Em afirmação prestada ao programa Papo Informal, do site Noticias da Hora (https://noticiasdahora.com.br) a deputada federal Jéssica Sales (MDB/AC) disse que é pré-candidata ao Senado e também lecionou sobre a relação do MDB com o senador Marcio Bittar, que quer lançar a ex-esposa como candidata do partido à vaga.
Atravessando o samba
Jéssica Sales afirmou que não teria problema se Marcia Bittar fosse candidata em 2022 ao Senado, mas o senador Marcio Bittar sempre subestimou a grandeza do MDB.
Egocentrismo
“Eu disse recentemente sobre a minha candidatura. O nosso senador sempre teve nos encontros essa fala: ‘a minha ex-mulher é candidata no partido que o Bolsonaro for’. Se ele tivesse chegado assim, era melhor: ‘a minha candidata é a minha ex-esposa Marcia e gostaria do apoio de vocês [emedebistas]. Seria unânime o aval. Não houve, nenhuma vez pelo MDB, sempre colocando um partido, o Bolsonaro...”, disse Jéssica Sales ao falar do desprezo de Bittar ao partido que o elegeu.
Racionalidade
Ainda de acordo com Jéssica, antes de lançar sua pré-candidatura ao Senado, esta consultou o pai, o ex-prefeito Vagner Sales. Este disse a ela que consultasse primeiro a executiva local e depois a nacional. “Não teria dificuldade nenhum ela [Marcia Bittar] ir pelo nosso partido. Como houve essa manifestação por parte dele, dela ser candidata por outro partido, a gente não poderia ficar quieta. Desejo boa sorte, vamos lá pra disputa, pelo voto e pelo trabalho”, declarou.
Curriculum
O compromisso partidário sempre foi um elo fraco na corrente política de Márcio Bittar, mormente a ligação com o MDB. Em 1998, após ser o único parlamentar federal eleito pelo partido (deputado federal), tão logo saiu o resultado das urnas e o MDB figurou como derrotado no estado, Bittar pulou do barco e foi para o PPS, após para o PSDB e depois de refrega migrou novamente para o MDB, onde hoje está filiado, embora diga com constância que no ano que vem estará perfilado ao presidente Jair Bolsonaro e por consequência ao partido pelo qual o presidente dispute a reeleição. Neste périplo, resta lembrar sua origem partidária que foi o PCB (Partido Comunista Brasileiro).
Efeito contrário
Em sua ameaça ao Congresso, o ministro e general da reserva Braga Netto encampou um assunto que havia muito surgia nas rodas de conversas entre militares: a suposta “necessidade” de revisão do sistema eleitoral do País, mais especificamente, do escrutínio dos votos por meio eletrônico/digital. Ou seja, querem o tal “voto auditável”. Até militares que não guardam simpatia por Jair Bolsonaro compactuam com a ideia. Agora, um deles, avalia que a afoiteza do presidente e a pressão de Braga Netto enterraram o debate.
Deu ruim
Para esse mesmo general da reserva, a PEC do voto impresso foi “enterrada” após a reação da classe política, do Judiciário e da sociedade diante da insistência do governo.
Não…
A declaração de Hamilton Mourão reafirmando as eleições de 2022 foi muito elogiada nos meios militares. O vice falou em nome de um grupo e disse a jornalisas: “Não estamos mais no século 20. É lógico que vai ter eleição. Quem é que vai proibir eleição no Brasil, pô? Por favor, gente. Não somos república de banana, pô. Lógico que não, pô”.
…é assim
A fala serviu como um freio de arrumação de parte dos fardados diante da confusão provocada pelos fanáticos ideológicos bolsonaristas: defender “voto auditável” é uma coisa, ameaçar de golpe a democracia, outra, dizem.
Mais…
Se ficar confirmado o diagnóstico de que o debate sobre o voto impresso, finalmente, está interditado, sobrará dessa confusão toda apenas uma narrativa golpista para Bolsonaro tirar do colete, caso venha a ser derrotado em 2022.
…uma
Claro, por ora, Bolsonaro colhe benefícios imediatos de mais uma crise fabricada por ele próprio: a pandemia, o Fundo Eleitoral, a inflação e tantos outros problemas reais do País e do governo ficaram em segundo plano.
Vai vendo
Trabalhadores que se recusam a tomar a vacina contra a Covid-19 devem estar cientes de que podem ser demitidos por justa causa. Neste mês, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo confirmou a modalidade de demissão para uma auxiliar de limpeza de um hospital de São Caetano do Sul (SP) que se recusou a ser imunizada. Essa foi a primeira decisão em segunda instância sobre o tema na Justiça do Trabalho. A informação é do portal G1.
Bem senso
Segundo especialistas, a decisão foi acertada, principalmente, por se tratar de um ambiente de trabalho que oferece alto risco de contágio. Porém, em casos gerais, ainda não há consenso no Judiciário, já que não existe uma regulamentação específica sobre o assunto. Prevalece ainda o debate entre o direito de escolha do trabalhador e a segurança da coletividade, já que a recusa pode colocar os demais em risco.
Entendimento
Em fevereiro, o Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou orientação de que os trabalhadores que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19 e não apresentarem razões médicas documentadas para isso poderiam ser demitidos por justa causa. O órgão sugere ainda que as empresas conscientizem os empregados sobre a importância da vacinação e abram diálogo sobre o assunto.
Quem avisa...
No mais recente encontro que tiveram em São Paulo, o governador Flávio Dino, do Maranhão, que trocou o PC do B pelo PSB de olho numa vaga ao Senado, alertou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o risco de sofrer um atentado na campanha eleitoral do ano que vem. Não foi o único líder político a fazê-lo.
O ovo da serpente
Dino se disse convencido de que a próxima será uma campanha marcada por atos de violência devido à possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro ser derrotado. Segundo ele, o clima está sendo preparado para isso pelo próprio Bolsonaro e seus devotos mais radicais, vistam ou não farda.
Terreno fértil
Para agravar, o afrouxamento das regras para a compra de armas aumentou exponencialmente o número de brasileiros armados. Segundo dados da Polícia Federal, foram registradas 179.771 novas armas em 2020, aumento de 91% ante o registrado em 2019, ano em que já havia ocorrido forte alta de 84%.
Números alarmantes
A compra de pólvora no Brasil cresceu 46,5% em 2020, se comparado ao ano de 2018, antes de Bolsonaro assumir a presidência. Foram 24 toneladas compradas por pessoas que se dizem colecionadores, atiradores desportivos e caçadores. Bolsonaro defende que o povo se arme para evitar uma ditadura.
Comando
Quando Bolsonaro insiste para que o voto eletrônico dê lugar ao voto impresso, prepara o caminho para desqualificar os resultados das eleições se perdê-las. Conta para isso com o apoio do ministro da Defesa, general Braga Netto, e dos comandantes do Exército, da Marinha e Aeronáutica. Não é pouca coisa.
Precaução
Conselheiros de Lula acham que ele deverá expor-se ao mínimo na campanha eleitoral de 2022 e dedicar a maior parte do seu tempo à gravação dos programas de propaganda no rádio e na televisão, aos debates virtuais ou não, e a ações nas redes sociais. Atos de corpo presente só em ambientes restritos. Viagens, poucas.