Em entrevista concedida na última quarta feira ao jornalista Nelson Liano, do portal Noticias da Hora, o governador Gladson Cameli (PP) falou sobre as abordagens críticas do deputado estadual José Bestene (PP) em relação ao seu governo, especificamente sobre a gestão do setor saúde, mormente àquelas ligadas a exonerações na Saúde e a importação de gestores de outros estados para atuar no Acre.
Divórcio
Dentre outras coisas, o governador Gladson Cameli (PP) disse ao jornalista Nelson Liano que poderá deixar o PP, partido que lhe emprestou legenda para o exercício da vida política. Pelo entendimento do jornalista, ao que parece, Gladson quer cortar todas as ligações com a família Bestene e para isso precisaria deixar a casa progressista.
Prestígio
Quanto a atuação da secretária de saúde Mônica Feres, que vem recebendo críticas de diversos setores, Gladson manifesta que ela está prestigiada e com desempenho a contento. Gladson acredita que o projeto de gestão da secretária irá resolver os problemas mais urgentes da saúde pública acreana. Ele dá até uma data para a população sentir os efeitos das mudanças: entre novembro e dezembro deste ano.
Bônus sem ônus
Relata, ainda, o jornalista que o governador reclamou de alguns deputados estaduais da sua base na ALEAC, que não defendem o seu Governo. Ele disse que todos estão muito mais preocupados em usufruir das benesses do poder, mas sem cumprir o papel que deveriam. No dizer do escriba, podem acontecer mudanças nas relações do Governo com alguns desses parlamentares.
Não me diga!
Ao ser procurado na manhã de ontem para comentar as declarações de Cameli, Bestene se disse surpreso com a atitude do governador. Mas, disse que ia procurá-lo para ouvir dele o desejo de sair do Partido. Ontem mesmo, ventilou-se a informação que Bestene se reuniu com seu grupo político e havia anunciado sua saída da base de apoio a Cameli. Ao que parece, Gladson se antecipou a Bestene e preferiu anunciar que é ele que poderá deixar o Partido.
É mesmo?
“Vai sair? Isso é novidade, né? Rapaz, eu não acredito, eu prefiro ouvir dele. A minha opinião é, não desrespeitando a matéria, mas eu preciso ouvir do próprio governador. Não gostaria que ele realmente tomasse essa decisão. Ele é a maior liderança do Partido e, enfim, para mim é surpresa no que estou acabando de ouvir”, disse o deputado José Bestene ao ser abordado pelo informativo Noticias da Hora.
Questão de justiça
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu nesta sexta-feira (23) que o judiciário deve um julgamento justo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Elementar
Se Lula merece um julgamento justo, como diz Gilmar, logo se depreende que o ex-presidente foi condenado injustamente. Trata-se de um reconhecimento público do judiciário da inconstitucional prisão do petista.
A voz da consciência
“É importante fazer essa análise com todo o desprendimento. A mídia se tornou num determinado momento muito opressiva. O bom resultado não é só aquele que condena. Isso não é correto. A gente tem que reconhecer que devemos ao Lula um julgamento justo”, afirmou Gilmar Mendes.
De volta ao começo!
A declaração do ministro do STF se deu no contexto da condenação de Lula no caso tríplex de Guarujá, cuja sentença foi prolatada pelo ex-juiz Sérgio Moro, que não apresentou provas no processo. “Anular a condenação [do Lula], se eventualmente ocorrer por questão de suspeição, isso leva a um novo processo. Eventualmente isso pode ocorrer”, considerou Gilmar, apontando a ilegalidade na prisão de Lula.
Cárcere
Gilmar se manifestou em uma entrevista exclusiva à agência Reuters, na quinta (22). Lula é mantido preso político da Lava Jato há mais de 500 dias na Polícia Federal de Curitiba.
Manifestação
O ex-governador e ex-senador Jorge Viana, engenheiro florestal de profissão, em um vídeo postado na manhã de ontem, sexta-feira (23), no Facebook, teceu considerações sobre desmatamento, queimadas e fumaça, que segundo ele o debate já ganhou o mundo. Viana diz que apesar da situação ser gravíssima, há muita desinformação no que as pessoas estão falando, e que, lamentavelmente, essa questão tem dividido o país.
Dados
De acordo com o ex-senador o maior desmatamento do país ocorreu nos anos 90, durante o governo FHC, quando eram desmatados 30.000 km² de floresta por ano. Logo depois, no início dos anos 2000 quando Lula assume o país, o desmatamento fica em 25.000 km²/ano e só quando Marina Silva assume o Ministério do Meio Ambiente é que de fato esse número começa a cair, quando o Governo Federal adota um política pública que junta a sociedade, Ong’s e produtores.
Gestores
Viana diz que só após esse pacto firmado sob a coordenação de Marina Silva é que o Brasil conseguiu reduzir em mais de 80% o desmatamento, e com isso ganhou moral no mundo inteiro. Na época em que a ministra do Meio Ambiente era a Isabela Teixeira as taxas de desmatamento eram de 5.000 km²/ano.
Vale tudo
“Eu era relator do Código Florestal naquela época e pacificamos a relação entre floresta e produtores. Foi muito bom. O problema agora é outro. O Brasil é um grande produtor de alimentos, tem 20% da biodiversidade do planeta, mas agora existe uma tendência de crescimento em nome do desmatamento, do ano passado pra cá, tivemos um aumento de mais de 80% (do desmatamento) e isso é gravíssimo”, disse.
Exploração racional
Ainda de acordo com Jorge Viana, se essa tendência seguir o Brasil pode voltar aos índices dos anos 90. “Se a gente tívesse uma política de valorização da floresta e da biodiversidade nós teríamos algo maior do que o agronegócio, que hoje representa 23% do PIB brasileiro, só com o uso sustentável da floresta. Em vez desse conflito todo nós teríamos que estar buscando uma solução. Mas a solução só vai vir se nós pararmos essa tendência de destruição e desmatamento que estamos vivendo hoje”, concluiu.