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Jamaxi

Peregrinação 

O governador Gladson Cameli reuniu-se ontem, terça-feira, 22, com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em busca de ajuda para enfrentar o problema das enchentes no Acre, e recebeu a garantia de apoio de toda a estrutura do governo federal.

Cenário 

Gladson relatou ao ministro a gravidade do problema das enchentes no estado, a exemplo do que ocorreu no ano passado, e explicou que a cheia já atinge o município do Jordão, com risco iminente de a inundação ocorrer também em Tarauacá e na capital do estado, Rio Branco.  “Já enviei uma equipe para o Jordão, com secretários e integrantes de vários órgãos, para ajudar no que for necessário. Tivemos a notícia de que as águas haviam baixado, mas não podemos ficar parados, pois pode haver repiquete, com novas enchentes não só no Jordão, como também em outros municípios”, relatou o governador.

Alertas 

Cameli relatou, ainda, que tem se antecipado e vem alertando sobre o problema para evitar prejuízos à população, como ocorreu na enchente passada, por isso é essencial a ajuda federal. “O Estado está viabilizando toda a sua estrutura para que juntos, governo estadual, federal e prefeituras, não deixemos a população ficar desassistida”, disse.

Apoio federal

Rogério Marinho assegurou o apoio da estrutura do governo federal, lembrando a necessidade de medidas burocráticas necessárias. “Precisamos apenas da publicação do decreto de emergência”, disse o ministro, alertando ainda que os prefeitos precisam fazer a prestação de contas dos recursos liberados no ano passado.

Agendamento 

A audiência foi marcada pelo senador Márcio Bittar, que também participou do encontro, reforçando a solicitação do apoio. Também participaram o representante do governo do Acre em Brasília, Ricardo França; o chefe da Casa Militar do Acre, coronel Carlos Augusto Negreiros e o representante do gabinete do deputado Jesus Sérgio, Tom Sérgio, que também representou as prefeituras do Jordão e Tarauacá, além de integrantes da Defesa Civil estadual e nacional. 


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Contrassenso

As férias de fim de ano do presidente Jair Bolsonaro (PL), quando passou sete dias em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, custaram cerca de R$ 900 mil aos cofres públicos. De acordo com o jornal O Globo, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que o gasto total com o período de descanso do atual ocupante do Palácio do Planalto foi de exatamente R$ 899.374,60. O órgão, porém, não detalhou os gastos efetuados e afirmou que “o valor está sujeito à alteração, caso ocorram atualizações”.

Curtindo a vida adoidado

Durante a semana que passou em São Francisco do Sul, Bolsonaro andou de jet ski, foi a um parque de diversões, deu “cavalos de pau” em carros, entre outras atividades. A passagem de Bolsonaro pela cidade catarinense teve início no dia 27 de dezembro e deveria terminar no dia 4 de janeiro. No dia 3, contudo, ele apresentou um quadro de obstrução intestinal e teve que ser levado para São Paulo, onde foi internado. Na ocasião, Bolsonaro foi alvo de críticas por se divertir enquanto a Bahia enfrentava fortes tempestades que resultaram em 25 mortos, além de milhares de desabrigados e desalojados. 

Comparativo 

Ainda conforme o Globo, os gastos de Bolsonaro com cartões corporativos chegaram a R$  R$ 29,6 até o final do ano passado. O valor é 18,8% superior ao R$ 24,9 milhões registrados no mandato anterior, divididos pelos então presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer.

Bastidores

Os senadores Humberto Costa, do PT de Pernambuco, e Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, estão escrevendo um livro para a Companhia das Letras com os bastidores da CPI da Covid. O livro trará revelações inéditas de casos explorados na CPI, com informações que chegaram a eles após a conclusão dos trabalhos.

Terceira via 

A pressão para que o governador João Doria (PSDB) desista de concorrer ao Palácio do Planalto aumenta a cada dia. Ontem, terça-feira, Doria afirmou que poderá abrir mão de sua pré-candidatura à Presidência em nome da viabilidade de uma terceira via. Segundo ele, sua campanha e as pré-candidaturas do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e da senadora Simone Tebet (MDB) devem convergir para um único nome no futuro.

Obstáculos

A declaração, durante evento virtual do banco BTG Pactual, ocorre num momento em que uma ala do PSDB questiona a viabilidade eleitoral do governador de São Paulo. Formado por ex-presidentes do partido, como o deputado Aécio Neves e os ex-senadores José Aníbal e Tasso Jeiressati, um grupo anti-Doria articula uma nova reunião em março para aumentar a pressão para a retirada da candidatura do paulista.

Estratégia 

O plano do grupo é atrair a bancada federal, que já havia ficado contra Doria nas prévias, além de governadores e candidatos nos estados. O argumento dos tucanos descontentes é que existe um risco de que a alta rejeição do eleitorado a Doria contamine o resultado dos correligionários.

Desprendimento

“Não vou colocar o meu projeto pessoal à frente daquilo que sempre foi a índole. O meu país é mais importante do que eu mesmo. Se chegar lá adiante e, lá adiante, eu tiver de oferecer o meu apoio para que o Brasil não tenha mais essa triste dicotomia do pesadelo de ter Lula e Bolsonaro, eu estarei ao lado daquele ou de quantos forem os que serão capacitados para oferecer uma condição melhor para o Brasil”, disse Doria.

Tempo ao tempo 

Ao citar conversas do PSDB com Cidadania, MDB e União Brasil, Doria defendeu que as pré-candidaturas da chamada terceira via se mantenham por enquanto, “até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários. Lá adiante, diante das circunstâncias, verificaremos quem pode, quem precisa abrir mão (da candidatura)”, acrescentou Doria.

Desgarrando 

O agronegócio pode entrar dividido nas eleições presidenciais. A ala mais pragmática do setor, ligada à agroindústria, quer uma alternativa depois de ter sentido na pele o risco de situações geradas pelo próprio governo. O grupo teme a concretização de ameaças de boicote às exportações por brigas ideológicas com a China, pelo avanço do desmatamento e pela resistência à venda de terras para estrangeiros. Crescem as apostas na entrada do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já que os demais nomes da terceira via ainda não despontaram na corrida. Se as pesquisas mostrarem potencial, “o agro que não quer guerra vai apoiá-lo”, garantiu um representante do setor.

Fiéis

Bolsonaristas “raiz”, por outro lado, negam que as polêmicas afetem o desempenho do presidente Bolsonaro entre eleitores do agronegócio. “Eles (China) precisam tanto de nós quanto nós deles. Ficam criando essa celeuma que não existe. Política é uma coisa, comércio é outra”, disse Frederico D’Ávila, ex-vice presidente da Aprosoja Brasil.

Cada um na sua

Até lá, no entanto, deve reinar a neutralidade institucional. Representantes do setor, como a Sociedade Rural Brasileira (SRB), não devem apoiar oficialmente nenhuma candidatura, pelo menos por enquanto.

Outros tempos

Em 2018, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) declarou apoio a Bolsonaro ainda no primeiro turno. Na época, a bancada ruralista era liderada pela então deputada Tereza Cristina, a atual ministra da Agricultura.

Fica… 

Enquanto PT e PSB buscam rumos para fechar uma federação, nos bastidores pessebistas cresce o clima de desconfiança. Lideranças têm sinalizado ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, o temor de que o partido saia apequenado: apoiar Lula sem ter garantias claras de vantagens, numa federação ou não, não agrada.

…Esperto

“Neste momento (a federação com o PT) é uma salvaguarda para o PSB porque não temos chapa em vários Estados. Se a gente não formar federação, estamos fadados a um insucesso grande nas urnas. O PSB não tem saída. Mas o que a gente leva em troca?”, disse Júlio Delgado (MG).

Tal pai

O PL paulista se prepara para realizar um evento de filiação do deputado Eduardo Bolsonaro no próximo dia 3 de março. O partido acredita que o filho “03” de Bolsonaro será um puxador de votos.

Jogatina

Relator do projeto que libera os jogos de azar no Brasil, o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) tenta até o último segundo o apoio ou pelo menos a não resistência da bancada evangélica para a aprovação do tema.

Vai e volta

O projeto de lei, caso aprovado pelo Congresso, corre o risco de ser vetado por Bolsonaro, mas os parlamentares já articulam a derrubada dessa possível medida do presidente da República.