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Jamaxi

Obstáculo 

A ex-prefeita  de Sena Madureira Toinha Vieira (PSDB), que é listada como vice na chapa  de Gehlen Diniz (PP), candidato a prefeito daquela cidade, foi alvo de ação do Ministério Público Eleitoral, que pediu a impugnação do registro de sua candidatura. É mais uma dor de cabeça na campanha de Gehlen (PP), que enfrentará o prefeito Mazinho Serafim (MDB), que concorre à reeleição.

Inabilitada 

Na representação do órgão eleitoral, o  promotor alega que após consultas realizadas no SISCONTA e diligências complementares, restou comprovado  que Toinha não demonstrou atender todas as condições de elegibilidade, haja vista que a mesma não possui quitação eleitoral em razão de multa eleitoral.

Parecer

Analisando a representação, o juiz Eleitoral da 3º Zona, Fábio Alexandre Costa de Farias, acatou a ação de impugnação . O magistrado determinou que o ato de impugnação seja oficializado e que Toinha seja notificada por meio eletrônico. O juiz deu prazo de sete dias para Vieira contestar a impugnação e apresentar os documentos necessários.

Sinal dos tempos

O candidado bolsonarista que disputa a prefeitura de Manaus pelo Republicanos, o deputado federal Capitão Alberto Neto, ontem, quarta feira (7),  fazia campanha pelas ruas da cidade quando ocorreu um assalto a um ônibus e ele decidiu sacar a sua arma na frente dos fotógrafos e cinegrafista para conter o bandido e se promover. 

Velho oeste 

A assessoria de imprensa do candidato disponibilizou as imagens e o material tomou as redes sociais. “O meu tino policial ativou, fui e fiz meu papel como cidadão. A vitima estava em confronto com o assaltante quando entrei no ônibus”, disse em entrevista ao portal UOL .

Resolvendo na bala 

O Capitão Alberto Neto foi um dos mais votados dos oito deputados federais do Amazonas, após ganhar fama com postagens nas redes sociais de filmagens das suas operações de quando era policial militar. Agora, como candidato a prefeito de Manaus ele promete armar a guarda municipal para conter a onda de violência que atinge a cidade, caso seja eleito.

Caindo fora

O ex-juiz Sergio Moro confirmou em entrevista à revista Veja que sua família está com medo de ficar sem a escolta da Polícia Federal e, por isso, cogita deixar o País. A proteção da Federal acaba em outubro, junto com a quarentena que Moro precisou fazer quando saiu do Ministério da Justiça. 

Conhecimento de causa 

No ato público de demissão, Moro acusou Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal com objetivos pessoais mas, agora, demonstra arrependimento por ter saído atirando contra o presidente. “Certamente [tenho medo]. Sigo tendo a proteção da Polícia Federal. Não gosto de falar muito nesse assunto. Isso é algo que assusta pessoas próximas a mim”, disse Moro à Veja.

Provando do próprio veneno

O ex-juiz ainda reclamou que a esposa, a advogada Rosangela Moro, estaria sofrendo uma série de ataques nas redes sociais, que ele classificou como “métodos de intimidação”. Atenuando o tom das críticas a Jair Bolsonaro, Moro frisou que jamais quis ser o “algoz” do presidente.

Novo discurso 

“É importante deixar muito claro: nunca foi minha intenção ser algoz do presidente ou prejudicar o governo. Na verdade, lamentei extremamente o fato de ter de adotar essa posição. O que eu fiz e entendi que era minha obrigação foi sair do governo e explicar por que estava saindo. Essa é a verdade”, comentou.

Arrependimento 

Semana passada, Moro deu pitaco na escolha de Kassio Nunes para ocupar a vaga de Celso de Mello no STF, sugerindo que Bolsonaro não indicou um nome lavajatista porque não é comprometido de verdade com o combate à corrupção. Depois, Moro deletou a mensagem.

Mais do mesmo 

A grita pelas nomeações de cargos comissionados no governo do Acre continuam. Agora a cantilena  da vez é por conta da nomeação de Carlos Ovídio (Resende) na Agência de Negócios do Acre. Resende foi secretário de Florestas no governo Binho Marques (PT) - 2007/2010. Ele já ocupava cargo de diretoria na Funtac. Agora seu posto será ocupado por Jefferson Barroso, uma indicação realizada pelo deputado Tchê (PDT).

Ironia 

Sobre essa dança de cadeiras, o vice governador Wherles Rocha (PSDB) deitou ironia em sua conta no facebook: “Quero dar as boas vindas ao Resende, embora já fizesse parte desse e dos governos anteriores. Também quero deixar registrada a minha tristeza ao não ver a nomeação de muitos daqueles que estavam na nossa campanha e que até agora foram esquecidos”. 

Função precípua 

E prosseguiu: “Parece que na visão de alguns, ao menos ao que parece, aqueles que estavam conosco na campanha passada só são bons para fazer campanha. Minha preocupação é que no futuro, quando a história narrar o período de governos da Frente Popular, acrescente mais 4 anos”. 


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Lamentável 

Ao representar pela deflagração da segunda fase da Operação Sangria na manhã desta quinta, 8, a Procuradoria-Geral da República afirmou ter encontrado mensagens que indicam ‘participação direta’ do vice-governador do Amazonas Carlos Alberto Almeida (foto) no processo de compra de respiradores para o Estado que está sob suspeita de superfaturamento – ‘inclusive no tocante à possibilidade de realização de pagamento de forma antecipada’.

Agravantes 

Além disso, a PGR relatou ao ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, que Carlos Alberto Almeida, utilizou salas em um prédio comercial, vinculadas a um escritório de advocacia, para realizar, em maio, reuniões com diversos servidores públicos, inclusive a deputada estadual Alessandra Campelo, relatora de comissão de impeachment na Assembleia Legislativa.

Ação organizada

Segundo a decisão que deflagrou a Sangria 2, um dos sócios do escritório usado para os encontros é o filho do empresário Julio Cezar Furtado de Queiroz, sócio proprietário de empresas que possuem diversos contratos, na área da Saúde, com o Governo do Estado.

Ligação 

As indicações levaram o ministro a considerar ‘pertinente e razoável’ a realização de buscas em endereços vinculados a Carlos Alberto de Almeida, inclusive na sede do governo do Estado e também nas salas comerciais no Edifício Fórum Business. “Não se pode afastar a possibilidade de que existam nesses locais elementos necessários à comprovação dos crimes praticados”, registrou Falcão em sua decisão.

Conluio 

Os agentes cumprem ainda cinco ordens de prisão temporária contra o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias; a ex-subsecretária de Atenção à Saúde em Manaus, Dayana Priscila Mejia de Sousa; o engenheiro clínico Ronald Gonçalo de Caldas Santos; o médico Luiz Carlos Avelino Junior, marido da ex-secretária de Comunicação Social do Amazonas, Daniela Assayag; e o empresário Gutemberg Leão Alencar, apontado como ‘homem de confiança’ indicado pelo governador Wilson Lima (PSC) para intermediar a compra dos respiradores.

Conexão 

Carlos Alberto foi Secretário da Saúde do Amazonas por três meses no início do governo de Wilson Lima, sendo o responsável por indicar seu sucessor, Rodrigo Tobias de Souza Lima e também o Secretário executivo da pasta, João Paulo Marques dos Santos. O primeiro é alvo de mandado de prisão da segunda etapa da Sangria e o segundo foi preso na primeira fase da operação.

O Poderoso Chefão 

Segundo a PGR, mensagens extraídas do celular de João Paulo ‘denotam que a cúpula da Secretaria de Saúde se reportava frequentemente ao vice-governador para tratar de contratos na área da saúde, inclusive no tocante à efetivação de pagamentos, demonstrando que Carlos Alberto Almeida tinha ascendência sobre os assuntos da pasta’.

Inusual 

Com relação aos encontros no escritório de advocacia, a Procuradoria considerou que ‘causa estranheza’ o vice-governador não se valer de edifícios oficiais para as reuniões. “Esse aspecto, levanta suspeitas sobre os propósitos das mesmas, sugerindo que a intenção do investigado era esconder a ocorrência dos mesmos”, escreveu a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo no parecer enviado ao STJ.

Kit

A PGR indicou ainda que os encontros registrados pelas câmera do circuito interno do edifício comercial na capital amazonense têm ‘circunstâncias peculiares’. De acordo com a Procuradoria, as gravações mostram os participantes ‘portando bolsas, maletas, mochilas, e até mesmo lancheiras ou vasilhames’ – “algo deveras inusual”.

Modus operandi

Na peça representação da operação enviada ao STJ, a subprocuradora-geral da República indica que o inquérito em curso investiga o direcionamento na contratação da empresa, sobrepreço e superfaturamento na aquisição dos respiradores, organização criminosa, lavagem de dinheiro e montagem de processos e adulteração de documentos, com a finalidade de encobrir os crimes praticados.

Quadrilha 

“Há uma verdadeira organização criminosa que se instalou na estrutura do governo do estado do Amazonas, com o objetivo de desviar recursos públicos destinados a atender às necessidades da pandemia de covid-19”, defendeu a Procuradoria no parecer.