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Jamaxi

Palpos de aranha 

Funcionários do Departamento de Estradas, Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre) anunciam que nesta semana pretendem ir ao Ministério Público pedir para que seus depoimentos sejam tomados para facilitar investigações que estão sendo levadas a cabo pelo órgão, envolvendo malfeitos praticados pela direção do Departamento, que tem na presidência Petrônio Antunes, um engenheiro que migrou da iniciativa privada para a administração pública. Antes de exercer a presidência do Departamento, Antunes era Sócio Diretor da firma Antunes Engenharia.    

Boca no trombone 

Dentre as irregularidades listadas para serem entregues pelos servidores ao MPE, estão:

colocação de caçambas do diretor presidente na obra do estacionamento da Cidade da Justiça, para venda de barro; utilização de materiais impróprios para pavimentação de vias públicas; pagamento de equipamentos locados que não trabalharam; -execução de obras de restauração da AC-040 que liga Rio Branco à Plácido de Castro, por meio de contratos de locação de equipamentos (foram pagos insumos e outros serviços com locação de equipamentos); adesão a caronas de ata de registro de preços para execução de serviços topográficos, apesar do Deracre ter condições de montar tantas equipes quantas forem necessárias com menos burocracia;

Rosário 

Ainda: oferecimento de proposta de preços pela empresa dele (Antunes Engenharia), mesmo sendo diretor do Deracre e ter contratado uma empresa por valores superfaturados em aproximadamente 200 a 300% em relação ao mercado local; o fato da Antunes Engenharia, de propriedade  de familiares, ser a única empresa local a prestar serviços topográficos ao Departamento, apesar de haver várias empresas que prestam serviços topográficos no Acre e outra infinidades de atos irregulares que o Ministério Público trará ao conhecimento popular. 

O outro lado 

A propósito das denúncias, o presidente Petrônio nega os crimes e diz que está sendo vítima de “politicagem”. Além disso, refuta o benefício à familiares, destacando que não tem familiares no Acre, além da esposa e um filho menor, que tem quatro anos. O presidente já foi notificado sobre a denúncia e também retruca a acusação de assédio contra servidores.

Justificativas

“Com a pandemia e também como o Deracre não estava em plena atividade, tanto no governo passado como no início desse governo, porque não tinha orçamento, grande parte dos servidores não estava indo trabalhar. Quando o governador determinou que o Deracre voltasse às atividades, tivemos que convocar todo mundo”, explica o gestor.

Corpo mole 

Segundo Petrônio, diante da recusa em voltar ao trabalho “muitos [servidores] pediram afastamento, pediram pra ir para outros setores, porque não queriam voltar a trabalhar. Então, isso gerou um mal-estar e essa denúncia”, contou ao revelar que ao menos dois servidores foram devolvidos do Deracre para a Seplag. 


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Roda gigante 

Vejam as voltas do mundo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que durante mais de 5 anos foi pintado pela grande mídia nacional como a personificação do mal e da desonestidade, hoje fez as pazes com a opinião púbica e é apontado em pesquisas como o favorito para vencer as eleições presidenciais de 2022.

Novo cenário 

Após ter seus processos condenatórios revertidos no âmbito da 10ª Vara Federal de Curitiba, na controversa Operação Lava Jato, onde o ex-juiz Federal Sérgio Moro foi tido e havido como parcial e deliberadamente perseguidor ao petista, um levantamento CNT (Confederação Nacional de Transportes (CNT))  e Instituto MDA Pesquisas, divulgado nesta segunda-feira (5), apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não só dispara na liderança da sucessão presidencial, como também tem o menor índice de rejeição (44,5%). 

Filme queimado 

O presidente Jair Bolsonaro lidera no quesito rejeição com 61,8%, seguido pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 57,9%, pelo ex-juiz Sérgio Moro (56,7%), pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 52,4% e pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), com 51,5%.

Humor popular 

De acordo com a pesquisa, 35,4% afirmaram que votariam com certeza no petista; 17,1% disseram que podem votar nele; 0,1% disse que não conhece ou não sabe quem é, e 2,9% não souberam ou não responderam. No caso de Bolsonaro, 22,8% dos eleitores votam com certeza nele; 11,6% podem votar; 0,4% não sabe quem é ou não o conhece; e 3,4% não souberam ou não responderam. O governador João Doria tem o voto certo de 1,5% dos entrevistados. Ao todo, 16,5% podem votar nele para presidente; 20,5% não conhecem ou não sabem quem é, e 3,6% não souberam ou não responderam.   

Quadro suplementar

O ex-juiz Sérgio Moro tem o voto certo de apenas 4,4%. Segundo os números, 24,7% disseram que podem votar nele; 10,9% não conhecem ou não sabem quem é, e 3,3% não souberam ou não responderam. Na pesquisa, o ex-ministro Ciro Gomes tem voto certo de 4,3% e 26,2% afirmaram que podem votar no pedetista para presidente. Ao todo, 13,1% não conhecem ou não sabem quem é o ex-governador, e 4,0% não souberam ou não responderam.

Dados técnicos 

Foram realizadas 2.002 entrevistas presenciais, em 137 cidades de 25 estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. Os dados mostraram que, excluindo os que não souberam ou não responderam, o ex-presidente Lula dispara na liderança da corrida presidencial, com 49% dos votos. São mais de 15 pontos percentuais à frente de Bolsonaro (32%). Segundo os números, a desaprovação do governo Bolsonaro passou de 35,5% em fevereiro para 48,2%, um aumento de quase 13 pontos percentuais.

SOS

Enquanto a equipe econômica ainda prepara o desenho do programa social que irá substituir o Bolsa Família, o governo anunciou a prorrogação por mais três meses do auxílio emergencial. Conforme já havia sido adiantado pela imprensa, a ajuda voltada aos mais vulneráveis durante a pandemia de covid-19 foi prorrogada até outubro, nos mesmos valores de R$ 150 a R$ 375 e com igual alcance em termos de público. O benefício contempla cerca de 39,1 milhões de brasileiros e a última parcela estava prevista para julho.

Salve-se quem puder 

No começo de junho, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), rechaçou a prorrogação do auxílio emergencial para além das parcelas já previstas e defendeu a aprovação pelo Parlamento do novo programa social, a substituir o Bolsa Família. Mas, em meio à perda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro e com a falta de um projeto claro para o novo programa social, o governo decidiu estender mais uma vez as parcelas do auxílio.

Explicações 

O ministro Benjamim Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), solicitou ao Ministério da Saúde que explique, num prazo de 10 dias, o motivo de o preço por dose da vacina Covaxin ter aumentado de US$ 10 para US$ 15 durante as negociações. O questionamento da corte de contas tem como base reportagem do jornal O Estado de São Paulo que revelou a oferta mais baixa feita na primeira reunião da pasta com representantes da farmacêutica Bharat Biothec, fabricante do imunizante, e da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou o contrato.

Lógica mambembe 

Pelo acordo, fechado em fevereiro, o Ministério da Saúde se comprometeu a comprar 20 milhões de doses por R$ 1,614 bilhão. O preço de US$ 15 por unidade é o mais caro pago pelo País dentre os seis imunizantes negociados até agora. O despacho do ministro Zymler solicita uma série de informações do Ministério da Saúde, inclusive, algumas que já haviam sido feitas à Saúde, mas “que não foram devidamente respondidas pela Pasta Ministerial”.