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Polêmicas

Polêmicas

As indicações do senador Márcio Bittar (UB) para a chefia da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a Secretaria-adjunta da pasta, no segundo mandato do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), estão gerando críticas por ocorrências que envolvem o currículo das personagens. O senador emplacou a nora Flaviane Agustine Stedille, esposa de João Paulo Bittar, presidente regional do PL, como titular da pasta e a publicitária Charlene Lima como secretária adjunta.

Mídia

Flaviane Agustini ganhou o noticiário em 2022 por sua ligação com o caso do “orçamento secreto” gerido pelo Câmara e o Senado Federal. Em dezembro daquele ano o site Metrópoles publicou uma denúncia envolvendo Flaviane, que, na condição de cidadã comum e voluntária na ONG Associação de Apoio Renovatio, solicitou do orçamento da União R$ 4 milhões para a entidade, tendo como ponte o senador Márcio Bittar. A ONG, com sede em São Paulo, portanto, alheia aos interesses do Acre, é voltada à doação de óculos e foi escolhida por Flaviane para receber o dinheiro.

Imbróglio

A solicitação foi feita por meio de uma ferramenta que permitia o anonimato da origem da indicação, depois descoberta que a mesma estava associada ao senador Márcio Bittar, seu sogro. Embora o episódio tenha gerado questionamentos sobre a transparência no uso dos recursos públicos, até a presente data ele não resultou em qualquer condenação.

Palpos de aranha

Já Charlene Lima, por sua vez, teve seu nome relacionado as investigações da Polícia Federal junto a Assembléia Legislativa do Acre, que desembocou no processo 0007492-69.2018.4.01.3000, que corre na 2ª Vara da Justiça Federal, que resultaram na prisão de sete pessoas em Rio Branco, Sena Madureira e Xapuri. Charlene, proprietária da empresa VT Produções, foi presa e ficou detida por 40 dias sob acusação de fazer parte do esquema de desvio de recursos públicos. Após, via delação premiada, detalhou minucias do crime e foi aquinhoada com os Benefícios da Delação Premiada.

Nitroglicerina

A VT Produções manteve contratos com a Assembleia Legislativa do Acre que chegaram a R$ 17 milhões e restou apurado que o contrato funcionava como biombo para o desvio de recursos por parte dos administradores da Casa, a época presidida pelo hoje secretário de esportes do governo Cameli, o ex-deputado Ney amorim. Além de Charlene, funcionários da Agência de Publicidade também foram presos.

Compasso

No caso envolvendo a Aleac, a Polícia Federal não divulgou o valor exato do prejuízo aos cofres públicos, mas a operação revelou um esquema milionário de desvio de dinheiro. Embora a investigação não tenha envolvido deputados estaduais, o caso gerou especulações sobre possíveis desdobramentos e a ação para responsabilizar os larápios está em trânsito.

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Prego batido

O vice-presidente da executiva dos Progressistas no Acre, economista Lívio Veras, em que pese burburinhos, ontem, 05, em contato com a coluna, deu como pacificada as relações do PP com o prefeito da capital Tião Bocalom(PL), na medida que está assegurado a um indicado pelo partido a participação da sigla no primeiro escalão da gestão municipal.

Participação

Livio entende que além do seu partido ter emprestado o nome do vice (Alisson Bestene) para compor a chapa com Bocalom, os entendimentos encetados pelo governador Gladson Cameli com o prefeito para a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Rio Branco, garantem a manutenção da aliança que vem dando certo, daí o consenso em apoiar o vereador Joabe Lira (UB), escolha do prefeito, para presidir a Câmara de Rio Branco.

Corrente

Veras enxerga que o momento requer altruísmo das partes e que o importante é a manutenção da aliança vencedora em 2024 na capital para embates futuros: “Ele (o governador) quer consolidar ainda mais essa aliança e não vê motivo para que o Progressistas, o União Brasil, PL, PSDB, Solidariedade, Podemos não continuem essa magnífica coligação”, destaca Lívio Veras.

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Dia da infâmia

Na próxima quarta-feira.08, completam-se dois anos do mais grave ataque à democracia brasileira desde o fim da ditadura militar: uma turba de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes. Em julho de 2023, o presidente Lula encaminhou ao Congresso dois projetos de lei como parte do chamado “pacote da democracia”, aumentando as penas e tipificando mais crimes contra a ordem democrática e facilitando a apreensão de bens dos envolvidos.

Barreira

As medidas, porém, enfrentam uma barreira aparentemente intransponível: o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cujo mandato expira no final do mês. Quase um ano e meio depois, ele mantém na gaveta os dois projetos, que não foram sequer encaminhados às comissões temáticas para análise.

Ato

Independentemente do andamento dos projetos, Lira foi convidado a participar no dia 8 de uma cerimônia organizada por Lula para lembrar os dois anos da tentativa de golpe. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o presidente vai abrir no Planalto uma exposição de 21 peças que foram destruídas no ataque e restauradas e fazer uma solenidade para a qual convidou os presidentes dos demais Poderes e governadores. Em seguida, Lula participará de um abraço simbólico à Praça dos Três Poderes organizado por movimentos sociais.

Enquanto isso...

Os advogados do ex-deputado Daniel Silveira (PL-RJ) encaminharam um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele seja solto com base no indulto de Natal assinado por Lula no dia 23 de dezembro. Preso em 2021 por ataques nas redes a ministros do Supremo, Silveira havia sido solto no dia 20 de dezembro por já ter cumprido um terço da pena, mas acabou voltando para a prisão no dia 24 por descumprir restrições impostas pela Corte. Sua defesa alega que ele cumpre duas condições para ser incluído no indulto: estava em “livramento condicional” no dia da publicação do ato e a menos de seis anos do fim da pena. O decreto de Lula, porém, estabelece que o benefício não se aplica a condenados por crimes contra a democracia.

Tête-à-tête

Levado pelo ministro da Defesa, José Múcio, o comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, esteve na sexta-feira com o presidente Lula para se explicar sobre um vídeo publicado pela Arma. A peça, divulgada no início de dezembro, ironizava “supostos privilégios” das Forças Armadas, mostrando soldados treinando e civis em momentos de lazer, numa referência à inclusão dos militares no pacote de cortes de gastos do governo.

Agastados

Tanto Lula quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ficaram muito irritados com o vídeo, a ponto de o presidente rejeitar uma proposta que vinha sendo negociada de transição mais lenta para a aposentadoria por idade dos militares. Lula também determinou que todas as peças publicitárias das Forças Armadas terão de ser aprovadas previamente pelo ministro da Defesa.