O ex-governador Jorge Viana (PT) não está parado. Embora não decline o cargo que irá disputar em 2022 – Senado ou Governo – já botou o bloco na rua e está interagindo com populares, escutando sugestões e também apontando soluções para problemas enfrentados pelo estado que, a seu ver, estão ao alcance do executivo acreano ou daqueles que exercem influência nos destinos do Acre.
Recepção
Ontem, segunda feira ,2, Viana fez postagem em sua conta no facebook dando conta que no sábado, cedinho, foi tomar um café no mercado do Pólo Benfica, e lá, rumou ao restaurante Sabor Caseiro, de propriedade de d. Cleonice e do seu esposo Marcone. “Entre um gole de café e uma pausa para a prosa, comi uma tapioca feita pela Clécia, que é vizinha da Cleonice e do Marcone”, relata Viana.
Ensinando a pescar
Dissertou, ainda, que fui à casa do pastor Cícero e da esposa Lúcia. Resgatou que o casal foi beneficiário do programa de Pequenos Negócios, que começou a época em que era prefeito de Rio Branco, nos idos dos anos 90, e que ganhou grande dimensão no governo do seu irmão Tião Viana. Jorge descreve que com o incentivo, o casal montou uma pequena indústria de confecções dentro da própria casa. A partir do pequeno negócio prosperou, possibilitando que os filhos se formassem e garantindo aos netos bons cuidados graças ao resultado dessa política pública e muito trabalho da família.
Pequenas empresas, grandes negócios
Ainda no sábado, Jorge relata uma visita a Granja Piu-Piu, de propriedade do Auricélio Silva, esse um dos mais interessantes empreendedores que diz já ter conhecido. Auricélio era empregado de uma granja e resolveu montar a sua, chegando a ter 50 mil galinhas poedeiras e a abrir outros empreendimentos, só que agora é uma das vítimas dessa tragédia que vive o Brasil sob recessão e que resulta em fortes reflexos negativos no Acre.
Crise inclemente
Pelo relato do petista, por conta da recessão, Auricélio teve que reduzir o seu plantel para 20 mil galinhas e foi obrigado a dispensar pessoas que trabalhavam no empreendimento. Conta que por conta do aumento dos insumos o produtor não tem como seguir produzindo, diante do que aconteceu nesses últimos 2 anos.
O ‘X’ da questão
Na conversa travada com o ex-senador o avicultor questiona como pode continuar produzindo ovo, que é a base alimentar dos mais pobres, se uma saca de milho saiu de 32 reais para 75 reais? Se a farinha de osso saiu de 25 reais antes da pandemia para 150 reais?
Políticas públicas
Em relação ao apoio à pequenas empresas no Acre, Viana traz receita: “Se eu pudesse, faria o governador Gladson entender que o melhor gesto dele seria pegar parte do dinheiro das dívidas que não estão sendo pagas por conta da decisão do Supremo - o governo está deixando de pagar 60 milhões de reais por mês - e investiria nas famílias mais necessitadas. Quinze milhões de reais daria para atender 50 mil famílias, com 300 reais de auxílio, durante esse período de pandemia”
Raciocínio elementar
E prossegue digressão: “esse dinheiro iria, imediatamente, para as mercearias, padarias e para socorrer a quem está passando dificuldades, a ponto de pedir comida para não morrer de fome.
Alvíssaras
O governador Gladson Cameli (Progressistas) declarou nesta segunda-feira, 2, que deverá enviar, nos próximos dias, um projeto de lei para a Assembleia Legislativa pedindo o aproveitamento do cadastro de reserva da PM para remanejamento ao Corpo de Bombeiros.
Ação elogiável
De acordo com o governador o projeto deve contemplar o restante do cadastro de reserva que ainda não foram convocados pelo governo, algo em torno de 175 aprovados no certame. “Vou enviar um projeto para convocar os 175 aprovados do cadastro de reserva da PM para serem aproveitados no Corpo de Bombeiros”, ressaltou.
Determinação
Cameli explicou que o remanejamento não encontrará entraves legais, vez que o estatuto da Polícia Militar é o mesmo do Corpo de Bombeiros. “O Corpo de Bombeiros está com defasagem, por isso vamos fazer esse remanejamento. Independentemente do que vai ou não vai acontecer, estou dando por encerrado esse assunto. Quero garantir uma coisa, ano que vem a gente vai fazer concurso e isso pode ter certeza”, cravou.
Providências
Com as constantes críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) às urnas eletrônicas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, nesta segunda-feira (2/8), por unanimidade, a abertura de um inquérito administrativo e o envio de uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que chefe do Executivo seja investigado por fake news.
Ação de ofício
O inquérito, proposta do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, aponta que “a preservação do Estado Democrático de Direito e a realização de eleições transparentes, justas e equânimes demandam pronta apuração e reprimenda de fatos que possam caracterizar abuso do poder econômico, corrupção ou fraude, abuso do poder político ou uso indevido dos meios de comunicação social, uso da máquina administrativa e, ainda, propaganda antecipada”.
Medidas sigilosas
O ministro determinou que o inquérito administrativo tramite em caráter sigiloso, ressalvando-se os elementos de prova que, já documentados, digam respeito ao direito de defesa. Segundo a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, o inquérito promoverá medidas cautelares para a colheita de provas, “com depoimentos de pessoas e autoridades”, juntada de documentos, realização de perícias e outras providências que se fizerem necessária para o adequado esclarecimento dos fatos.
Mais do mesmo
A propósito da pendenga envolvendo o voto impresso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (3/8) que está disposto a participar de ato na Avenida Paulista, em São Paulo, para dar último recado sobre voto impresso. O mandatário da República conversou com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada esta manhã e voltou a fazer críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ranheta
“Se o ministro Barroso continuar sendo insensível. como parece que está sendo insensível, quer um processo contra mim, se o povo assim desejar – porque eu devo lealdade ao povo brasileiro – uma concentração na Paulista para darmos o último recado para aqueles que ousam açoitar a democracia. Repito: o último recado, para que eles entendam o que está acontecendo e passem a ouvir o povo, e passem a entender que o Brasil tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, e não um pedacinho dentro do DF, eu estarei lá”, assinalou.
Confusão a vista
Bolsonaro também disse: “Se o povo estiver comigo, nós vamos fazer que a vontade popular seja cumprida”. “Até porque, senhor ministro Barroso, a própria Constituição diz que todo poder emana do povo. Eu li a Constituição, interpretei e respeito. Eu jogo dentro das quatro linhas da Constituição, e o Barroso, tenho certeza, joga fora. Eu não vou deixar de cumprir o meu dever de presidente da República”, prosseguiu o chefe do Executivo federal.
Pauta
O ato na Paulista havia sido sugerido por Bolsonaro no último domingo (1º/8), ao participar, virtualmente, de manifestações em defesa da impressão do voto. A Câmara dos Deputados discute uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para que, “na votação e apuração de eleições, plebiscitos e referendos, seja obrigatória a expedição de cédulas físicas, conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.