O presidente licenciado da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, confirmou no final de semana (sábado, 18) sua candidatura à deputado federal pela sigla dos Progressistas (PP). Adriano já havia evidenciado seu desejo pela disputa aos amigos, tanto que se licenciou do comando da Federação no início deste mês.
Interlocução
Ancorado, dentre outros apoios, no respaldo dos empreendedores acreanos, que guardam o entendimento que sua passagem exitosa pela Fieac será revertida em prol do segmento na Câmara Federal, Adriano representa com legitimidade as propostas que grassam no meio empresarial, vez que tem ligação e vivencia no dia a dia os problemas da classe, que, ao fim e ao cabo, é a verdadeira usina de geração de empregos e renda em nosso estado.
Objetivos
O anuncio do “novo desafio”, como Adriano nomeou a empreitada, foi feito por meio de sua conta no Instagram. “Com felicidade, disposição em trabalhar pelo nosso Acre e vontade de transformar a vida do nosso povo, inicio a minha pré-candidatura a deputado federal a partir de hoje. O sonho de um estado cheio de oportunidades para o nosso povo, desenvolvido economicamente, seguro e acolhedor me motiva a percorrer o Acre para dialogar e escutar os anseios da população. Meu desejo é trabalhar intensamente para ajudar a construir um estado industrializado, cheio de riquezas”, deitou mensagem o empresário.
Agenda
A convite do deputado Alan Rick (UB) a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto, cumpre agenda no Acre nesta segunda-feira, 20. Ela virá acompanhada de uma comitiva do Governo Federal.
Protocolos
A chegada ao aeroporto, no Acre, está prevista para às 8:45 hs. A agenda da Ministra e de Alan Rick prevê, para as 09:30 hs, defronte ao Palácio Rio Branco, a entrega de 4 viaturas da patrulha Maria da Penha e armamentos para as Polícias Civil e Militar. A ministra também anunciará a instalação da Casa da Mulher Brasileira e o Workshop de enfrentamento à violência contra a mulher.
Atividades
Pelo período da tarde, as !5:00 hs, Cristiane Britto, ainda na companhia de Rick e autoridades farão a entrega de 15 veículos e diversos equipamentos aos conselhos tutelares de 12 municípios acreanos, adquiridos com emendas de vários parlamentares. Cinco municípios e seus Conselhos estão sendo contemplados: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Porto Acre e Manuel Urbano. Também será feito o anúncio da instalação da Casa da Mulher Brasileira no Acre e será aberto o Workshop de Capacitação da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Estado.
Entourage
Também integrarão a comitiva, o Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha, a Secretária Nacional de Políticas para as Mulheres, Ana Munhôz, a Diretora do Departamento de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Grace Justa, a Coordenadora-Geral do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Maria Crislane, o Comandante da Força Nacional de Segurança Pública, Cel. Américo Gaia e o Ten. Alder Albuquerque, também da Força Nacional de Segurança Pública.
A hora exata
Foi de dentro de um avião da FAB que Jair Bolsonaro foi convencido a vetar o retorno do despacho gratuito de bagagem em avião. No último dia 31, quando voltava a Brasília após visitar uma obra de Jataí, interior de Goiás, Marcelo Sampaio, atual ministro da Infraestrutura, deu um conselho ao presidente.
Argumentos
Marcelo Sampaio disse ao presidente que os ganhos eleitorais com a bagagem gratuita poderiam ser um tiro no pé, uma vez que as companhias iriam compensar a perda de receita com mais aumentos para todos os passageiros.
Mais entraves
Sampaio também argumentou haver risco regulatório, que iria travar entradas das empresas low cost e iria contra tratados internacionais — argumentos, aliás, que constaram do veto presidencial. Não deu outra. Bolsonaro vetou.
Vida difícil
A batalha de Simone Tebet neste momento é dupla: não tem que tentar conquistar somente o apoio do eleitor brasileiro, já majoritariamente definido entre Jair Bolsonaro e Lula. Mas também parte expressiva do MDB, que do mesmo modo está fortemente dividido entre apoiadores de Lula e Bolsonaro. Não são poucas as lideranças importantes do MDB que aguardam julho chegar para aumentar a pressão para que o partido não tenha candidato à presidência.
Sr. Confusão
Os planos de Jair Bolsonaro para o momento da apuração dos votos das urnas eletrônicas em outubro já estão sendo expostos a aliados e até a empresários que estiveram com ele recentemente. E têm tudo para aumentar não só a natural tensão daquelas horas como causar (a talvez desejada) confusão.
Ação paralela
Bolsonaro promete fazer uma espécie de apuração paralela da votação, baseada nos dados que o próprio TSE vai fornecer. E a divulgará em tempo real por suas redes sociais e por todo um conjunto de veículos ligados ao bolsonarismo. Cada urna tem um boletim em separado. Especialistas temem que o cruzamento de dados feito pela campanha de Bolsonaro possa ser motivo de perturbação.
Terra arrasada
Alvo de uma escalada de violência — que culminou com o desaparecimento e morte do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips —, a Amazônia sofre também com o agravamento de indicadores ambientais no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). O desmatamento na região em 2021, por exemplo, foi o pior dos últimos 15 anos.
Ação deliberada
Para especialistas, a devastação tem sido movida não apenas por ações e omissões do Executivo mas também por discursos e alianças feitas por Bolsonaro desde antes de assumir o cargo. Na avaliação das pesquisadoras, o governo falha em coibir atividades criminosas ao mesmo tempo em que tenta legalizá-las, para que possam ocorrer sem entraves.
Espiral
O desmatamento amazônico tem subido ano a ano no governo Bolsonaro. Em 2018, o último da gestão de Michel Temer (MDB), o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou a perda de 7.536 km² de vegetação. Três anos depois, em 2021, o desmatamento chegou a 13.038 km², um salto de 73% no período e pior índice desde 2006. A área devastada no ano passado é mais de oito vezes superior à da cidade de São Paulo.
Involução
O crescimento tem preocupado especialistas porque reverte uma tendência de queda predominante na última década. O desmatamento, que aumentou progressivamente durante a década de 1990, chegou a um pico em 2004, quando começou a ser controlado e a cair. Desde 2018, contudo, as taxas recomeçaram a subir em ritmo acelerado. O Inpe, que usa dados medidos pelo Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), disponibiliza a série histórica desde 1988.
Ação deletéria
“No atual governo a gente começou a ver uma guinada no desmatamento na Amazônia. Essa guinada já reflete, na verdade, todos os discursos que ele [Bolsonaro] fez para se eleger. Com o começo do governo, isso se concretizou”, afirma Larissa Rodrigues, gerente de portfólio do Instituto Escolhas, que conduz pesquisas sobre as atividades econômicas na Amazônia.
Apoio e respaldo
Um dos focos de atenção da entidade é a proliferação de garimpos pela região. O problema, que atinge a região há décadas, teve um salto no governo Bolsonaro. Segundo dados do Inpe, o desmatamento provocado pela mineração na Amazônia saltou de 18 km² em 2015 para 121 km², quase sete vezes mais.