..::data e hora::.. 00:00:00

Jamaxi

Pacificação

Pacificação

O imbróglio envolvendo o comando do MDB após o falecimento do ex-governador e ex-deputado Flaviano Melo, ocorrido no último dia 20, foi eliminado na data de ontem, 27. O entendimento veio após reunião ocorrida na chácara do ex-governador.

Deliberação

Restou deliberado no encontro que o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, seguirá no cargo de presidente estadual até agosto de 2025, quando serão eleitos os novos membros do diretório. Ele havia assumido o posto interinamente após a morte de Flaviano na última semana.

Acomodação

O deputado estadual Tanizio Sá, que defendia que outro membro do partido assumisse o cargo, concordou com a decisão e ficou com a 1ª vice-presidência da Executiva Estadual. A reunião definiu que uma das maiores lideranças do glorioso, José Eugênio Braga ficará com a 2ª vice-presidência.

Imagem2

Pacote

Demorou, mas o pacote de corte de gastos saiu. Em pronunciamento ontem à noite em cadeia de rádios e televisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma redução de despesas de R$ 70 bilhões para “consolidar a sustentabilidade fiscal”. As medidas foram apresentadas sem detalhes — o que será feito durante o dia de hoje, 28.

Nervosismo

O destaque do dia, no entanto, não foi a redução de despesas, mas de receitas. Horas antes do discurso de Haddad, vazou a informação de que ele anunciaria a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o que de fato fez. Isso deixou o mercado em alerta, levando o dólar a disparar 1,81%, ao maior valor nominal da história, R$ 5,9135.

Alívio

“Honrando os compromissos assumidos pelo presidente Lula, com a aprovação da reforma da renda, uma parte importante da classe média, que ganha até R$ 5 mil por mês, não pagará mais IR”, afirmou Haddad, destacando essa como a “maior reforma da renda de nossa história”.

Ônus

Respondendo ao temor do mercado financeiro, o ministro garantiu que a medida não terá impacto fiscal, pois será compensada por tributação extra dos chamados super-ricos. “Quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados”, afirmou. “Quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo que possamos investir em áreas que transformam a vida das pessoas”, sustentou Haddad.

Trava

Quanto às medidas de redução de despesas para que o país cumpra a regra fiscal, Haddad citou uma trava no reajuste do salário mínimo, que “continuará subindo acima da inflação”, mas “dentro da nova regra fiscal”; mudanças nas aposentadorias dos militares e limitação de pagamento do abono salarial a quem ganha até R$ 2.640.

Teto

O ministro também citou que vai “corrigir excessos e garantir que todos os agentes públicos estejam sujeitos ao teto constitucional” e que as emendas parlamentares crescerão abaixo do limite do arcabouço fiscal. Haddad disse que “combater a inflação, reduzir o custo da dívida pública e ter juros mais baixos é parte central” do olhar humanista sobre a economia. Leia a íntegra do discurso. (Meio)

Embate

A equipe econômica tentou evitar o desgaste gerado pela isenção do IR, mas perdeu a queda de braço, contam Alvaro Gribel e Daniel Weterman. Haddad vinha tentando dissuadir Lula para que o anúncio não fosse feito neste momento, por entender que a questão merece uma discussão à parte.

Reflexos

O esforço envolveu até o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que foi ao Palácio do Planalto explicar a reação que o mercado financeiro poderia ter. E não deu outra. Além da disparada do dólar, o Ibovespa também respondeu mal, fechando em queda de 1,73%, aos 127.668,61 pontos.

Chancela

A expectativa do governo é que a reforma da renda seja encaminhada ao Congresso ainda neste ano para ser debatida ao longo de 2025 e passar a valer em 2026. Nos cálculos da Fazenda, a isenção tem um impacto de cerca de R$ 35 bilhões, que será compensado pelo imposto mínimo dos super-ricos, e por outros ajustes no IR que serão detalhados hoje. O governo deve propor uma alíquota mínima de 10% no IR para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês.

Olhar futuro

Para o jornalista, advogado e analista político Caio Junqueira, “o pronunciamento em rede nacional do ministro da Fazenda traz um roteiro prévio da campanha à reeleição do presidente Lula em 2026. Apresenta a economia como eixo central das conquistas do governo Lula 3 a serem apresentadas ao eleitor junto com comparações de dados do governo atual com os anteriores. É o ‘Brasil Mais Forte. Governo eficiente. País justo’. Só falta chegar 2026”.

Imagem3

Roteiro

Nada de politizar o inquérito sobre a tentativa de golpe. Essa foi a orientação do presidente Lula a seus ministros e aliados, segundo apuração do canal por assinatura GloboNews. Ele espera “moderação” nos comentários sobre o relatório final da Polícia Federal que indicia Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas.

Postura

O objetivo é não fortalecer discursos oposicionistas de que há uma “perseguição política” contra o grupo do ex-presidente. E apesar de alguns nomes do PL terem ido às redes sociais afirmar que não há provas contra Bolsonaro, nos grupos de WhatsApp do partido quase ninguém comenta o relatório, que inclui outros nomes da legenda, como seu presidente Valdemar Costa Neto.

Mutismo

Aliados de Valdemar acham que Bolsonaro também deveria optar pelo silêncio. Já o comando do Exército, nos bastidores, avalia que o documento gerou constrangimento. Mas quer ressaltar a ideia de que, apesar do envolvimento de militares de alta patente, a instituição em si não embarcou no plano golpista. (g1)

Silêncio

No relatório final sobre a tentativa de golpe de Estado, a PF afirma que Alexandre Ramagem sugeriu a Bolsonaro tirar a autonomia dos delegados federais para controlar as investigações em andamento desde 2020 contra o então presidente.

Abafa

Anotações encontradas com Ramagem, hoje deputado federal pelo PL e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, mostram uma proposta para que todos os inquéritos que tramitassem no Supremo Tribunal Federal fossem de responsabilidade do diretor-geral da PF.

Memória

O arquivo foi criado em 5 de maio de 2020 e editado pela última vez em 21 de março de 2023. Para recordação, em abril de 2020, Ramagem foi proibido por Moraes de assumir o comando da PF para não interferir na corporação, já que ele era próximo de Bolsonaro.