Informa o site Notícias da Hora (https://noticiasdahora.com.br) que a deputada federal Mara Rocha irá deixar o PSDB do Acre. Se tudo correr como a deputada planeja, seu destino é certo: o PL do presidente da República Jair Bolsonaro.
Me dê motivos!
Ainda segundo o noticioso, Mara Rocha confidenciou ao jornalista Mariano Maciel, correspondente da TV Gazeta no Distrito Federal, que sua saída do PSDB tem um motivo: o fato do partido dos tucanos ter “adotado uma linha mais à esquerda”. Isso deixou a parlamentar chateada, “por entender que esse é o pior caminho para o Brasil”.
Pedras no caminho
Mara denunciou, ainda, a manobra que está sendo perpetrada pelo senador Marcio Bittar (União Brasil), que visa tomar o PL das mãos dela e assim inviabilizar sua candidatura ao governo do Acre, nas eleições de outubro.
Conluio familiar
“Desde o ano passado estamos organizando o Partido Liberal no Acre. Hoje o PL é o partido do presidente Bolsonaro, mas temos informações que o senador Márcio Bittar está tentando nos tomar a sigla para inviabilizar nossa candidatura a um cargo majoritário favorecendo, dessa forma, a esposa dele que aparece candidata ao Senado e, também, favorecendo o atual governo do Estado do Acre, que é apoiado por Bittar”, disse Mara Rocha.
Plano B
Em caso de sucesso das investidas do senador Bittar em se apossar do PL, Mara relata possuir outras opções partidárias, embora confie no entendimento mantido com o presidente do PL: “Nós continuamos confiando na palavra do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e, caso essa palavra não seja cumprida nós temos o convite de vários partidos que querem abraçar nossa candidatura a um cargo majoritário e, diferente dos demais, mesmo não tendo sido lançada oficialmente, já estamos muito bem pontuada em várias pesquisas. Nós estamos tranquilos”, afirma.
Ampulheta
Falta um mês para que se acabe para boa parte dos mistérios e dúvidas que rondam as eleições deste ano. No acre e, por óbvio, no Brasil. No dia 2 de abril, ou seja, seis meses antes do dia da votação, quem pretende concorrer terá sua data-limite para de desincompatibilizar do cargo que ocupa.
Calendário
Governadores e prefeitos que pretendam concorrer a outros cargos, assim como ministros do governo Bolsonaro ou secretários de governos estaduais — todos terão que cair fora. Também todos os que querem disputar a eleição em outubro já terão que estar devidamente filiados a partidos.
Fim do mistério
Acabará a novela Geraldo Alckmin intitulada: qual partido ele escolherá? Também terá fim neste prazo a dúvida sobre se Braga Netto deixará o Ministério da Defesa para tentar uma vaga de vice de Jair Bolsonaro. E se Eduardo Leite migrará mesmo para o PSD. São apenas três entre dezenas de exemplos possíveis.
Liberou geral
E, a partir de amanhã e até o dia 1° de abril, abre-se a chamada janela partidária: deputados federais e estaduais poderão mudar de partido sem risco de perda de mandato. Em resumo, é o último dia da janela de migração partidária em que se considera justa causa a mudança de partido pelos detentores de cargo de deputado federal, estadual e distrital para concorrer a eleição majoritária ou proporcional (Lei nº 9.096/1995, art. 22-A, III).
Na terra de Galvez
Na arena da política acreana teremos o desenrolar das acomodações que ocorrerão na chapa a ser encabeçada para a reeleição do governador Gladson Cameli (PP). Permanecerá Cameli filiado ao PP e abraçará a candidatura de Mailza Gomes, correligionária que herdou o mandato do governador? E Márcio Bittar acomodará a ex-mulher em qual sigla? Essas indagações poderão obter respostas até o início de Abril.
Convenções
Em relação aos nomes e postos a serem disputados, esses dependem das convenções partidárias cujo calendário eleitoral estabelece o período compreendido entre 20 de julho — quarta-feira - data a partir da qual, até 5 de agosto de 2022, quando é permitida a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e a escolher candidatos a presidente e vice- presidente da República, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal, deputado estadual e distrital (Lei nº 9.504/1997, art. 8º, caput e Res.-TSE nº 23.609, art. 6º).
Planejamento estratégico
Após um início de negociação que pareceu promissor, entraves estaduais e visões distintas sobre a eleição à Presidência distanciaram o MDB de uma federação partidária com o União Brasil. Hoje, o plano de uma ala dos emedebistas é estruturar um bloco de apoio que supere a força do Centrão e possibilite a retomada do controle do Congresso no ano que vem.
Anemia
O partido, que nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) chegou a presidir simultaneamente Câmara e Senado, perdeu força e, na gestão de Jair Bolsonaro, não esteve à frente de nenhuma das Casas.
Observatório
Dirigentes da sigla avaliam que, a partir das movimentações da janela partidária — o período de trocas começa amanhã e dura um mês —, será possível ter um mapa mais completo da construção das chapas nos estados. A legenda mantém o posto de maior bancada no Senado, com 16 integrantes, mas é a sexta em tamanho na Câmara, com 34 representantes.
Flexibilidade
Assim, as negociações com outros partidos seguem no radar, mas sem a amarração de uma federação — neste modelo, há a obrigação de atuação conjunta por quatro anos, o que inclui também a eleição municipal de 2024. “Os partidos estão procurando se fortalecer para disputar as presidências das Casas, as comissões mais importantes e as relatorias. Tudo isso ocorre em função do número de parlamentares”, resume o senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Meta
Com a federação ficando mais longe, emedebistas pretendem negociar a formação de um bloco parlamentar com o União Brasil e outras siglas. A ideia é buscar um “equilíbrio congressual”, com a aliança de legendas de centro e centro-direita — o objetivo seria superar os partidos de esquerda e o Centrão, principalmente na Câmara.
Coadjuvante
No Senado, presidido pelo MDB ao longo de 30 anos desde a redemocratização, a costura passa pelo PSD. No governo Bolsonaro, os emedebistas foram derrotados duas vezes ao tentarem assumir a Casa: primeiro, por Davi Alcolumbre (União-AP), que derrotou Renan Calheiros (MDB-AL); depois, por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que superou Simone Tebet (MDB-MS).