Em pronunciamento na sessão remota de ontem, terça-feira (11), na Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) falou sobre a retirada das assinaturas dos deputados Jonas Lima (PT) e Fagner Calegário (Podemos) do pedido de CPI apresentado pelo deputado Daniel Zen (PT), que visava investigar a malversação de recursos na Secretaria de Estado de Educação.
Pesar
Ao lamentar a retirada dos nomes, o oposicionista disse que na disputa entre a Política e os negócios, venceu os negócios. “Houve também uma disputa entre o interesse público e o interesse privado, e prevaleceu o interesse privado. No embate entre cumprimento do regimento e o embargo de gaveta, derrotou-se o republicanismo. 21 dias sem publicação no Diário Oficial é inadmissível”, observou.
Exéquias
Para o comunista, a CPI da Educação foi velada ontem (10) e enterrada nesta terça-feira. “O que demonstra que depois de 21 dias, o governo chegou no termo e retirou duas assinaturas. Portanto, é preciso subscrever e deixar bastante claro que tipo de disputa houve. Não dá para tapar o sol com a peneira. O respeito das minorias precisa ser legítimo também. Eu respeito a decisão soberana de cada parlamentar, mas não posso deixar de lamentar”, complementou.
Solidariedade
Edvaldo Magalhães se solidarizou ainda com os professores das escolas da rede estadual que protestaram na última segunda-feira (10) contra o governo do Estado por não atender as pautas da categoria. Os manifestantes se reuniram no estacionamento da Arena Acreana e fizeram um buzinaço em direção à Casa Civil para cobrar da equipe econômica a retomada das negociações da data-base, emperrada desde o ano passado.
Passos de cágado
O deputado Neném Almeida (sem partido) usou seu espaço na sessão de ontem (11) da Aleac para questionar a lentidão no processo de vacinação no Estado. O parlamentar lembrou que o Acre aparece na última posição na aplicação de doses da vacina, no ranking nacional. “Nós não estamos mais entre os estados com menor índice de vacinação, agora nós aparecemos na última posição, isso é péssimo. Estão brincando com a vida dos acreanos”, disse.
Mexam-se!
O deputado também fez críticas ao secretário de saúde de Rio Branco, Frank Lima. “Ele disse que estava dando um presente para as grávidas da capital ao anunciar a vacinação. Eu quero dizer ao secretário que presente a gente dá quando compramos com o nosso dinheiro, ele não está fazendo mais que sua obrigação ao garantir a vacinação das mulheres grávidas”.
O parlamentar destacou ainda a importância da vacina para a população acreana: Infelizmente, o que estou vendo é um verdadeiro carnaval acerca do assunto, tanto na capital quanto no interior. Se faz inúmeras propagandas sobre compra de vacina, mas cadê? O nome disso é politicagem. Chega de palanque político. Vacina já! ”, complementou.
Desobediência
Jair Bolsonaro, como se sabe, anda incentivando apoiadores a protestarem contra as medidas de segurança adotadas por governadores e prefeitos na pandemia. O desrespeito de Bolsonaro ao distanciamento social e ao próprio plano de governo sobre uso de máscaras é diário. No fim de semana passado, ao falar do protesto convocado por ruralistas para atacar medidas restritivas na pandemia, o presidente chegou a dizer que estará na manifestação.
Sinais trocados
Divulgada ontem, terça (11), a pesquisa XP-Ipespe mostra que o negacionismo de Bolsonaro está fazendo bem a prefeitos e governadores. Enquanto o presidente pena na pesquisa de popularidade, a avaliação positiva de prefeitos e governadores subiu na rodada de maio.
Efeito bumerangue
A avaliação da atuação de Bolsonaro na pandemia é ruim e péssima para 58% dos brasileiros. Em relação ao mês passado, a parcela que considerava o trabalho do presidente ótimo ou bom evoluiu de 21% para 22%. Já os governadores têm o trabalho aprovado no combate à pandemia por 35% dos brasileiros enquanto os que rejeitam o trabalho caíram de 31%, no mês passado, para 28% agora. A pesquisa mediu a avaliação da atuação dos prefeitos. No mês passado, os mandatários municipais eram bem avaliados por 41% dos brasileiros. Agora, têm 43% de ótimo e bom e só 17% reclamam do trabalho.
Esmiuçando
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou representações junto ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar o “Bolsolão”, como está sendo apelidado o orçamento montado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no fim de 2020, com o intuito de aumentar a base de apoio no Congresso Nacional.
Esclarecimentos
Na manifestação, o senador pede que os órgãos “tomem providências urgentes” para apurar a denúncia, revelada pelo jornal O Estado de S.Paulo. “A população brasileira merece ser esclarecida no que toca à existência desse tipo nefasto de barganhas e acertos eleitoreiros. O Brasil precisa de ciência e espírito republicano, e não mais desses achincalhos orçamentários”, defendeu na representação.
Mais do mesmo
O comando da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid não descarta reconvocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para depor mais uma vez ao colegiado. Segundo o relator Renan Calheiros (MDB-AL), o novo convite se faz necessário após oitiva do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. “O depoimento de ontem [terça-feira (11/5)] rebaixou ainda mais o depoimento do ministro Marcelo Queiroga, e criou um parâmetro para o depoimento dos próximos [inquiridos]”, afirmou Renan a jornalistas.
Minúcias
O relato classificou o depoimento de Barra Torres como “surpreendente”. “De certo modo, nos surpreendemos. Ele confirmou que impediu de mudar a bula da cloroquina, contestou as declarações do presidente Jair Bolsonaro e confirmou a presença de um assessoramento paralelo ao Palácio do Planalto”, explicou.
Alerta máximo
O presidente Jair Bolsonaro está preocupado com a possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto e a possibilidade da articulação de uma “frente ampla” pela esquerda. A preocupação foi externada em reunião com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo fluminense, no dia 5 de maio, véspera da chacina na favela do Jacarezinho. Bolsonaro pediu unidade a aliados no estado, sua base eleitoral.
Sem registro
Todos os presentes no encontro de Bolsonaro, do qual participaram com ministros, secretários estaduais e políticos foram proibidos de gravar a conversa, de acordo com informações da revista Veja.
Intrigas paroquiais
Bolsonaro não descarta apoiar outro nome ao de Castro para o governo do Rio. Um dos motivos é a influência do Pastor Everaldo Dias Pereira, presidente do PSC e preso na Operação Tris In Idem, tem no estado. O PSC era o partido de Bolsonaro antes de ele entrar no PSL. Os dois são brigados atualmente. Outro entrave para pedir votos a Castro é Rodrigo Abel, chefe de gabinete e braço-direito do governador. Abel é um petista histórico. Foi presidente da Juventude do PT.
Lula nas pesquisas
A Pesquisa XP/Ipespe, divulgada ontem, terça-feira (11), apontou que, na pesquisa estimulada, o ex-presidente Lula e Bolsonaro apareceram com 29% das intenções de voto no primeiro turno. Em seguida ficou Ciro Gomes, do PDT, com 9%, Sérgio Moro (8%). Em um segundo turno, Lula tem 42% das intenções de voto contra 40% de Bolsonaro. Apenas com os votos válidos, Lula tem 51% e Bolsonaro, 49%.