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Jamaxi

Périplo 

O governador Gladson Cameli (PP), ontem (15), fez um périplo por programas de entrevistas, oportunidade em que anunciou novidades que remetem a máquina administrativa do estado.   Cameli foi destaque em três programas de rádio e TV exibidos no transcorrer do dia. Ao longo da manhã e início da tarde do feriado da Proclamação da República, o gestor concedeu entrevistas aos jornalísticos Café com Notícias, da TV 5, Jornal da Manhã, que vai ao ar pela CBN Amazônia, e Gazeta Alerta, da TV Gazeta. 

Recomposição 

O primeiro novidade é que o Estado concederá reajuste salarial para todos os servidores públicos acreanos. Sem citar percentuais Gladson destacou que o objetivo do reajuste é compensar os recentes aumentos no preço do gás, alimentos e combustível.

Prudência

“A equipe econômica está aguardando o fechamento do mês para eu não vir aqui e depois não cumprir. Eu quero anunciar ainda esse ano um aumento para todos os servidores do Acre, não sei dizer qual é a porcentagem do aumento, mas, estamos avaliando para podermos anunciar dia e hora que ocorrer”, declarou.

Liberalismo 

Por fim, Cameli anunciou mudanças na área da saúde, um dos maiores gargalos da administração pública.Gladson asseverou que seu governo aumentará a terceirização do serviço de neurologia e ortopedia. “As condições como estão hoje a burocracia nos leva a buscar alternativas para resolver o problema e a terceirização é uma delas”, garantiu. 


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Me dê motivos 

A razão central para Jair Bolsonaro ter colocado um freio na filiação ao PL foi a mesma que o fez sair do PSL: ele não mandaria no partido. Bolsonaro quer ter domínio total das decisões da legenda a que se filiar, decidindo os candidatos nas praças que lhe são caras, vetando nomes de que não goste e impedindo alianças com a esquerda ou quem lhe critica - que, para ele podem soar intragáveis, não são incoerentes para o contorcionismo de Valdemar Costa Neto.

Preço de mercado 

PL, PP e Republicanos se aliam com quem mais lhe oferece em cargos no momento ou quem mais tem chance de vitória. Pouco importa se é de direita, esquerda ou diagonal. Melhor ainda se for com um pouquinho de cada um.

Dote 

Nos últimos dias, dois pedidos feitos por Bolsonaro foram recusados por Valdemar Costa Neto: ele queria que Eduardo Bolsonaro comandasse o diretório de São Paulo e seu ministro Gilson Machado Neto dirigisse a sigla em Pernambuco. Na quinta-feira (11/11), na reunião que teve com Bolsonaro, Valdemar já tinha topado abrir mão do apoio a Rodrigo Garcia, atual vice-governador de São Paulo e futuro candidato tucano. Considerava que São Paulo estava equacionado. Mas, diante do novo pedido, para que ele cedesse todo o diretório, disse não, e a coisa desandou.

Avançando o sinal 

Já o diretório de Pernambuco foi mais uma negativa que desagradou a Bolsonaro. O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, havia sinalizado de que gostaria de comandar Pernambuco, mas, na semana passada, viu que suas chances eram pequenas, quando o PL nacional publicou nas redes uma nota empoderando o prefeito de Jaboatão dos Guararapes.

Olhadela no espelho 

Bolsonaro não teve capacidade de criar ou conquistar um partido seu, embora detenha uma consistente base de apoio, que oscila entre 20% e 30% do eleitorado. Seu Aliança pelo Brasil não decolou, e nenhuma outra sigla topou lhe dar o comando total. Talvez fosse ter isso no Patriota, sigla a que Flávio Bolsonaro chegou a se filiar, mas seus aliados perderam o comando da legenda e o plano implodiu.

O verdadeiro valor 

O PTB lhe prometeu mundos e fundos, mas Roberto Jefferson passou a ser um aliado pesado demais, até para Bolsonaro. Figurar ao lado do político que mais ofende e ameaça o STF seria atiçar uma briga que o presidente já percebeu que não teria condições de ganhar. Restou um partido do Centrão, aquele agrupamento que Augusto Heleno outro dia chamava de ladrão e falava quase com asco. E, na relação com o Centrão, não é bem Bolsonaro quem manda.

Mágica 

A performance de Jair Bolsonaro em Dubai confirma as suspeitas de adversários e apoiadores: se Paulo Guedes não produzir um milagre, restará ao presidente apostar na realidade paralela e na guerra cultural para chegar ao segundo turno. As afirmações sobre a prova do Enem “ter a cara do governo” não surpreenderam quem acompanha os monólogos de Bolsonaro País afora, especialmente para audiências evangélicas. Após lembrar que seu maior feito foi ter vencido Fernando Haddad (PT) no segundo turno, o presidente costuma dizer que a ameaça esquerdista ainda paira no ar, faz críticas ao Enem, ao conteúdo dos livros didáticos e diz que o futuro dos “nossos jovens” está em risco.

Cartilha

Segundo apurado, Bolsonaro foi aconselhado por Steve Bannon a investir na agenda ultraconservadora dos costumes, principalmente nas discussões sobre gênero, radicalizando o discurso de 2018, para polarizar o debate com a esquerda e deixar o centro falando sozinho de ajuste fiscal, reformas, etc.

Sacada

Não foi por outro motivo que o clã Bolsonaro abraçou a defesa do jogador de vôlei Maurício Souza, demitido de um clube mineiro após comentários homofóbicos.

Aperitivo

Em entrevista recente à rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse: “Não pode na escola aproveitar um ambiente restrito e um professor começar a falar de coisas que os pais não querem, falar para o Joãozinho que ele não é menino”. Nos cálculos bolsonaristas, a agenda conservadora pode garantir uns 15% no primeiro turno.

Estratégia 

A propósito da estratégia de Bolsonaro, em conversas com correligionários do PT, Lula tem deixado clara a diretriz sobre como quer que o partido trate polêmicas envolvendo a pauta de costumes que muitas vezes rondam o governo Bolsonaro, com debates ligados ao universo LGBTQ+, racismo, entre outros assuntos.

Identificação 

O ex-presidente tem destacado que bandeiras vinculadas a esses temas são e continuam a ser caras à legenda, que tem sua militância calcada nos direitos humanos, igualdade de gênero e na questão racial. Para além desses temas, porém, a visão é que o PT precisa focar, especialmente, em pontos como a fome, o desemprego, a inflação e problemas econômicos que vieram com governo Bolsonaro.

Novo momento 

A avaliação feita por Lula a parlamentares é que, com a situação social e econômica deterioradas como estão, a pauta de costumes terá menos adesão do que em 2018, quando Bolsonaro surfou na onda conservadora. 

Tecla 

O ex-presidente acredita que a pauta de costumes defendida por Bolsonaro seguirá influenciando um grupo pequeno e sectário que não se conecta ao PT. A orientação é que o partido “fuja de armadilhas” e não gaste energia com “pregação para convertidos”.

Linguagem 

Desde que saiu da prisão, em 2019, Lula bate na tecla sobre a necessidade de mostrar o legado do governo petista, principalmente no campo social. Hoje, diz estar convencido que também é necessário ir além e “vender esperança” ao eleitor.