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O papel de Marina Silva

O papel de Marina Silva

Com a transferência de seu título eleitoral para São Paulo e o acordo de seu partido, a Rede, para compor uma federação com o PSOL, o nome da ex-ministra Marina Silva entrou no radar de petistas paulistas como uma opção forte para uma candidatura ao Senado na chapa de Fernando Haddad (PT) ao governo paulista. O petista, que já tem apoio do PCdoB e ainda aguarda a posição do PSB  (ele tenta demover o partido a desistir de lançar Márcio França), tenta atrair também PSOL e Rede para uma coligação que garanta uma candidatura única da esquerda no estado.

A Rede

Marina vem condicionando o apoio da Rede ao PT a um posicionamento mais claro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma agenda ambiental que alie desenvolvimento social com sustentabilidade, tema central de sua vida política. Mas ela também vem pregando uma união prioritária para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bolsonarismo.

Na Câmara Federal

A Rede tem planos de lançá-la como deputada federal, em uma estratégia de tê-la como puxadora de votos e livrar a sigla da extinção por causa da cláusula de barreira. É uma estratégia similar à do parceiro PSOL, que terá Guilherme Boulos como deputado federal – ele já declarou apoio pessoal a Haddad. Na visão de petistas, entretanto, Marina teria chances de vencer a disputa ao Senado no estado e, caso saísse, contaria com apoio tanto de Haddad quanto de Lula, que lideram as pesquisas de intenção de voto.

Histórico

Marina, ex-candidata à Presidência em 2018, já foi senadora entre 1994 e 2011, eleita inicialmente pelo PT, mas ficou fora do cargo para ocupar posto de ministra do Meio Ambiente no governo Lula. Ela trocou a legenda em 2009 pelo PV, para se candidatar à Presidência pela primeira vez em 2010 — também disputou as eleições presidenciais de 2014 e 2018. Em 2015, foi uma das fundadoras da Rede.

Fake news

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota, nesta terça-feira (5), para desmentir fake news sobre o ministro Luís Roberto Barroso, que têm circulado nas redes sociais. Conforme a publicação, Barroso teria dito em uma live, a juízes franceses, que Bolsonaro só seria eleito se passasse por cima de seu cadáver. Segundo a nota do Supremo, Barroso jamais deu essas declarações e a transmissão ao vivo jamais aconteceu, informa o jornal O Globo.

Fake news II

O texto atribuído falsamente a Barroso foi publicado em um “blog desconhecido e reproduzido via Whatsapp e em diversas postagens no Twitter”, segundo o STF. No comunicado, a Corte alertou para a “importância de não repassar informações publicadas em sites não confiáveis” e com declarações alarmistas.

Em nota

“O Brasil vive a naturalização da mentira. Há uma nova atividade no país: a de traficante de notícias falsas. Vivemos uma decadência ética profunda”, diz o ministro, na nota divulgada.

Alckmin e Lula

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) se reuniu nesta terça-feira (5) com o superintendente do Sebrae no Distrito Federal, Valdir Oliveira. 

Na mídia

À CartaCapital, Oliveira relatou a conversa que teve com o ex-tucano e contou de elogios feitos por ele ao ex-presidente Lula. Na sexta-feira (8), o PSB indicará formalmente Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo petista.

Não será fácil...

Para Alckmin, segundo Oliveira, a eleição de 2022 será dura e “uma luta a favor da democracia”. Por isso, argumentou, “temos todos de nos unir”. O ex-governador vê Lula preparado para liderar um movimento de democratas contra Jair Bolsonaro (PL). “Ele disse que sente o Lula como um bom articulador, preparado para este momento. Acredita que o Lula está preparado para fazer essa liderança. O movimento eleitoral que ele vê dá oportunidade ao Lula para exercer isso, e ele acha que esse é o caminho”.

...mas...

Alckmin afirmou estar “muito seguro do que vem construindo” e elogiou novamente Lula por sua postura neste período pré-eleitoral. “Ele acha que o Lula está preparado e que, pelo cenário, é o melhor nome para liderar esse processo. Ele confia que vai dar certo. Acha que será uma eleição muito difícil, mas vê perspectiva de vitória da democracia”, complementou Oliveira.

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Cobrança

A cúpula do Podemos quer cobrar que o União Brasil pague os gastos feitos pela legenda durante o período que o ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Lava Jato, esteve filiado ao partido. De acordo com o jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, “os cálculos mais atualizados apontam que a sigla gastou R$ 4,9 milhões com Moro, entre contratação de pesquisas e auditoria, segurança privada, salário, viagens e aluguel de carros”.

Quem paga a conta?

Além disso, integrantes do Podemos também afirmam que Moro, que foi pré-candidato à Presidência da República antes de trocar de partido, também tinha à sua disposição uma equipe de dez seguranças, além de três automóveis, um deles blindado. 

Moeda de troca

Apesar da cúpula da legenda avaliar que a cobrança dificilmente terá um efeito prático, já que não existe previsão jurídica de um partido ressarcir o outro por gastos desta natureza, existe a expectativa que a iniciativa seja utilizada como uma espécie de “moeda de troca” nas negociações com o União Brasil para a formação alianças regionais nas eleições deste ano.