No último domingo, 31, o delegado-geral da Polícia Civil do Acre, Henrique Maciel, teria sido flagrado dirigindo alcoolizado ao ser abordado por uma equipe da Companhia de Trânsito nas imediações do Parque de Exposição Wildi Viana, cá em Rio Branco, no início da AC-40 no 2º Distrito.
Apuração
Diante da constatação, Henrique é alvo de uma investigação do Ministério Público do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo de Atividade Polícia.
Veículo oficial
Ainda segundo a informação repassada pelo MPAC, o delegado utilizava, no momento da abordagem, um veículo de uso exclusivo em serviço. O MPAC informou que vai pedir documentações do Comando-Geral da Polícia Militar e do Batalhão de Trânsito a respeito da possível ocorrência, como forma de apuração do caso.
Detalhamento
Além disso, o MPAC acionou o Núcleo de Apoio Técnico (NAT) para levantamento no local do caso, com verificação de eventuais imagens de câmeras de segurança e identificação de testemunhas. O prazo para conclusão das diligências é de cinco dias.
Retrato
Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa de ontem, terça-feira, 2, o deputado Eduardo Ribeiro (PSD) chamou a atenção para os números preocupantes levantados por uma pesquisa encomendada pela Fecomércio à Data Control. O estudo mostra que 72% da população de Rio Branco recebe até um salário mínimo mensal e que 63% dos trabalhadores empregados não conseguem chegar ao fim do mês com alguma reserva, enfrentando dificuldades financeiras constantes.
Alerta
Ao comentar os dados, Ribeiro destacou que a taxa de desemprego na capital se aproxima dos 45% e que 43% da população está registrada em órgãos de proteção ao crédito. “Esses números precisam ser um alerta para todos nós. É urgente pensarmos em medidas que estimulem a geração de empregos e aliviem o endividamento da população”, afirmou o parlamentar.
Saída
O deputado defende que o fortalecimento da iniciativa privada é o caminho mais eficaz para mudar esse cenário. Ele citou como exemplo a Lei de Educação Financeira, aprovada recentemente, mas reforçou que são necessárias ações mais imediatas. “Nós precisamos trabalhar projetos de curto e médio prazo que incentivem a empregabilidade. O setor privado tem papel central nesse processo”, ressaltou.
Rumo certo
Ribeiro também repisou a importância das compras governamentais realizadas no próprio governo do estado, como forma de impulsionar empresas e indústrias locais. “O Estado deve priorizar a aquisição de produtos da nossa indústria e da nossa agroindústria. Essa medida fortalece a economia regional e garante mais postos de trabalho para a nossa população”, disse.
Responsabilidade
Por fim, o parlamentar reforçou o papel da Aleac no debate e na sensibilização da sociedade para o tema. “Essa Casa tem a missão de ajudar, de informar e de cobrar políticas que estimulem o emprego. Precisamos fortalecer a iniciativa privada para que o Acre tenha dias melhores”, concluiu.
Roteiro
O primeiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022, seguiu o script mais ou menos esperado tanto pelos apoiadores quanto pelos opositores do ex-presidente da República.
Sinalizações
O ministro-relator, Alexandre de Moraes, usou a abertura da sessão para mandar recados a Bolsonaro e defender a imparcialidade da corte, que, segundo ele, vem sofrendo pressões internas e externas. Moraes afirmou em sua fala que “a omissão e a covardia não são opções para a pacificação”.
Endereço certo
Moraes também endereçou recados ao filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro. “Essa coação, essa tentativa de obstrução, não afetarão a imparcialidade e a independência dos juízes deste Supremo Tribunal Federal”, declarou, reiterando que a soberania nacional é “inegociável”. Ao fim do discurso Moraes iniciou a leitura do relatório que resume a tramitação do processo.
Conjunto probatório
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, fez sua sustentação oral elencando as provas coletadas na investigação que comprovariam a tentativa de golpe de Estado pelos oito réus em julgamento, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com Gonet, os acusados tinham como objetivo desacreditar o sistema eleitoral brasileiro para impedir a proclamação do resultado das eleições. O PGR também mencionou o plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. (Jota)
A margem da lei
O ex-chefe da Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, afirmou nesta terça-feira que Paulo Gonet atuou em conjunto com Alexandre de Moraes fora do rito legal em investigações contra bolsonaristas. A acusação foi feita em sessão do Senado presidida por Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Em sua fala, Tagliaferro exibiu prints de conversas que, segundo ele, registram trocas com Gonet — então vice-procurador-geral eleitoral — e com um assessor. Para o ex-servidor, os diálogos revelam atuação irregular e alinhamento entre acusação e magistrado.
Tchau
O principal delator no processo que julga a trama golpista, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, vai deixar o Exército por não suportar as pressões que vem recebendo dentro da Força, segundo seu advogado, Jair Alves Pereira. Em sua sustentação oral, o defensor afirmou que Cid “perdeu tudo na vida” e não tem mais condições psicológicas de permanecer na carreira militar.
Legalidade
Alves Pereira também negou que seu cliente tenha sido coagido pela Polícia Federal ou pelo ministro Alexandre de Moraes, como sustentam as defesas dos demais réus
Afunilamento
Com o julgamento da trama golpista em curso, ganha tração no Congresso o projeto para anistiar os envolvidos no golpe, turbinado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e por bolsonaristas como o pastor Silas Malafaia. Conta a jornalista Andréia Sadi, do canal por assinatura Globonews que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já avisou que “não vai ter como segurar” a votação.