Nada é tão ruim que não possa piorar. Em que pese a política discricionária em relação aos servidores públicos, mormente na reposição salarial, o ministro da Economia Paulo Guedes planeja incluir no pacote da reforma administrativa, a ser implantada no estado brasileiro, um projeto de lei que acaba com a estabilidade dos servidores públicos nas esferas dos poderes.
Olho da rua
Trata-se de mudanças que serão feitas para tornar mais rígido o processo de avaliação do funcionalismo. A idéia, segundo integrantes do ministério de Guedes, é que só um órgão colegiado, formado por mais de uma pessoa, possa chancelar as demissões, o que para eles evitaria acusações de perseguição política.
Maldade própria
O Projeto de Lei não é novidade. Apesar de já tramitar no Senado um projeto de lei que determina a exoneração por rendimento ruim - conceito renegado por setores do espectro político da esquerda, que defende treinamento para àqueles que não apresentam rendimento satisfatório - membros do time de Paulo Guedes querem encampar a própria proposta.
Ungidos
Uma das idéias é mudar a Constituição para deixar explícito que o mau desempenho pode ser motivo para a saída dos quadros, assinala a revista Fórum. Outra opção exigiria apenas a regulamentação de artigo da Constituição que prevê a demissão do servidor por processo administrativo. Se não alterar a Carta, a regra atingirá servidores em atividade e àqueles admitidos em data posterior à reforma.
Subindo pra baixo
O governador Gladson Cameli (Progressistas) nomeou Thiago Caetano como secretário de Estado Extraordinário de Assuntos Estratégicos.Caetano foi defenestrado da supersecretaria de Infraestrutura na última sexta feira, donde saiu trombeteando que estava sendo promovido. O anúncio foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira (30).
Enigma
Segundo decreto n°4.919, o governo instalou o cargo de Secretário de Estado de natureza extraordinária, para a condução de assuntos ou programas estratégicos de interesse público. Na realidade, ninguém sabe qual a função da dita secretaria extraordinária. Deve ser igual a peito de homem, que segundo a sabedoria popular, ninguém define pra que serve.
Me engana que eu gosto!
Por meio das redes sociais e nos meios de comunicação da imprensa oficial, Caetano comemorou exultante a nomeação na nova função. “Obrigado Governador pela confiança. Em 2019, a missão que me foi confiada foi cumprida; alcançamos todas as Metas determinadas pelo Governador”, destacou. Agora uma indagação: se cumpriu a missão designada, por que foi corrido do cargo ao término do primeiro ano do novo governo?
Desconjuro
A propósito do Thiago Caetano, no domingo, 29, a guisa de homenagear a passagem do aniversário de Rio Branco, ocorrido no sábado, 28, ele fez publicar nas redes sociais um texto nominado de ‘poema’, que segundo asseclas homenageava a cidade. Coisas do tipo: “Do estado és Capital, e precisa a ele se alinhar, para os Grandes Resultados impulsionar…” .
Nokdaun
Pensa que acabou? Espere... tem mais! “És nosso Futuro, Nossa Esperança… Nossa Cidade…///Feliz Aniversário… Que venha sobre ti, e sobre todos que escolheram contigo viver…///Avante, que venha 2020, é Tempo de Vencer… “ . Se pudesse verbalizar alguma coisa, por certo a problemática Rio Branco diria: Vade retro, Satanás! Não faça mais isso não; pegue esse texto ginasiano e ofereça essa homenagem a outra!
Foto
Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas indica que a maioria da população considera que a corrupção no setor público ficou igual ou aumentou durante o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro.
Ceteris Paribus
Ensina o Introdução à Economia que Ceteris Paribus, ou ainda Coeteris Paribus, da tradução “todo o resto constante”, é uma condição muito utilizada na ciência econômica para explicar diferentes modelos ou teorias, considerando como inalterados outros fatores que possam a influenciar.
Percepção
Pois bem! A pesquisa feita pelo Instituto Paraná, que utilizou uma amostra de 2.222 pessoas, distribuídas por sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica,em 166 municípios brasileiros entre os dias 14 a 18 de dezembro, mostra que 12% consideram que a corrupção aumentou e 46% opinam que permaneceu igual durante o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro. Para 39,2%, a corrupção diminuiu e 2,8% não souberam opinar.
Desnudado
Cai por terra, portanto, um dos principais discursos do então candidato Jair Bolsonaro, que tem no rastro familiar o escândalo das ‘rachadinhas’, prática que consistia na subtração do salários dos funcionários do então deputado estadual pelo Rio de Janeiro, o hoje senador Flávio Bolsonaro (sem partido), primogênito do presidente. Ao longo do ano, Bolsonaro fez todo tipo de malabarismo para afastar a justiça das investigações envolvendo o filho, ação que solidificou na opinião publica a certeza de que o discurso de campanha era ouro de tolo.
Stress
O deputado federal Julian Lemos (PSL-PB) discutiu nas redes sociais neste domingo (29) com o segundo filho do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
Baixo nível
“Você pode bancar o fodão para muita gente, pra mim não, esse ano o lugar do debate vai ser no microfone da Câmara dos Deputados, o remédio de um doido é outro na porta. Esse aí é o grande influenciador do líder do nosso país, apenas um desequilibrado, Carluxa...Tu é um merda!”, escreveu o deputado em mensagem no Twitter.
Dissidência
O congressista foi o principal articulador de Bolsonaro no Nordeste durante as eleições de 2018. No entanto, ele se distanciou do círculo próximo do mandatário e ficou do lado do presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), após o racha na sigla que resultou na saída do próprio presidente da República do partido.
Reação
A declaração de Julian foi uma resposta a um vídeo publicado por Carlos mais cedo neste domingo. No conteúdo divulgado pelo vereador há um áudio atribuído ao deputado da Paraíba no qual ele critica de forma genérica os filhos de Jair Bolsonaro.
Endereço certo
Embora não cite nomes, há menções às investigações de acúmulo de salário de assessores envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Sem partido-RJ).