mostra que 40% consideram que Lula seria um bom presidente se reeleito para o quarto mandato em 2026, contra 57% que discordam, resultando em saldo negativo de 17 pontos. (CNN Brasil)
Escala
Tarcísio aparece como segundo mais bem avaliado, com 35% de opiniões positivas, embora 47% julguem que não seria um bom presidente – saldo de -12 pontos. Tarcísio foi quem obteve melhor projeção entre os que desaprovam o governo Lula, com 60%. A sequência do ranking traz, nas cinco primeiras posições, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com 33%; o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), com 30%; e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), com 28%. O levantamento ouviu 2,5 mil eleitores entre 20 e 25 de março. (CNN Brasil)
Sol nascente
O Presidente Lula da Silva (PT) deixou o Japão após quatro dias de agenda. O presidente assinou dez acordos e quase 80 instrumentos de cooperação entre Brasil e o país asiático. “Foi a visita mais importante das cinco que fiz ao Japão”, resumiu Lula em coletiva (íntegra) antes de embarcar para o Vietnã.
Foco
O objetivo da viagem foi abrir portas e aumentar o fluxo comercial entre os países, que caiu de US$ 17 bilhões em 2011 para US$ 11 bilhões, sobretudo em áreas como transição energética, agricultura, pecuária, ciência e tecnologia. A comitiva fechou a venda de 15 jatos da Embraer para a All Nippon Airways, maior companhia aérea japonesa, um negócio estimado em US$ 1,2 bilhão. Há ainda a chance de um acordo comercial entre Japão e Mercosul, e o anseio de abrir o mercado japonês para a carne brasileira. G1
Olhar fururo
A análise no meio político nacional é que Se Tarcísio sair mesmo candidato a presidente e deixar a candidatura ao governo de São Paulo ao prefeito da capital, Ricardo Nunes, isso é mais atraente para o MDB que a vaga de vice de Lula. Ainda mais porque, para assegurar a vice ao MDB, Lula precisará desalojar Geraldo Alckmin, possibilidade que está sempre rondando as especulações a respeito de 2026, mas que inclui enorme dose de desgaste.” (Globo)