O governador Gladson Cameli (PP) veio a boca do palco informar que terá encontro com todos os postulantes ao paço municipal rio-branquense e não só com Marcus Alexandre, do MDB, como vinha sendo noticiado. Afirmou, também, que vai ouvir o diretório municipal do PP em Rio Branco, e, após, declinará o nome daquele a quem emprestará apoio nas eleições de outubro próximo.
Arco
“Eu não conversei com ninguém, e eu realmente reafirmo que vou conversar com todos os pré-candidatos. A minha função hoje como homem público, governador de Estado, não é só governar, mas nesse momento de política é ouvir todas as partes e ter a certeza do compromisso que vão ter com a nossa capital, Rio Branco, caso venham a ser eleitos. Eu não vou tomar essa decisão monocraticamente, é uma decisão partidária onde vai envolver todo o diretório municipal”, destacou.
Amplitude
Justificando seu posicionamento, Gladson disse que busca fugir da acusação que levou seu governo a tomar posição baseado em simpatia pessoal: “Eu não quero ficar tachado que eu tomei uma decisão e acabou a conversa. O que eu vou é conversar com todos, a chapa de vereador está montada. Eu vou tratar a eleição com muita responsabilidade. Quando tiver que recuar, nós vamos recuar, quando tiver que avançar, a gente vai avançar. Mas vou conversar sim, isso aí é um fato, mas no momento certo, na hora certa”.
Pouso
O senador Alan Rick (UB), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e o vice-presidente da Azul Linhas Aéreas, Fábio Campos, irão anunciar o retorno das operações da Azul Linhas Aéreas no nosso estado.
Causa
Resta lembrar que essa é uma pauta que o senador Alan Rick tem abraçado desde que a empresa aérea deixou de operar no Acre, em 2016, quando ele ainda era deputado federal. Foram muitas reuniões realizadas em parceria com os demais parlamentares da Bancada Federal, o governo do estado e o governo federal.
Pormenores
Todos os detalhes desse retorno, como, quando os voos começarão a ser realizados, a rota, horários e frequência serão dados no encontro que ocorrerá hoje, denominado “Uma saída pacífica para o Brasil”, promovido pelo governo do estado e o Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento. O desembarque do ministro e do vice-presidente da Azul está previsto para às 9h20 no aeroporto de Rio Branco e às 9h40 a comitiva deverá estar no auditório da Uninorte.
Ação humanitária
A Azul Cargo Express, um braço da operação da Azul Linhas Aéreas, atendendo a um pedido do senador Alan Rick, já está realizando o transporte de donativos da Receita Federal ao Acre. São 140 toneladas de alimentos, roupas, além de diversos outros insumos, que serão importantes para ajudar a população afetada pelas fortes enchentes que aconteceram em fevereiro no estado. As primeiras duas toneladas de donativos já foram entregues ao Ministério Público que contará com parceiros para a distribuição aos atingidos pelas enchentes.
Posicionamento
Ainda sobre o senador Alan Rick (UB), ontem ele foi entrevistado pelo jornalista Roberto Vaz, no Bar do Vaz, hospedado no site ac24horas. Rick abordou a confusão que tomou conta do seu partido, o União Brasil, após ele e o deputado federal Ulysses Araújo (UB/AC) serem surpreendidos com a notícia de que a sigla empenharia apoio ao pré-candidato Tião Bocalom, atual prefeito de Rio Branco, sem qualquer discussão partidária.
Igualdade
Alan Rick garantiu que não há nada de pessoal contra o prefeito Tião Bocalom (PL), citando, até mesmo, parcerias com ele em algumas ações, e dizendo que o nome do prefeito, inclusive, agrada por ser um candidato de centro-direita. Questionou, no entanto, porquê de outros nomes, como Alysson Bestene e Emerson Jarude, não terem sido considerados e discutidos na análise levada a cabo pela executiva municipal.
Democracia interna
“É a maneira como foi feito. Não é a decisão. A decisão por um candidato de centro-direita já estava tomada. No dia 17 de março, nós nos reunimos – os deputados, o senador Alan Rick, representante do senador Marcio Bittar, deputado Ulysses, deputado Veloso, Fábio de Rueda – e nós pactuamos que encerraríamos o prazo das filiações e, a partir daí, nós faríamos as conversas”, disse.
Protesto
O senador afirmou que após chegar ao evento, junto com Ulysses, e tomarem conhecimento de que a decisão já havia sido tomada, não ficaram no local. “Abandonamos a reunião porque é uma maneira de marcar posição”, ressaltou ele, afirmando que tem interesse em ajudar Bocalom, cujo viés ideológico se coaduna com o dele, mas pontuou que tem que haver diálogo sobre que maneira a parceria sobre a gestão de Rio Branco será feira.
Princípios
Perguntado por Vaz se a questão pode tirá-lo do União Brasil, Alan Rick afirmou que tem por costume esgotar o diálogo de maneira que se consiga chegar a um entendimento. “Eu quero esgotar esse diálogo, conversar com o próprio Bocalom, conversar com o Roberto, com o Alysson, com o governador. Para a gente dialogar, eu acho que o diálogo é a melhor coisa que a gente faz”, acrescentou.
Espectro
Ele enfatizou, porém, que não há a menor possibilidade de apoiar candidato de esquerda, fazendo referência ao pré-candidato do MDB, Marcus Alexandre. “Se o governador Gladson optar por apoiar o candidato da esquerda, eu tô fora, não vou. Vamos com um candidato de centro-direita. Isso pra mim está pacificado e foi o que defendemos quando nos reunimos com a liderança do União Brasil e decidimos esse processo dessa maneira”, frisou.
Repúdio
A bancada feminina do Senado, liderada por Daniella Ribeiro (PSD-PB), apresentou um pedido de voto de repúdio ao ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) após ofensas à senadora Janaína Farias (PT-CE), que é suplente do ministro da Educação, Camilo Santana. O requerimento é apoiado por parlamentares tanto da esquerda, como Eliziane Gama (PSD-MA) e Teresa Leitão (PT-PE), quanto da direita, a exemplo de Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MS). Procurada, a equipe de Ciro Gomes ainda não se manifestou.
Incontinência verbal
Em entrevista à rede A Notícia do Ceará, Ciro Gomes disse que Janaína presou serviços de “harém” a Camilo Santana, rival político do pedetista no Ceará. As senadoras classificam a fala como um “desrespeito” e “discriminação de gênero”. O pedido de voto de repúdio será apresentado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que seja analisado em plenário, onde é votado de maneira simbólica.
Fundamentação
O requerimento fundamenta que “Casos como este somente reforçam a importância de se trabalhar incansavelmente pela equidade de gênero e pelo respeito mútuo no âmbito político e em todos os setores da sociedade. É neste sentido que continuamos a convocar todos os congressistas, independente do partido ou ideologia, para que se unam em repúdio a qualquer forma de discriminação e violência de gênero”, diz a justificativa do requerimento.