Sob encomenda da TV Gazeta, o Instituto RealTime Big Data divulgou nesta terça-feira (10) a primeira pesquisa realizada este ano com vistas às eleições 2022. Na disputa para o governo do Estado, na modalidade estimulada (quando o nome dos candidatos é citado pelo pesquisador), Gladson Cameli seria reeleito com 62% dos votos; Petecão teria 13%; o deputado estadual Jenilson Leite (PSB), 3%; David Hall (Cidadania), 1%. 12% dos entrevistados declararam votar nulo ou branco e 9% não quiseram ou não souberam responder. Na sondagem para o governo, o ex-senador Jorge Viana (PT) não foi incluído, vez que o Instituto RealTime Big Data e a TV Gazeta entenderam que o petista vai para a disputa do Senado Federal em 2022.
Disputa ao Senado
A pesquisa estimulada para saber o voto do acreano ao Senado da República revelou que, se a eleição fosse hoje, o ex-governador e ex-senador Jorge Viana (PT) seria o eleito com 21% da preferência dos eleitores. O atual deputado federal Alan Rick (Dem) aparece em segundo, com 12%; Jéssica Sales (MDB), com 9%; Márcia Bittar (sem partido), com 5%; Mailza Gomes (PP), com 2%; Sanderson Moura (Psol), 2%; e Vanda Milani (SDD), com 1%. Brancos e nulos somaram 15% e 33% não quiseram ou não souberam responder.
Reconhecimento
A RealTime Big Data também perguntou aos entrevistados quem eles consideram o melhor governador do Acre nos últimos 30 anos. Para 39% das pessoas ouvidas, Jorge Viana foi o melhor governador do período. Gladson Cameli apareceu em segundo, com 21% da preferência; Orleir Cameli foi citado por 14%; Tião Viana por 11%; Binho Marques, 4%; Romildo Magalhães 1%, e 10% não quiseram ou não souberam responder.
Regozijo
Sobre os números apurados na pesquisa, o ex-governador e ex-senador Jorge Viana foi às redes sociais deixar impressão: “Saber que quase 40 por cento das pessoas, quando perguntadas, avaliam o nosso “Governo da Floresta” como o melhor dos últimos 30 anos, me deixa com a certeza de que vale a pena continuar a luta para que o Acre venha a viver, novamente, bons momentos em sua história. Já se passaram vários anos, mas as pessoas que viveram aquela virada de século, com as esperanças de um futuro melhor, não esquecem e dão valor ao que foi construído e conquistado com o trabalho de toda uma geração”.
Ação conjunta
E foi além: “Por isso digo sempre: é possível superar as grandes dificuldades que vivemos hoje, se tivermos um programa de trabalho claramente definido, para melhorar as condições de vida da população, gerar empregos e aproveitar com inteligência nossos recursos naturais, se as nossas lideranças políticas, as instituições e as organizações da sociedade se unirem com objetivo de criar um ambiente de paz, propício ao trabalho, e se dermos oportunidade aos melhores profissionais em cada área, entendendo a política como o compromisso de servir a uma causa, não apenas a filiação partidária”.
Avaliando o cenário
Finalizando, Viana agradeceu o reconhecimento e se disse receptivo em colocar seu nome para apreciação no ano vindouro, sem, no entanto, definir o cargo a disputar. “Agradeço, também, a todas as pessoas que declaram sua intenção de voto e sua vontade de que eu seja candidato nas eleições do próximo ano. Mas esclareço que, por enquanto, ainda quero viajar muito pelo Acre, conversar com muita gente, reunir idéias e projetos, compartilhar esperanças para o futuro, defender os direitos de nossas comunidades da floresta, do campo e da cidade. Candidatura nas eleições será possível e necessária, se for a expressão de um projeto coletivo, que reúna as melhores aspirações de nosso povo. Vamos em frente!”
Baixa tucana
Pela primeira vez, o ex-governador de São Paulo e ex-candidato à presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB), admitiu publicamente que deixará o PSDB. A definição, segundo ele, deve ocorrer nas próximas semanas. “Eu devo realmente sair e a definição deve ocorrer aí nas próximas semanas”, afirmou Alckmin, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, durante evento em Santos (SP).
Revés
Desde 1988 no PSDB, Alckmin governou São Paulo por quatro mandatos e começou a perder espaço na legenda depois da campanha de sua 2ª disputa presidencial em 2018 (a 1ª foi em 2006), quando recebeu cerca de 5% dos votos. O desempenho do tucano foi o pior da história do partido. Nos últimos meses, Alckmin começou a cogitar a saída depois que o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, deixou o DEM para se filiar ao PSDB. Com isso, Doria abriu caminho para seu plano de sucessão tendo Garcia como afilhado político e isolando Alckmin na sigla.
Criador e criatura
O ex-governador foi o padrinho político de Doria quando este se tornou prefeito de São Paulo em 2016. Eles foram aliados até um ano depois, quando Doria passou a almejar a candidatura ao Planalto, posto que estava reservado para Alckmin. Após a ruptura, aliados de Alckmin passaram a se referir a Doria como “traidor” e ele passou a sofrer resistência interna no partido.
Opções
O futuro político do ex-governador de São Paulo já vem sendo discutido nos bastidores com legendas como o PSD, de Gilberto Kassab, e o DEM. Mas não só. Alckmin também recebeu convites para migrar para outras siglas como PSL, Podemos e PSB. Ainda assim, ele está mais próximo do PSD, já que é a sigla que tem mais estrutura partidária e, segundo avaliação de Alckmin, tem mais condições de construir um arco de alianças para disputar o executivo estadual.
Dividendos
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) é, por ora, quem mais soube lucrar politicamente com a crise do voto impresso. Em busca de encarnar a terceira via, o presidente do Senado se posicionou firmemente desde o primeiro momento em favor das instituições e da democracia. O contraste com Arthur Lira (PP-AL) também favorece Pacheco.
Prejuízos
A propósito da postura claudicante do presidente da Câmara, vacilante em relação a esses temas, Ele sai desgastado com parte dos colegas do Centrão e da centro-direita por tê-los exposto em relação ao Planalto quando resolveu levar a votação ao plenário.
Olha só
Sobre a sessão de ontem que decretou a derrota do propalado voto impresso, deputados governistas relataram ameaças feitas por bolsonaristas via WhatsApp e muitos ataques em redes sociais. Há também dúvidas se os tanques teriam ido para a rua caso Lira tivesse respeitado o resultado da comissão especial e enterrado o voto impresso.
Surfando
Enquanto Lira suava na Câmara para garantir a viabilidade de sua manobra de derrotar em plenário o voto impresso, já derrotado na comissão, o Senado anulava a Lei de Segurança Nacional, e Pacheco dizia que “ninguém intimidará” o Congresso.
Deu ruim
O empenho final de Lira contra o voto impresso, telefonando diretamente para deputados, deixou em situação ainda mais complicada no Planalto o ministro Ciro Nogueira, do mesmo PP de Lira.
Uau
Pacheco conversa com o PSD de Gilberto Kassab sobre eventual candidatura a presidente em 2022. A maré apresenta-se favorável ao senador mineiro.