Ontem, sábado, 25, o prefeito e Rio Branco Tião Bocalom conseguiu edificar a aliança que dará suporte a sua candidatura à reeleição, que terá como viga mestra o PL, o PP e o União Brasil. A chapa que concorrerá ao pleito foi anunciada na sede do PP aqui na capital, pela manhã, tendo o secretário de governo Alysson Bestene na condição de vice.
União
O evento que precedeu o anúncio contou com a presença de militantes, comissionados e secretários de Estado e do Município. Os maiores representantes partidários da aliança, no caso o governador Gladson pelo PP e Bocalom pelo PL, externaram otimismo com o entendimento, verbalizando que a parceria significa a união entre o executivo municipal e o estadual.
Euforia
Cameli disse que as indiferenças precisam ser esquecidas pela unidade política e administrativa entre a prefeitura e o governo do Acre. “O que está dando certo não precisa ser mudado. O que passou, passou. Em todas as áreas a gente precisa ter parcerias. A gente só precisa aperfeiçoar a parceria”, reforçou o governador. “Quem não quer o apoio de um governador?”, indagou Bocalom. “É a união da nossa direita acreana. É um sonho. Estou muito feliz porque o Alysson é um amigo e parceiro de muitos anos”.
Chancela
Representando o União Brasil, o presidente da executiva municipal de Rio Branco, Fábio Rueda, chancelou apoio à aliança Bocalom/Alysson: “Estou muito feliz por entregarmos o que há de melhor para a população da nossa capital. Cheguei ao nosso estado no final de 2010, para suprir uma carência desse estado, as cirurgias cardíacas. Era apenas um jovem médico, com sonhos. Nesse tempo, nunca me interessei de fato pela política. Só nos últimos dois anos que me propus a ingressar nessa área para ajudar ainda mais as pessoas, e é com muita alegria que estou aqui”.
História
Para quem não lembra, a mesma chapa já testou nas urnas o apoio do rio-branquense. Foi em 2012, quando a dupla (Bestene e Alysson) foi derrotada pelo ex-prefeito Marcus Alexandre, então representando o PT, que tinha como vice o professor Márcio Batista (PCdoB) e Alexandre buscava seu primeiro mandato como prefeito de Rio Branco. Depois, em 2016, Alexandre concorreu a reeleição tendo como vice a hoje deputada federal Socorro Neri (PP), que representava o PSB. Em outubro próximo teremos um novo roud, desta feita com a participação do deputado Emerson Jarude (Novo).
Sobe e desce
Ativo militante do MDB, partido onde militou por mais de 40 anos e chegou a exercer o cargo de vereador, deputado estadual, federal e prefeito de Rio Branco, governando a capital entre 1997/2000, o ex-prefeito Mauri Sérgio (sem partido), tido e havido com o pior gestor que já ocupou o paço municipal, deu as caras no evento que marcou o anúncio da aliança Bocalom/Alysson. Deslocado politicamente e sem expressividade eleitoral, Mauri ‘abicorava’ o evento assistindo num telão os discursos dos protagonistas, posto que outrora ocupou na condição de ator principal. O registro é do jornalista Luciano Tavares, do site Notícias da Hora.
Sufoco
O conselheiro Cristovão Messias condenou o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (Podemos), a devolver R$ 44.287,70 em virtude do pagamento em duplicidade dos serviços prestados por uma empreiteira de construir uma escola municipal.
Providências
Além de uma multa de 10% em decorrência do prejuízo dados ao erário público, notificação do prefeito prestar informações de todas as licitações que não foram cadastradas no portal do Licon, inclusive as adesões a atas de preços e comunicação do ocorrido ao Ministério Público Estadual (MPAC) para tomar as devidas providências.
Endosso
O conselheiro Valmir Ribeiro acompanhou a decisão do relator do caso, enquanto o conselheiro Antonio Malheiros discordou da sentença por conta da licitação de mais de 12 milhões de aquisição de material da Ronsy, sugeriu a notificação do gestor municipal para num prazo de 90 dias solucione o problema, sob pena de devolver a quantia estipulada.
Palpos de aranha
Em processos ligados a Prefeitura de Sena Madureira que estão sob a análise da Corte de Contas, a procuradora-geral Ministério Público de Contas (MPC) Ana Helenna de Azevedo, apontou as seguintes irregularidades: falsificação de documentos públicos, conluio entre os licitantes, direcionamento de licitação e indícios de superfaturamento da empreiteira, responsável pela execução da obra na região do Vale do Yaco.
Desenho
A eleição de 2024 pode representar uma mudança histórica na configuração da política nacional, com o MDB pela primeira vez tendo sua hegemonia no número de prefeitos eleitos no país ameaçada por siglas criadas a partir da última década. Levantamento feito pelo jornal O Globo, mostra que o PSD e o União Brasil, duas dessas novas nomenclaturas, cresceram num ritmo superior à média das demais legendas nos últimos anos e hoje comandam três de cada dez cidades do país.
Imagem
O raio-X inédito do avanço das agremiações desde 1996 revela que, apesar de o MDB ainda manter uma presença significativa em todas as regiões do país, PSD e União, juntos, cresceram 33% desde a última eleição. No mesmo período, boa parte das outras legendas perderam prefeituras, numa redução média de 10%. A conta considerou apenas partidos com pelo menos 30 prefeituras, para evitar distorções.
Escala
Os dados evidenciam ainda uma consolidação dos partidos de centro-direita no topo do ranking de prefeituras, deixando PT e PL, partidos que hoje polarizam as discussões políticas nacionalmente, mais para baixo.