O Diretor de Auditoria Financeira e Orçamentária do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AC), Jeú Campelo Bessa, emitiu nesta sexta-feira, 28, uma intimação endereçada a presidente da Ageac, Mayara Cristine Bandeira de Lima, nora do deputado estadual pepista José Bestene, sigla que também guarnece o governador Gladson Cameli.
Licitude
Mayara terá prazo de cinco dias para esclarecer um indício de sobre preço, sob pena de incidência pessoal em multa diária no valor de R$ 500,00. A intimação apura a legalidade acerca da ata de registro de preços de contrato entre a Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (AGEAC) e a empresa C. Com Informatica Importação e Exportação Comércio e Indústria LTDA, que tem como um dos sócios Cristiano Silva Ferreira.
Cifras
O valor global do contrato, que tem vigência até o fim de 2020, é de mais de R$ 546 mil reais e tem por objetivo a locação de Equipamentos de Informática, Eletroeletrônicos e Mobiliários, para atender as necessidades da AGEAC, na execução das atividades técnicas e administrativas.
Ato oficial
O termo de adesão foi publicado na edição do Diário Oficial de 7 de fevereiro de 2020, onde consta o extrato de contrato entre a Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (AGEAC) e a empresa C. Com Informática Importação e Exportação Comércio e Indústria LTDA.
A grande família
Mayara é nora do deputado José Bestene, casada com Samir, filho do parlamentar. Já Cristiano é genro do deputado, casado com Euri Bestene, uma das filhas do deputado. No início do ano, a imprensa local já houvera registrado a adesão por parte da Secretaria de Educação junto a C. Com Informática Importação e Exportação Comércio e Indústria LTDA do mesmo registro de preço do Estado do Amazonas - Pregão 1526/2018 - que pode chegar ao limite de R$ 11,730 milhões de reais. Como se diz no popular, é bonito de se vê uma família trabalhando e ganhando dinheiro unida, ainda que seja as expensas do contribuinte.
Queimando na largada
O ano de 2019, primeiro período do Governo Gladson Cameli (PP) no Acre, foi o menor em investimentos públicos dos últimos 15 anos, revelam dados divulgados pela equipe técnica do Observatório do Fórum Permanente de Desenvolvimento do Acre, órgão de estudos econômicos ligado à Fieac (Federação das Indústrias do Acre). O fórum é coordenado pelo economista Orlando Sabino.
Cenário desolador
De acordo com os números, a diminuição das despesas com investimentos públicos, geralmente utilizados para o financiamento das obras públicas, são um índice negativo quando se trata de política de desenvolvimento. A redução dos investimentos públicos é o grande responsável pela canalização de capital para a economia, como forma de gerar emprego e renda, e vem apresentando uma tendência de declínio nos últimos anos.
Comparação
Em 2019, o volume de investimentos foi de R$ 135,808 milhões – o menor dos últimos quinze anos -, ficando muito abaixo do valor executado em 2018, último ano da gestão do petista Tião Viana, que foi de R$ 400,370 milhões, mesmo sem considerar a inflação no período.
Alheio à realidade
Ao contrário do que propagandeia Gladson Cameli, que quando está no Acre não perde a oportunidade de trombetear que seu governo já deu certo, o setor público - principal agente fomentador dos índices econômicos em nosso estado - em nada está contribuindo para a melhora dos índices de vida do acreano.
Fonte
Os dados foram extraídos dos Balanços Orçamentários, elaborados e publicados pelo Governo do Acre, como forma de cumprir o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e foram trabalhados pela equipe técnica do Observatório do Fórum Permanente de Desenvolvimento do Acre.
Regressão
O jornalista Leonildo Rosas, do Portal do Rosas, fez publicar ilustrando com vídeo que os ratos voltam a fazer parte do cotidiano do pronto-socorro de Rio Branco. O jornalista relembra que há pouco mais de duas décadas os ratos entravam nas instalações do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) e roíam os pés dos pacientes. Eram imagens fortes e revelavam o descaso do governo com a saúde pública.
Protagonismo
O caos que representa o maior descaso com a saúde pública, aparentemente superado, retorna agora na administração Gladson Cameli. Uma equipe da TV Gazeta e Agazeta.net tornou público o vídeo veiculado pelo escriba e que foi enviado por paciente que revela o retrato do descaso. Sem ser perturbado, um rato percorre a cantina do hospital. Nas imagens é possível ver o animal andando no chão, entre as mesas e cadeiras do refeitório.
Ratos, voltem para o esgoto!
A reportagem foi feita pelos bambas Jardel Angelim e Sidney Torres. Acuada pela imagem a direção do hospital deitou manifestação: “Nós temos um cronograma de dedetização que é feito a cada três meses, a programação para 2020 indica que o procedimento se inicie nesta segunda-feira, Já temos até a empresa contratada”.
Incongruência
Ora, se há uma empresa contratada, por que esperar até a próxima semana para dedetizar? indaga o jornalista. Rato, como é sabido, é um dos maiores transmissores de doenças. Dentro de um hospital, é lógico, o risco é potencializado.
Madeeeira!
O instituto Paraná Pesquisas afirma que a aprovação do ministro da Justiça, Sérgio Moro, continua ladeira abaixo. Em nova rodada de pesquisas, o ex-juiz da Lava Jato agora tem 25,9% de ótimo e 28,6% de bom. Para fins de totalização, a aprovação de Moro é de 54,5%.
A aprovação de Sérgio Moro era de 82,6% em novembro de 2018, antes de assumir o cargo, segundo a Paraná Pesquisas.Em dezembro de 2019, o ministro da Justiça já tinha despencado para 59,5% de aprovação.
Descendência
A queda de Sérgio Moro, até hoje, foi de 28,1% no período de um ano e quatro meses. Se continuar nesse ritmo, Moro chegará em 2022, ano de disputa presidencial, devendo popularidade e aprovação.
Questionamentos
A Paraná pesquisas fez a seguinte pergunta para 2.117 eleitores: “O trabalho do Ministro Sergio Moro no Ministério da Justiça está sendo ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo?”
A sondagem foi realizada em 26 Estados, no Distrito Federal, e em 162 municípios brasileiros entre os dias 13 a 17 de fevereiro de 2020. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.