O governador Gladson Cameli confirmou na manhã de hoje, sexta-feira, 31, que se filiará ao PSDB, sigla que tem como maior expoente o governador paulista João Dória. Informou, também, que irá com autonomia e autoridade política e não para “ser mandado”, mas sim para “comandar o processo político” de 2020.
Fato consumado
A declaração do governador foi feita ao site ac24horas é dada após o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, anunciar que o chefe do Palácio Rio Branco se filiará ao ninho tucano em grande festa que será realizada no Acre em agosto, com a presença dos três governadores da sigla. Os entendimentos para o ingresso do governador na sigla dos tucanos ocorreu com a anuência do governador Dória, presidenciável do partido nas eleições de 2022.
Compromisso
“A cúpula do PSDB me deu todas as garantias de que quem vai comandar o processo sou eu, mas irei conversar com os dirigentes regionais para definirmos o futuro”, anunciou o governador.
E agora?
O posicionamento do governador ascende uma luz vermelha nas pretensões do ex-reitor da Ufac Minoro Kimpara em candidatar-se à prefeitura de Rio Branco, vez que Gladson Cameli afirmou que mantém seu apoio à candidatura a reeleição da prefeita Socorro Neri.
Resistência
Sobre uma composição com a prefeita Socorro Neri, numa hipotética candidatura à vice prefeito, o prefeiturável Minoru Kimpara diz não fazer nenhum sentido uma candidatura melhor avaliada, no caso a sua, ser vice de uma candidata que aparece atrás nas intenções de votos. “Isso nem está em discussão”, disse o neo tucano. É aguardar!
Sai fora
Vai dar virar bagaço de laranja a pretensão do coronel da reserva Ulisses Araújo de concorrer à prefeitura de Rio Branco pelo PSL. Araújo é vice-presidente da legenda, mas a sua patente é inferior à do vice-governador Wherles Rocha, que acabou de embarcar na legenda.
Prego batido, ponta virada!
O presidente estadual do PSL, Pedro Valério, declarou que o vice governador Major Rocha será o comandante do PSL na disputa eleitoral em Rio Branco. “Respeitamos a história do coronel Ulisses, que foi o nosso candidato a governador, mas que irá conduzir o partido nas eleições de Rio Branco será o major Rocha”, disse Valério. O presidente Valério lembrou ainda que há um acordo firmado com a direção nacional nesse sentido. “Na política devemos cumprir o que acordamos”, pontua.
Jogo embolado
Com a entrada do governador Gladson Cameli nas hostes tucanas, não se sabe como ficará a candidatura de Kimpara, vez que o governador anunciou que ingressará na sigla com poder de mando garantido pela cúpula nacional e Cameli jpa reiterou apoio à candidatura a reeleição da prefeita Socorro Neri(PSB).
Preocupação
Com 521 óbitos e 19.573 casos confirmados de Covid-19 até a noite de quinta-feira, 30/07, o Acre voltou a fazer parte dos estados brasileiros com alta na média de mortes dos últimos sete dias em relação a duas semanas atrás, segundo divulgou o Jornal Nacional e o Portal G1, da Globo.com. Além do Acre, estão em alta na média de mortes pela doença os estados do RS, SC, RJ, GO, MS e RR.
Números
O Brasil ultrapassou a marca de 2,6 milhões de casos do novo coronavírus Sars-CoV-2, após registrar 56.837 contágios no período de 24 horas, segundo levantamento divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta quinta-feira (30).
Dados macabros
De acordo com os dados, o país contabiliza 91.263 mortes pela Covid-19, com um acréscimo de 1.129 óbitos em um dia. A taxa de letalidade é de 3,5%. Ontem, o Brasil registrou o maior número de vítimas diárias desde o início da pandemia, 1.595.
Proporção
O Conselho Nacional ainda informa que o índice de mortalidade está em 43 pessoas por cada 100 mil habitantes, enquanto a incidência é de 1.242 cidadãos por cada 100 mil indivíduos em todo o território brasileiro.
Abrangência
Até o momento, os estados mais afetados pela pandemia são: São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro, Bahia, Pará, Minas Gerais, Maranhão e Distrito Federal. Na última semana, foi registrado um aumento de casos em todas as regiões do país, principalmente na centro-oeste, segundo o governo.
Cenário
Um estudo publicado na quarta feira (29) pelo Imperial College de Londres revelou que a transmissão do coronavírus voltou a ganhar força no Brasil, em particular porque o índice de contágio (Rt) está acima de 1 no país há 14 semanas.
Mau exemplo
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, aproveitou seu primeiro evento público após se recuperar da Covid-19 e provocou aglomeração de apoiadores e tirou a máscara que usava no rosto durante visita ao Piauí, no auge da pandemia. (Com agência Ansa).
Novo patamar
A dívida pública do Brasil chegou a 85,5% do PIB em junho, segundo o Banco Central. O resultado, divulgado hoje, sexta feira (31), representa aumento de 3,6 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Rombo
O déficit primário em junho foi de R$ 188,7 bilhões. No acumulado do ano, o rombo é de R$ 402,7 bilhões. Agora, com o aumento de gastos em razão da pandemia, a equipe econômica avalia que a dívida bruta brasileira pode fechar 2020 em 100% do PIB.
Excrescência
Nem mesmo o jornal O Globo, que fez campanha pelo golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, e pela prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fatores que permitiram a ascensão do bolsonarismo, tolera a política externa de Ernesto Araújo, que é de total submissão às ordens de Donald Trump e contrária aos interesses econômicos do Brasil, como no caso do 5G, a futura geração de telecomunicação móvel.
Opinião
“Falta uma diplomacia profissional como o Brasil já teve — e foi desativada pelo bolsonarismo, com sua visão tosca do mundo, em que o trumpismo e correntes similares são guardiões dos valores da humanidade. Está difícil evitar que um movimento geopolítico americano leve o país a virar as costas a seu maior parceiro comercial, a China”, diz o editorial do jornal O Globo desta sexta feira.
Novos tempos
E vai além: “Os prejuízos irão muito além da tecnologia. O Itamaraty, ouvido no governo Geisel, contrariou os americanos em Angola nos anos 1970, ao reconhecer o governo do MPLA apoiado por Cuba. Defesa semelhante do interesse nacional parece hoje impossível”, aponta o editorial.