O senador Márcio Bittar (MDB) continua no noticiário nacional por conta de ser apontado como um dos parlamentares que recorreram ao ‘Orçamento Paralelo’ para encaminhar recursos par outros estados. A edição de ontem, domingo (16), do jornal O Estado de São Paulo aponta que o senador acreano repassou R$ 50 milhões para municípios de Goiás e Ceará e nem um centavo para o Acre.
Discurso
“Não tenho a menor lembrança disso”, disse, ao ser indagado pelo jornal paulista, sobre as indicações de dezembro de 2020. Em seguida, porém, minimizou a importância de se apontar a autoria das indicações. “O que importa se foi indicação do Zé, do Pedro ou do Manoel? O que importa não é se foi usado o dinheiro público para uma obra e foi feito bem feito?”, argumentou Bittar.
Desrespeito
A postura do senador acreano embute equívoco. A indicação e o local para o qual houve o aporte de recursos federais importam muito, principalmente quando ele deixa de beneficiar o Acre, Estado que o elegeu, e em detrimento deste contempla outros estados bem mais ricos. Noutro dia o senador apareceu nas redes sociais ostentando uma camiseta (foto) onde restava grafado a mensagem “eu sou muito acreano”. A ser medido pela atual postura, pura bazófia!
Obras
O governador Gladson Cameli (PP) cumpriu agenda política nesse final de semana em Cruzeiro do Sul onde vistoriou os serviços que vêm sendo realizados para reconstruir a Rodovia AC-405 que dá acesso ao município de Mâncio Lima.
Engenheiro verão
Gladson ultima detalhes para forte intervenção no setor de infraestrutura do Estado, com obras que serão realizadas em todo o estado. “Para não perder recursos, essa semana reuni com engenheiros e arquitetos, que são servidores efetivos do Estado, para criar um incentivo na forma de remuneração, a fim de que eles nos ajudem na elaboração de projetos, que venham gerar empregos às famílias do nosso Estado. Além disso, na próxima semana iniciam as obras do anel viário de Epitaciolândia e Brasileia; as de Rio Branco e do interior; e também chamei a federação das indústrias, do comércio e as associações comerciais para realizarmos uma ação de obras de pequeno porte para aquecer a economia”, expôs o governador.
Porvir
Durante a visita o chefe do executivo expressou sua esperança de que o Acre vença a pandemia até meados de setembro. “Conversei com o embaixador americano e ele garantiu que estão vindo cem milhões de doses para o Brasil. É um cenário positivo e creio que até setembro estaremos virando a página da pandemia no nosso Estado. Por isso, eu faço o apelo para que as pessoas busquem se vacinar. Não deixem para amanhã o que pode ser feito hoje. Todas a vacinadas são eficazes contra o coronavírus e estão salvando vidas”, orienta Cameli.
Baixa
A morte de Bruno Covas abate o PSDB paulista em momento de instabilidade interna, cingido em correntes e vivendo o ocaso de líderes históricos. No curto prazo, a ausência de jovem neto de Mario Covas deve agravar esse eterno “fratricídio” tucano, que tem como horizonte próximo a disputa pelo governo do Estado em 2022. No longo, representa uma opção eleitoral a menos: Bruno encarnava a renovação do PSDB, após décadas de alternância no poder dos grupos de José Serra e Geraldo Alckmin, e era contraponto natural à força de João Doria.
Mais…
Quem entende do partido em São Paulo arrisca: sem Bruno Covas, haverá uma nova divisão com a parcela que apoia o ex-governador Alckmin, caso ele permaneça no PSDB.…luta.
Apesar da boa relação que Bruno Covas mantinha com João Doria, nos bastidores, os grupos reunidos em torno de ambos não se entendiam tão bem e disputavam espaços de poder no partido e nas máquinas da Prefeitura e do governo.
Divisão
O grupo de Bruno Covas comanda o diretório do PSDB na capital paulista. O estadual está com João Doria. Por fora, com apoios pontuais nos dois, corre Geraldo Alckmin.
Tsunami
Segundo senadores da CPI, cada ministro da Saúde foi derrubado por uma onda da covid-19. Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich caíram na primeira. Eduardo Pazuello não aguentou o baque da segunda. Marcelo Queiroga, contrário ao lockdown, agora está correndo da terceira…
Na…
Em webinar da Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática, o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO), autor do projeto que trata da repactuação de débitos não tributários, disse que seu texto deverá entrar em breve na pauta do Senado.
…agenda
No mesmo encontro, o deputado Luís Cláudio Miranda (DEM-DF) disse que deverá propor às duas Casas a votação de medida específica para o parcelamento de dívidas relativas a sentenças proferidas pela Justiça do Trabalho, assim como o PL do novo Refis de impostos.
Problemas à vista
Com praticamente todas as atenções voltadas para a participação do general Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia no Senado, marcada para a quarta-feira, o Palácio do Planalto deverá ter a próxima dor de cabeça na comissão já amanhã, terça (18), com o depoimento do blogueiro e ex-chanceler Ernesto Araújo.
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Depois de uma semana repleta de más notícias para o governo na CPI da Covid, esta já vai começar com um depoente que tem pouquíssimos amigos no Senado, mesmo entre governistas, foi defenestrado do time de Jair Bolsonaro há pouco há menos de dois meses e já demonstrou publicamente que não tem a mesma lealdade de antes ao presidente.
Prêmio de consolação
Araújo, por sinal, não deve ganhar como prêmio de consolação um posto no exterior. Segundo um integrante da cúpula do Itamaraty, a tendência é que o olavista fique em Brasília mesmo, mas ainda não se sabe em que função.
Agendas
Outro detalhe: enquanto o ex-ministro da Saúde era exaustivamente treinado pela equipe do Planalto, com direito a uma questionável visita de Onyx Lorenzoni depois de adiar o seu depoimento alegando receio de ter contraído a Covid-19, Araújo “curtia” férias depois de mais de dois anos à frente do Itamaraty.
Cardápio
Na comissão, ele deve enfrentar um batalhão de perguntas sobre a política externa do governo com relação às vacinas e também a remédios sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus, como a cloroquina. E também deverá ter que responder sobre sua turbulenta relação com a China, que pode ter custado ao Brasil o atraso na produção de imunizantes.
Saudosismo
Vale lembrar que, no começo do mês, o dono do blog “Metapolítica 17 – contra o globalismo” foi ao Twitter fazer um desabafo sobre sua passagem e saída do governo. E deixou escapar críticas ao ex-chefe. “Hoje o povo brasileiro tem a oportunidade de recuperar sua esperança, ao pedir ao PR Bolsonaro simplesmente que ele volte a ser o Presidente eleito em 2018, aquele que prometeu derrotar o sistema, o líder de uma transformação histórica e constitucional, o portador de uma missão”, escreveu.