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Jamaxi

Postura ignóbil 

A reunião da Bancada Federal do Acre com o governador Gladson Cameli, ocorrida ontem (04) (parte presencial e parte remota) para tratar dos interesses do estado, terminou por desaguar em pauta insólita, com o pedido ao governante que corte “cabeças” de jornalistas que criticam a ação parlamentar dos representantes federais.

Outro patamar 

O senador Petecão (PSD), coordenador da bancada, fugiu à pauta logo na abertura do encontro, arvorando-se como advogado do senador Márcio Bittar, e fazendo chegar ao chefe do executivo que Márcio sofre críticas de pessoas que possuem vínculo empregatício com o governo Cameli, restando subjacente em sua fala que eles (os parlamentares federais) estão acima do bem e do mal, portanto, imunes a críticas em suas ações públicas.

Pusilanimidade 

Em sua fala, a deputada federal Mara Rocha (PSDB) foi mais enfática, citando os jornalistas Altino Machado e Hedislande Gadelha como personagens que se encaixam nas figuras pintadas por Sérgio Petecão, aduzindo que o primeiro seja demitido de um cargo comissionado na Assessoria de Comunicação do Estado e o segundo tenha punição a partir da exoneração da esposa que ocupa cargo de confiança no setor da saúde.

Queixas 

Ainda na malfadada reunião, a deputada Vanda Milani (Solidariedade) externou sua insatisfação com secretários de Estado que estariam atrasando obras e não estariam dando a devida atenção para a execução dos objetos das emendas parlamentares. “Nossos projetos estão parados. Queremos mais rapidez para não perdemos a oportunidade de fazer as obras. Vai acabar nosso mandato sem resposta. Nosso governo precisa ser mais ágil. Eu quero que o senhor cobre os seus secretários. Dê uma chacoalhada nessa equipe”, reclamou a deputada.

Quadro preocupante 

No encontro com a bancada federal, o governador Gladson deixou registrado que o sistema de saúde do Acre poderá entrar em colapso, como ocorre no Amazonas e em Rondônia. De acordo com o chefe do executivo, hoje o sistema de saúde conta com 95% das unidades de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupadas. “Não vamos tapar o sol com a peneira, podemos chegar em colapso de saúde em dias, semanas, devido um aumento de mais de mil casos nos últimos dias”, ressaltou.

Ação 

Presente a constatação da difícil situação do setor da saúde no estado, o governador disse ainda que sua gestão não está de braços cruzados esperando pelo pior e que medidas já foram tomadas. “Estamos tomando as providências necessárias, como usina de oxigênio, ampliação de leitos e contratação de médicos”, declarou.

Reverberação 

O clima de tensão foi confirmado também pelo secretário de saúde, Alysson Bestene. “De acordo com estudos de especialistas, a curva epidemiológica aponta que daqui a duas semanas, poderá estar em colapso”, declarou.


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Rescaldo 

As eleições no Congresso provocaram avarias graves em vários partidos e grupos políticos. Em muitos casos, apenas o tradicional trabalho de funilaria e pintura não será suficiente para recolocar as coisas em ordem nas agremiações: para além das aparências, as traições, rasteiras e manobras oportunistas causaram estragos que inviabilizam a pacificação. Na definição do deputado federal Junior Bozzella (PSL-SP), as eleições nas Casas serviram para o “bolsonarismo se infiltrar nos partidos”, causar novos “rachas” e aprofundar os já existentes.

Novo cenário 

A crise no DEM pode ter desdobramento capaz de chacoalhar a política paulista e reagrupar a ordem das forças em torno de João Doria: o vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia, analisa fortemente deixar o partido de ACM Neto para ingressar no PSDB.

Resumo 

Se for concretizado, o movimento praticamente define a sucessão de Doria em 2022, caso o governador tucano consiga concorrer à Presidência da República: Garcia assumiria o Bandeirantes e disputaria a reeleição no cargo.

Dói

Deixar o DEM, no entanto, é uma decisão difícil para Garcia, liberal convicto e esteio do partido no Estado desde muito tempo.

Título

Ala importante do PSDB cobra do partido oposição imediata a Bolsonaro.

Resistência

Deputados desse grupo, porém, dizem que a distribuição de emendas feitas pelo governo em troca de apoio à eleição de Arthur Lira (PP-AL), dificulta esse processo. Mas lembram que a cobrança virá nas urnas.

Luneta… 

Baleia Rossi e Simone Tebet se reunirão na semana que vem em São Paulo para fazer um balanço do processo e avaliar quais caminhos o MDB deve seguir a partir de agora, principalmente em relação a Jair Bolsonaro.

…na mão

Emedebistas ligados à dupla avaliam que, tanto Baleia quanto Simone, podem representar uma renovação da sigla, mas para isso o partido precisa ter um norte à vista.

Dedo… 

Para o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a interferência direta de Bolsonaro nos partidos prova que o sistema político precisa ser reformado.

…na ferida

“Precisamos de menos partidos e que sejam mais programáticos, mais previsíveis. Caso contrário, vamos andar mais ainda em direção ao autoritarismo”, disse à Coluna.

Eu sou você… 

Bozzella lembra que o PSL já viveu esse filme antes.

…amanhã

“Agora, pelo menos, se separou o joio do trigo, os deputados se revelaram. Os partidos devem avaliar as traições e fazer uma reorganização para 2022. Só emenda, só espaço em comissão não reelege deputado”, disse.

É tetra

Presidente do PP e um dos principais articuladores da campanha de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara, o senador Ciro Nogueira (PI) reivindicou a vitória no bolão feito entre colegas. Afirma ter cravado os 302 votos que Lira obteve na disputa.