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Jamaxi

Pauta 

O pedido de quebra de dados e/ou sigilos telefônicos apresentado pela Policia Federal ao Superior Tribunal de Justiça, endereçado a pessoa da Ministra Nancy Andrighi - deferido em parte pela Ministra -, onde a PF pede também a prisão temporária, busca e apreensão, afastamento de dados telemáticos, sequestro de bens e medidas cautelares diversas, peça que deu azo a recente operação Ptolomeu, irá pautar o debate político das eleições do ano vindouro.   

Fortes emoções 

A peça descreve um corolário de ações que, se comprovados, caracterizam crimes envolvendo a rapina de recursos públicos, com o uso deliberado de fraude em licitações, uso de laranjas, pagamento de propinas, enriquecimentos ilícios e por aí vai. Por conta dessas características, fortes emoções aguardam o ano vindouro, quando revelações virão ao público, numa série que coloca no chinelo a famosa Flávio Nogueira. Como o processo corre em segredo de justiça, a citação dos dados técnicos e do modus operandis descritos no processo fica impossibilitada.

Na crista da onda 

A propósito, guardem esses nomes: Silveira Araújo Construções Eirelli, Adinn Construção e Pavimentação Ltda, Murano Construções Eireli, Proenge Projetos e Construções Ltda, Start Construções, Comércio e Serviços Ltda e T. Ferreira Souza ME. Atrás desses cnpjs, pessoas físicas do mundo político e empresarial e, também, laranjas que – supõe-se  - não conhecem o uso de seus nomes.    

Pulando do barco

O deputado federal e presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Flaviano Melo, confirmou à imprensa que o partido que preside deverá deixar de apoiar a candidatura à reeleição do governador Gladson Cameli (Progressistas) e contar uma candidatura própria ao governo do Estado.

Negativa 

O deputado federal nega que a decisão decorra do fato de pressões advindas de correligionários para abandonar Cameli, tendo como pano de fundo a operação que há 10 dias o governador sofreu da Polícia Federal, na denominada “Operação Ptolomeu”.

Dinamismo

“O MDB entrará indistintamente em contato com forças do governo e da oposição. A candidatura própria ao governo, antes apenas sussurrada, passou a ser tema de crescente e desenvolta discussão”, declarou.

Firme e forte

No fundo, a decisão significa que o partido continua firme com a candidatura da deputada federal Jéssica Sales concorrendo a única vaga ao Senado da República. “O MDB reafirma Jéssica Sales como candidata ao Senado da República e inicia conversações com todas as forças do espectro político acreano que aceitem ouvir o partido”, ressalta o deputado Flaviano Melo, presidente regional do MDB, quando questionado sobre o assunto. 


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Números 

Saiu ontem pesquisa apurando dados para o governo do estado e o senado, realizada pela XP Consult em parceria com o jornal A Gazeta do Acre, colhida entre os dias 13 e 23 deste mês, com 580 moradores de Rio Branco. Nela Gladson Cameli (PP) aparece com 34% dos votos na corrida eleitoral para o governo do Acre, seguido de Jorge Viana (PT) com 23%, Mara Rocha (PSDB) aparece em terceiro lugar, com 13% das intenções de votos er Sérgio Petecão (PSD) com 11%. O deputado estadual Jenilson Leite tem 3%. David Hall e outros candidatos somaram, juntos, 1%. Brancos e Nulos somaram 6% e Não Sabem ou Não Responderam 9%.

Câmara Alta

Para o senado o deputado federal Alan Rick (DEM) e Jorge Viana (PT) foram os dois que receberam mais intenções de voto para a pergunta: “Em quem você votaria para senador do Acre?”. Alan Rick recebeu cerca de 29% dos votos, enquanto Viana teve 27% da preferência dos entrevistados. Marcia Bittar (sem partido) aparece com 10%, seguida pela senadora Mailza Gomes (PP), com 7%. Vanda Milani (PROS) e Sanderson Moura (PSOL) aparecem empatados, ambos com 3%. Brancos e Nulos somam 11%, e Não Sabem ou Não Responderam 10%.

Dados técnicos 

As entrevistas foram coletadas presencialmente nos bairros Belo Jardim, Cadeia Velha, Calafate, Estação Experimental, Floresta, Baixada, Seis de Agosto, Tancredo Neves, Vila Acre e São Francisco. A margem de erro é de 4% e o nível de confiança de 95%. 


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Obstáculo 

Não está fácil encontrar um especialista em marketing político que queira trabalhar para o ex-juiz Sérgio Moro na sua campanha à sucessão do presidente Jair Bolsonaro na eleição do ano que vem.

Garantia 

Assessores de Lula dizem que a campanha dele dispensará marqueteiro. Conversa! Já tem um escolhido. É baiano e fez as campanhas de Jaques Wagner, que se elegeu duas vezes governador, uma vez senador, e de novo é candidato ao governo.

Contrato firmado 

Ciro Gomes (PDT) também tem o seu – João Santana, baiano, que trabalhou para Lula e Dilma, e fora do Brasil em diversos países. João Doria (PSDB) tem o dele que o acompanha desde as campanhas para prefeito de São Paulo e depois governador.

Distância 

Marqueteiro de respeito, com um bom portfólio de vitórias, não quer negócio com Moro. A categoria acha que foi criminalizada por ele à época da Operação Lava Jato. Tem horror ao ex-juiz, como a ele os políticos em geral têm horror e pelo mesmo motivo.

Passando longe 

Bolsonaro enfrenta a mesma dificuldade de Moro, mas por outra razão. Marqueteiro político do primeiro time não se interessa por candidato com pinta de derrotado de véspera. A não ser que seja muito bem pago para justificar mais tarde por que perdeu.

Solução caseira 

Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, acha que dará conta do recado com o auxílio discreto de Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da campanha em que Donald Trump se elegeu presidente dos Estados Unidos. Bannon foi preso outro dia, mas está solto.

Cupido

O ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) disse que foi o responsável pela aproximação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, antigos rivais políticos. A declaração ocorreu nesta terça-feira (28), em entrevista à Rádio Bandeirantes. Segundo o candidato petista à Presidência da República em 2018, a sugestão de aliança se deveu à sua experiência nas eleições daquele ano, quando o sentimento antipetista foi determinante na vitória de Jair Bolsonaro. 

O começo

“Tudo começou com uma conversa minha com o Lula em que eu dizia: presidente, vamos começar a eleição pelo segundo turno. Se eu tivesse tido o apoio do PSDB e do PDT no segundo turno de 2018, esse desastre que está acontecendo no Brasil, com a eleição de uma pessoa completamente despreparada para governar o País, não estaria acontecendo. Eu vivi na pele o que é um segundo turno mal arrumado. O PSDB e o PDT não podiam ter feito o que fizeram sabendo quem era o Bolsonaro”.

Desdobramento 

De acordo com Haddad, esta tese apresentada a Lula foi o ponto de partida para uma série de reuniões com lideranças situadas em campos políticos antagônicos ao PT. Os encontros teriam culminado na aliança com Alckmin, que deixou o PSDB, sigla da qual é fundador, no último dia 15. Um dos possíveis destinos é o PSB, pelo qual poderia concorrer como vice na chapa de Lula à Presidência em uma aliança partidária. 

Vantagens

“Independentemente do acordo de primeiro turno, eu acho que foi ótimo eles terem começado a conversar agora sobre o futuro do Brasil.  No Brasil, você tem três turnos. Tem o primeiro, o segundo e depois tem o terceiro, que é governar, que não é simples. Se o diálogo está sendo promovido para o bem do País, como alguém pode objetar o diálogo?”, questiona e impõe certeza Haddad pelo raciocínio apresentado.